Nobel da Paz para a ICAN, a Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares
O comité norueguês acaba de distinguir uma organização não-governamental que reúne grupos de cem países com o objetivo de proibir e eliminar o armamento nuclear.

A Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares (em inglês ICAN ? International Campaign to Abolish Nuclear Weapons) acaba de ser distinguida com o Prémio Nobel da Paz de 2017. "A organização recebe esta distinção pelo seu trabalho na sensibilização para as consequências humanitárias catastróficas de qualquer uso de armas nucleares e pelos seus esforços revolucionários para promover uma proibição de tais armas por tratado", justifica Berit Reiss-Andersen, líder do Comité Nobel norueguês. "Este prémio é uma homenagem ao esforço de muitos milhões de ativistas e cidadãos preocupados em todo o mundo que, desde o início da era atómica, têm protestado contra o uso de armas nucleares", continua Reiss-Andersen. "Não servem um propósito legítimo e devem ser banidas para sempre."
O armamento nuclear é uma das maiores preocupações agora (à escala global), mas o Comité Nobel tem mostrado particular empenho em combatê-lo nas últimas décadas: já em 1995 tinha atribuído a mesma distinção a Joseph Rotblat, fundador do movimento antinuclear Pugwash, e, em 2005, o Nobel da Paz foi atribuído à Agência Internacional de Energia Atómica e ao seu diretor, Mohamed ElBaradei, por todo o trabalho feito no sentido de garantir que a tecnologia nuclear não era utilizada para fins militares e que a aplicação deste recurso para a produção de energia era concretizada da forma mais segura possível.

Em julho deste ano, 122 países assinaram o Tratado das Nações Unidas para a proibição de armas nucleares. Entre os países que se recusaram a assinar o acordo estão os EUA, a Rússia, a China, o Reino Unido e a França. "Alguns países estão a modernizar os seus arsenais nucleares e há um perigo real de que outros países tentem obter armas nucleares, nomeadamente a Coreia do Norte", refere a líder do Comité Nobel.
A organização já agradeceu a atribuição da distinção na sua página de Facebook, onde também quis dedicar o Nobel "aos sobreviventes dos atentados atómicos de Hiroshima e Nagasaki e vítimas de explosões de testes nucleares em todo o mundo".
Em 2016, o Nobel da Paz foi atribuído ao Presidente colombiano Juan Manuel Santos, pelos seus esforços em acabar com a guerra civil na Colômbia.


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