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Moda

Viagem com a Pandora. A Natureza não gosta de linhas retas

A marca dinamarquesa Pandora lança a sua primeira coleção banhada a ouro. Inspirada nas formas mais orgânicas, é discreta, mas cheia de detalhes e com mil opções de styling. A Máxima voou para Alicante e foi conhecê-la em primeira mão.

Foto: Craig McDean
26 de junho de 2024 às 10:42 Patrícia Barnabé

Éramos uma dúzia de jornalistas da Península Ibérica, as portuguesas sonâmbulas e quietas, tínhamos acordado de madrugada, as espanholas tagarelaram o tempo inteiro, nuns décibeis acima, mas as nossas diferenças depressa se encontraram felizes na alegria de conhecer a reviravolta na Pandora – que é hoje uma das maiores marcas de joalharia do mundo, vende-se em mais de 100 países, mas começou numa pequena loja em Copenhaga, há mais de 40 anos.

Estávamos em Alicante, ainda trememos ao avistar da janela da carrinha a placa que nos conduziria a Benidorm, até poderia ser uma piada no meio daquela paisagem desértica, mas a Pandora faz sempre em bom e em elegante: levou as jornalistas a um lugar mágico no meio das altas montanhas rochosas e inóspitas do sul espanhol. Fomos a um ninho de águia, o Vivood, em Benimantel, que tem sido considerado um dos melhores resorts de luxo e evasão. E fez todo o sentido quando vimos o sol descer por aquelas encostas abaixo, dourado e vivo e autêntico, como a nova coleção Essence. Parecíamos estar num cenário de fantasia, mas cheio da verdade que só a Natureza tem.

Foto: Zhenya Posternak

Toque de Midas

A grande surpresa nem foi a linha Essence ser vasta, versátil, divertida, luminosa. A Pandora habituou-nos, há décadas, ao mix and match que começa nas suas pulseiras que enchemos com pendentes de todas as formas e tamanhos e cores, a bem da expressão da nossa personalidade e singularidade únicas. Também não foi a pensar na riqueza ou fartura, é uma coleção vasta esta Essence, pois lança cerca de 50 novas peças, mas nunca faltaram referências diversas à marca que sempre se pautou pela abundância. E também não é a sua abragência de gosto, porque apesar de ser uma marca muito transversal e mainstream até, no melhor sentido, e talvez mesmo por isso, sempre conseguiu inovar ao incluiu todos. Há uma peça preferida para cada um, e são peças que queremos guardar, fazê-las nossas.

Foto: Zhenya Posternak

A grande surpresa foi serem todas banhadas a ouro. Alguém dizia que adoramos a prata em adolescentes - confere -, e que passamos a adorar o ouro depois - também confere -, mas é muito mais do que isso. Esta coleção tem mais piada porque são peças reluzentes, umas mais polidas do que outras, mas que as adolescentes vão adorar, como as suas mães. Na verdade, são manufaturadas com alta qualidade e em materiais muito resistentes, como a prata 925 e a liga com revestimento de ouro 14K – e, pasme-se, até ao ano que vem, a Pandora compromete-se a comprar apenas prata e ouro reciclados para criar as suas joias. Depois, sublinhamos, são peças trabalhadas à mão, e só isso é um mundo. Sustentabilidade e artesania, viva a Escandinávia.

Foto: Zhenya Posternak.

O maior encanto para nós foi serem joias que reluzem mas num mimetismo com a Natureza, têm formas orgânicas que se tornam esculturais, uma estética completamente nova que contrasta com o que nos habitámos a ver na marca: as argolas não são perfeitamente circulares, os brincos têm pérolas barrocas de cultura, mais belas que perfeitas, ou o pendente em forma de coração parece ter sido desenhado numa imperfeição de simplicidade. Os anéis e os colares são para brincar, ao bom gosto da marca, em jogos personalizados ou camadas, quanto mais melhor, ou no charme de um solitário. Não nos podemos esquecer que, apesar da festa, é no silêncio minimal e elegante que o design nórdico nos apanha a todos.

Foto: Zhenya Posternak

Os diretores criativos da Pandora são italianos, por isso sabem bem do que falam quando se atiram ao design. Francesco Terzo e A. Filippo Ficarelli disseram, em comunicado, que esta coleção Essence quer atingir uma ideia de liberdade, através de uma certa sensualidade de formas. De facto, são peças que se guardam nas mãos, sem linhas direitas ou arestas, como a Natureza gosta, e nós com ela.

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