De salto baixo e ponta amendoada. Peep toe ou fechados. Monocromáticos ou duocromáticos. Práticos, mas não necessariamente bonitos. Perfeitos para quem tem de passar muitas horas em pé ou tem um marido que prefere não ser ultrapassado em altura. Os sapatos da avozinha, ou de hospedeira – assistente de bordo, se faz favor! –, estão de volta. A princesa Diana usou-os milhares de vezes durante as suas funções oficiais, e com boas razões. Não se enterram tanto na relva, permitem correr atrás de crianças com agilidade, e fazem com que horas passadas a cortar fitas e a acenar ao povo pareçam minutos. E, no dia seguinte, a pernas em vez de amassadas e a gritar por misericórdia, estão prontas para nova jornada.
Apesar de haver quem diga que o modelo estava muito bem fechado no baú dos anos 80 – jornalista aponta para si própria enquanto escreve – a verdade é que entrou em força nas coleções de outono-inverno 2024 das marcas Carven, Loro Piana e The Row – a griffe das irmãs Olsen.
E não é a primeira vez que este modelo regressa do passado. Já na década de 2010 andou a saltitar pelas passarelas. De resto, é também o sapato perfeito para as modelos. Desfilar com uns sensatos saltos de cinco centímetros é bem melhor do que tropeçar e cair do alto de uns stilettos de um palmo.
A boa notícia é que em vez de termos de correr para a loja mais próxima com dinheiro na mão, podemos, simplesmente, correr para casa da avó e esperar que ela adormeça. Quem tiver a sorte de ter uma avó que foi hospedeira, tem a temporada feita.