Maria Serra surpreende com vestido de noiva nada convencional. "Queria algo muito diferente"
A criadora de conteúdos portuguesa fez do seu casamento uma extensão natural da sua identidade criativa, escolhendo dois vestidos que fugiram a todas as convenções. Entre fitas aplicadas à mão e outros detalhes inesperados, mostrou que ser noiva pode – e deve – refletir quem realmente somos.

O que faz uma criadora de conteúdos de moda quando decide que se vai casar? Cria um vestido nunca antes visto. Numa entrevista que deu à Aligne, em março deste ano, Maria Serra descreveu o que, para si, é ser uma noiva moderna – algo que podemos dizer que personificou no seu próprio casamento: “Para mim, ser uma noiva moderna é fazer com que o dia seja verdadeiramente nosso. Não se trata de seguir todas as tradições só porque são esperadas, mas de criar uma celebração que reflita quem somos como casal. Trata-se de equilibrar o significado com a diversão e garantir que a experiência seja fácil e pessoal.”

Quando lhe perguntaram o que procurava no vestido, Maria Serra respondeu: “Adoro contrastes ousados – pormenores eclécticos, formas geométricas e uma mistura de elementos inesperados. Não sou definitivamente uma minimalista, por isso gravito em torno de peças marcantes, que pareçam únicas mas ainda assim intemporais à sua maneira.”
Tudo aquilo que partilhou nessa entrevista ficou comprovado quando, no passado fim de semana, surgiram as primeiras fotografias do seu casamento. Maria surgiu num vestido que foi tudo menos tradicional. Talvez seja precisamente por isso que é tão seguida – no Instagram já soma mais de 50 mil seguidores –, por apresentar sempre o seu estilo tal como é, sem se conformar com as normas.

Em conversa com a Máxima, Maria contou: “Os dois vestidos [o de cerimónia e o de festa] foram desenhados por Isabel Núñez, uma designer com quem eu sempre sonhei trabalhar e que já seguia há muito tempo. Desde o primeiro momento, eu sabia que queria algo muito diferente, com um verdadeiro fator wow, nada tradicional, romântico ou 'de noiva' no sentido clássico. Também tinha claro que não queria que o vestido tivesse cauda – fazia questão que os sapatos ficassem à vista.”
Sobre a criação do vestido principal, explicou: “O vestido começou com uma base de tule, e depois fomos criando diferentes texturas com fitas aplicadas manualmente, de vários tamanhos e padrões, de cima para baixo. O vestido não tem nenhum tecido convencional — é todo feito de fitas, uma a uma, que juntas formam uma verdadeira obra de arte. Eu dizia sempre que era um vestido de alta-costura digno de estar num acervo ou museu, e toda a equipa se ria comigo.”

O resultado foi um vestido de comprimento pelos tornozelos, deixando à vista uns sapatos bicolores, branco e preto, da Roger Vivier. A criadora de conteúdos portuguesa conta que "tinha duas coisas muito claras: não queria saltos muito altos – não têm nada a ver comigo – e procurava algo entre slingbacks e mary janes. Quando o vestido começou a tomar forma e percebemos que tinha uma vibe retro muito marcada, não tive dúvidas: escolhi os Belle Vivier bicolores, em branco e preto, com aquele padrão aos quadrados tão icónico."

Para completar o visual, Maria optou por um véu até aos pés, mas com um detalhe inesperado, muito ao seu estilo: “Escolhemos o véu porque, como o vestido era tão pouco convencional, tão pouco de noiva, e não arrastava, decidimos que o véu seria esse elemento de noiva e que arrastasse no chão.” O toque de originalidade surgiu também na forma como foi preso: em dois ganchos, um de cada lado do penteado, criando um efeito diferente e elegante.
A criatividade de Maria continuou no segundo look, pensado para a festa. Contou-nos que “para o segundo look, queria algo completamente diferente: mais festa, mais decote, costas um pouco abertas… mas também com textura". Acrescentou ainda: "Estava obcecada por uma saia que tinha visto, com fitas em alturas diferentes e em diagonal, e queria juntar isso com um toque mais festivo ao estilo Rabanne. Então incluímos uma rede de cristais prateados por baixo da saia, para que brilhasse com o movimento e tivesse volume, e acrescentámos botões bordados e mais cristais como toque final.”

E, claro, não podiam faltar os sapatos perfeitos para acompanhar. “Para o segundo vestido, optei por uns mary janes prateados com brilho da Carel Paris, que combinavam lindamente com os cristais do vestido. Para além de serem confortáveis e com personalidade, a sua textura ligeiramente em rede ligava muito bem à rede prateada e às camadas de fitas do vestido, reforçando esse efeito mais futurista e em movimento que queríamos.”

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