Primavera/verão 2018: Ricardo Preto e o guarda-roupa da mulher de agora
Ricardo Preto é perito em reinventar a feminilidade e fê-lo aqui com uma vontade de elegância e modernidade. Misturou os códigos do guarda-roupa de hoje, entre o sportswear e o minimalismo, as silhuetas XXL e os pijamas, sem esquecer as sempre pertinentes referências aos anos 70, tudo embrulhado numa espécie de carta de amora à moda, perfeita para encerrar o primeiro dia da ModaLisboa Luz.
Nicolas Ghesquière trouxe à passerelle referências históricas do século XVIII, mas reinterpretou-as, cruzando-as com influências do sportswear. O resultado? Casacos estruturados com brocados metalizados conjugados com calções desportivos em seda e ténis. A coleção da Louis Vuitton recria a harmonia perfeita entre dois conceitos opostos.
A água, como fonte de vida (e também de inspiração) levou Karl Lagerfeld a desenhar uma coleção à prova de chuva, com botas, bolsas e outras peças em plástico. Seis quedas de água e árvores circundantes transformaram o desfile da Chanel numa verdadeira maravilha natural.
Um casting de mulheres e homens de todas as idades desfilou uma primavera carregada de flores e materiais leves. como o chiffon e o algodão. As silhuetas assimétricas foram uma das muitas paragens na viagem de Kolovrat pelo mundo, com destaque para os pasdões africanos e os cortes vindos diretamente do oriente para o Pavilhão Carlos Lopes, no primeiro dia da 49ª edição da ModaLisboa.
Como é que a indústria de moda e as maiores forças criativas portuguesas antecipam a primavera de 2018? Dos talentos em ascensão aos já consolidados Ricardo Preto, Valentim Quaresma e Lidija Kolovrat, estas são as primeiras pistas para a próxima estação.
As viagens voltaram a inspirar o segundo dia de desfiles da 49ª edição da ModaLisboa com o coletivo de designers a voltar a transformar o seu desfile numa apresentação interativa, aberta para os jardins do Pavilhão Carlos Lopes e para o mundo que também a criou.
Se há arte capaz de influenciar a moda é aquela que brinca com as formas e Aleksandar Protic encontrou nas esculturas de Barbara Hepworth um ponto de partida. O resultado é um estudo da silhueta sem tempo, nem tendências, em cores como o bronze, o mostarda e o branco.