Saltos altos sim ou não? Um novo estudo tem a resposta
Durante 14 semanas oito voluntários tiveram a tarefa difícil de usar saltos altos todos os dias. Estes foram os resultados.

Os saltos altos têm sido objeto de fascínio e controvérsia ao longo das décadas, envoltos numa aura de elegância e poder, mas também permeados por mitos e conceções equivocadas. Muitas vezes, são alvo de debate sobre o seu impacto na saúde e no bem-estar de quem os usa, mas estudos recentes demonstram que muito do que se ouve e diz não passa de isso mesmo - mitos mal fundados.
Um estudo conduzido por Owen N. Beck, professor assistente de kinesiologia na Universidade do Texas, EUA, e publicado no Jornal of Applied Physiology, revelou que o uso frequente de saltos altos pode causar uma remodelação estrutural nos tendões musculares das pernas afetando as suas capacidades funcionais. Mas esta reestruturação não apresenta uma conotação negativa. Pelo contrário, as pessoas que usam saltos com frequência demonstraram a capacidade de conseguir andar mais facilmente com qualquer calçado, necessitando ainda de menos energia ao fazê-lo.

A investigação revelou ainda que ao colocar os tornozelos numa posição em que somente a planta do pé toca o chão – como acontece com os saltos, os tendões de Aquiles (localizados na parte de trás das pernas, na zona dos gémeos) operam em comprimentos mais curtos, o que pode induzir à remodelação estrutural e afetar o metabolismo muscular.
O estudo foi feito com oito voltuntários, cinco homens e três mulheres, que nunca ou quase nunca usaram saltos. Depois, passaram à primeira fase de testes onde foram realizados os seguintes desafios: todos tiverem que andar numa passadeira por cinco minutos, com e sem saltos – a razão? Para determinar a quantidade de energia que utilizavam. A segunda fase foi efetuada depois de 14 semanas. Neste espaço de tempo, os voluntários tinham a tarefa de calçar os saltos todos os dias, mas nem todos o fizeram.
Importa destacar que as pessoas que gastam menos energia do que as outras ao andar são mais eficientes ou metabolicamente económicas e portanto trata-se de um aspeto positivo.

Os voluntárias que desistiram cedo de usar saltos não apresentaram alterações nas pernas ou no andar. Em contrapartida, naqueles que usaram os saltos de forma consistente foi possível observar que os músculos dos gêmeos ficaram mais curtos e os tendões de Aquiles mais rígidos do que antes.
Mais surpreendente ainda foi o facto de se terem tornado caminhantes mais eficientes, gastando menos energia para atingir a mesma velocidade na passadeira do que antes, não só com saltos, mas também com sapatos rasos.

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