Os maiores escândalos da moda de 2017
De capas distorcidas com recurso a Photoshop a anúncios de televisão polémicos, a maus exemplos nas redes sociais, estas são as maiores alienações com realidade do ano.
Dizia Mademoiselle Chanel que "a moda passa, o estilo fica" e, graças a uma série de documentários sobre o universo da moda, ficam também verdadeiros filmes sobre o tema, ou não fosse esta uma indústria recheada de histórias, ícones e alguma intriga. Desde que as câmaras invadiram a redação da Vogue americana para filmar The September Issue (R. J. Cutler, 2009), acendeu-se um rastilho de curiosidade que tornou as personagens deste meio um novo tipo de VIP (very interesting people) e reforçou o contraste entre a dureza dos bastidores e o glamoroso produto final que o público consome. Seja em DVD ou na Netflix, há já uma coleção de sugestões imperdíveis, mas o ano de 2017 trouxe ainda mais algumas novidades, seja explorando o universo de criadores e marcas internacionais ou recordando ícones. Este é, provavelmente, o único programa de moda que recomenda um dress code confortável.
Designers
São génios criativos e, por vezes, até são uma espécie de fadas-madrinhas das suas clientes. Mas o que acontece nos bastidores de um ateliê ou de uma marca que equilibra a pressão da criatividade numa indústria em constante mudança? Dries, o documentário sobre o belga Dries van Noten (de Reiner Holzemer), foi apresentado em Portugal neste mês de dezembro no Porto Post Doc e chegou à Netflix a 1 de janeiro. We Margiela (de Menna Laura Meijer) desvenda um pouco da misteriosa marca Maison Martin Margiela. Em Manolo: The Boy Who Made Shoes for Lizards (de Michael Roberts), o criador de sapatos Manolo Blahnik é o protagonista. Enquanto House of Z (de Sandy Chronopoulos) conta a história do designer americano Zac Posen e da sua marca homónima.
Ícones
Sempre focada no futuro, a moda nunca deixa de olhar para trás e celebrar os seus ícones. Antonio Lopez 1970: Sex, Fashion & Disco (de James Crump) foca-se na vida do famoso ilustrador em Paris e Nova Iorque entre os anos de 1969 e 1973 e foi apresentado em novembro no Documentary Film Festival de Amesterdão. O artista porto-riquenho revolucionou esta arte nas décadas de 1970 e 80 e mantém-se uma referência. O mesmo acontece com Grace Jones que, aos 69 anos de idade e com uma carreira tão marcada pela música como pelo cinema (até foi Bond Girl), apresenta o documentário Grace Jones: Bloodlight and Bami (de Sophie Fiennes), onde brilham todas as suas facetas e talentos.
Brevemente
O documentário McQueen (de Ian Bonhôte) convida-nos a entrar no universo do prodígio inglês e está em produção para estrear em 2018. Sobre Zara: The Story of the World’s Richest Man (do Prime Entertainment Group) ainda pouco se sabe, mas segundo o site da produtora, o documentário conta a história de sucesso desta marca de moda para as massas.