Renúncia por amor no Japão
A princesa Ayako abdicará do seu título real para se casar com um cidadão comum em outubro.

Afinal, as histórias de amor entre princesas e plebeus não acontecem apenas nos contos. Há sete anos vibrámos com a união do príncipe William com a plebeia Kate Middleton. No dia 19 de maio deste ano foi a vez do príncipe Harry casar-se com Meghan Markle. Mas, no Japão, quando uma princesa decide casar-se com um cidadão comum, a Casa Imperial determina a renúncia do seu título real.
O facto não impediu que a princesa Ayako tomasse a decisão de casar-se este outono com Kei Moriya, colaborador da empresa de transportes japonesa Nippon Yusen Kabushiki Kaisha. De acordo com o The Japan Times, o noivado será oficializado numa cerimónia tradicional em agosto e o casamento será realizado em outubro. Em seguida, Ayako é obrigada a deixar a família real japonesa.

A princesa é a filha mais nova da princesa Hisako e do falecido príncipe Takamado, sendo este primo do imperador Akihito, o 125.º e o atual Imperador do Japão. O noivo foi apresentado a Ayako pela própria mãe.
O amor vence mais uma vez
Não é a primeira vez que uma princesa do Japão escolhe o amor em detrimento do título real. No ano passado, a princesa Mako anunciou renunciar aos seus direitos reais para se casar com o seu namorado da faculdade, Kei Komuro. No entanto, a data do casamento foi adiada para 2020.
Leis que ainda não se adaptaram ao século XXI
A Casa Imperial do Japão ainda determina que as mulheres que se casam com cidadãos comuns devem renunciar ao seu título real e que apenas os homens podem tornar-se imperadores. Um pequeno exemplo de avanço nas questões de género neste universo aconteceu em 2011, quando a Casa Real britânica se livrou da sua lei de primogenitura, declarando que o primogénito menino ou menina de William e Kate Middleton seria o próximo na linha de sucessão em Inglaterra. Ao nascer o príncipe George, as tradições mantiveram-se, contudo, com o nascimento do príncipe Louis, em abril deste ano, a princesa Charlotte tornou-se a primeira princesa da Casa a não ser preterida com a chegada do irmão mais novo.
