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Beleza / Wellness

O que uma semana no Core Collective fez ao meu corpo

Em apenas alguns dias, redescobri o prazer de me mover e a força que existe em ouvir o corpo. Mais do que um estúdio de fitness, encontrei um espaço em que o bem-estar é vivido com autenticidade, desafio e propósito.

13 de maio de 2025 às 18:06 Safiya Ayoob

Há experiências que nos transformam. Algumas mudam a forma como olhamos para o mundo; outras, a forma como sentimos o nosso próprio corpo. Foi isso que aconteceu na minha semana de imersão no Core Collective, um estúdio de bem-estar e fitness em Lisboa que junta o melhor do pilates, do treino funcional e do cuidado com o corpo - tudo num só espaço.

A fundadora, Kenza Charania, quis trazer para Lisboa um conceito que ainda não existia: o treino em X-Former e o slow resistance training. Inspirada pelos estúdios que conheceu nos Estados Unidos e em Londres, Kenza construiu o Core Collective como um espaço completo, no qual o bem-estar é abordado de forma holística: há aulas em máquinas e em tapete, salas aquecidas com tecnologia infravermelha e até uma zona de recuperação com crioterapia e sauna.

Foto: DR

"Fui puxando esses conceitos todos de vários estúdios pelo mundo… Mas a minha inspiração veio mais dos Estados Unidos. A Core Collective acaba por ser um espaço que tem conceitos em que eu realmente acredito", contou-nos Kenza. E essa autenticidade sente-se em cada detalhe.

O plano criado para mim incluiu uma variedade de aulas, com foco na adaptação progressiva ao ritmo do estúdio. Comecei a semana com Hot Flow, uma aula que, apesar do nome, é relativamente suave – o calor da sala aquecida por painéis de infravermelhos cria uma sensação acolhedora e envolvente, sem ser esmagadora. A aula mistura elementos de yoga com movimentos fluídos, e a instrutora foi excecional: atenta, motivadora e clara. Destaco que esta foi sem dúuvida, a melhor forma de começar a minha experiência no espaço, sendo que a aula é descrita como ideal para todos os níveis.

Foto: DR

Na terça-feira, o desafio foi o Core Fusion. Com um nível de intensidade semelhante ao do Hot Flow, esta aula também está pensada para iniciantes, mas os exercícios são diferentes – mais centrados no fortalecimento do core, como o nome indica. Ambos os dias serviram para me adaptar ao ambiente aquecido e aos ritmos mais lentos, mas controlados, típicos deste estúdio.

Após um merecido descanso na quarta-feira, chegou quinta-feira – o dia em que experimentei a tão falada aula de Intro X-Former. E que desafio. A aula promete ser introdutória, mas senti logo que o nível de exigência física era elevado. A máquina X-Former é uma verdadeira revolução: combina resistência, equilíbrio e controle, exigindo foco absoluto nos movimentos, sendo esta máquina diferente dos reformers que já conhecia. Apesar de puxado, saí da aula com a sensação de superação – e isso, por si só, já era uma vitória. Mais tarde, voltei a experimentar esta aula com outra instrutora e aí, sim, percebi o que seria uma introdução real ao X-Former. A qualidade da instrução varia, claro, mas a base é sempre sólida.

Foto: DR

Na sexta-feira, veio a temida (e desejada) Heated Sculpt. Esta é uma das aulas mais procuradas do estúdio – e compreendo porquê. É intensa, desafiante e, ao mesmo tempo, profundamente satisfatória. É também uma aula para a qual se recomenda alguma experiência prévia – como a própria Kenza me explicou, aulas como esta e a Tone & Burn são exigentes e não ideais para principiantes. Ainda assim, nunca me senti menos capaz por precisar de parar. Esse é, aliás, um dos aspetos mais bonitos do Core Collective: há uma cultura de respeito pelo corpo, sem vergonha nem comparação. A instrutora foi incrível e soube dar espaço para a escuta interior.

Para terminar a semana, tive ainda a oportunidade de fazer uma sessão de crioterapia. Foi breve, controlada e adequada a um primeiro contacto com esta técnica de recuperação muscular. Embora seja cedo para avaliar efeitos a longo prazo, foi uma boa introdução a uma ferramenta que, em contexto continuado, pode fazer a diferença.

Foto: DR

Ao fim de uma semana, os resultados eram subtis no espelho – como seria de esperar – mas profundos no sentir. A maior mudança não foi no corpo, mas na forma como o habito. Saí de cada aula mais leve, mais conectada comigo mesma, com uma autoestima renovada. A expressão "sentir-me o máximo" pode parecer exagerada, mas era exatamente isso que me acontecia após cada sessão.

O ambiente do estúdio contribui muito para isso. Não há olhares de julgamento, não há espaço para a vergonha. Cada pessoa está na sua jornada, e isso é respeitado. É um espaço onde o bem-estar é uma construção pessoal, orientada, mas nunca forçada.

O Core Collective não é apenas um estúdio de fitness – é um espaço que convida à reconexão com o corpo, com a disciplina e com o prazer do movimento. A diversidade de aulas, a qualidade dos instrutores e a filosofia de bem-estar integrada fazem dele um lugar único em Lisboa.

A minha semana lá foi apenas o início. Inscrevi-me e quero continuar. Porque se em sete dias já senti tanto, imagino o que virá a seguir. O Core Collective fez-me voltar a gostar de me mexer – e isso, por si só, vale tudo.

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