A Gucci celebra 100 anos com uma experiência imersiva
Para assinalar a data, a marca italiana apresenta uma exposição no Gucci Garden, em Florença, que explora de forma original as campanhas da casa dos últimos seis anos, sob a visão criativa de Alessandro Michele.

Alessandro Michele é perito em dar asas à sua imaginação e o centenário da marca italiana não poderia ser exceção. Gucci Garden Archetypes é uma exposição que está patente nos Gucci Gardens, no Palazzo della Mercanzia (berço do Museu da Gucci em Florença) que promete ser uma experiência imersiva e multissensorial, num jogo de cores e dimensões que se inspira nas últimas campanhas da marca e na sua história. Para dar início à comemoração do centenário da marca italiana, Alessandro Michele, diretor criativo desde 2015, apresentou a coleção Gucci Aria Outono-Inverno 2021/22, em abril passado.

Numa conferência de imprensa recente, o designer descreveu a experiência da exposição como um "recreio de emoções". Através das salas labirínticas do museu e respetivas instalações com um toque cinematográfico, Alessandro Michele quer dar-nos um lamiré das suas fantasias desenfreadas e divertidas, e da sua audácia narrativa, que se desconstrói da Moda para as Artes.
Nesta mostra procuram demonstrar-se as fontes de inspiração da Gucci, através de 15 campanhas simbólicas, com curadoria entregue a Maria Luisa Friza. Entre elas, destaca-se a campanha pre-fall 2018, desconstruída através de graffitis, inspirada na juventude parisiense de 1968.


"Estes últimos seis anos e meio têm sido uma espécie de viagem psicanalítica", explica Michele, em retrospetiva. "Tem sido como escavar fundo, como se eu tivesse de investigar o inconsciente da marca extensivamente mas sem nostalgia" explica, citado pela Vogue britânica. "Preciso de me sentir constantemente desafiado e um pouco desconfortável". Tudo o que fizemos não foi por sermos complacentes, nasceu de uma espécie de desconforto" confessa, sobre as criações dos últimos anos para a Gucci.
De acordo com o diretor criativo da marca, pretende-se que a exibição possa chegar a outros públicos mesmo que distantes da Moda. "Provavelmente ajudámos a detonar algo realmente poderoso e inconsciente que já existia. Como no processo psicanalítico, algo que já existe mas do qual não se tem consciência", afirmou Michele, referindo-se ao lado imersivo e multissensorial da exposição. "Para mim, a Moda narra o momento exato por que estamos a passar; contém obviamente a semente do futuro, porque o presente é o único futuro possível que conhecemos" diz ainda. "O grande poder da Gucci é que tem sido capaz de incluir e canalizar o ponto de vista emocional de uma enorme variedade de pessoas. É algo que é quase mágico" acrescenta. Diversidade e multiculturalidade para todas as gerações.


Para além da exposição física, haverá uma visita virtual da Archetypes que estará disponível durante as próximas duas semanas no site da Gucci, a partir de 17 de maio. A próxima coleção da Gucci será revelada em Nova Iorque, a 3 de novembro, aquando da 10ª edição da gala LACMA Art+Film.

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