É o Casanova moderno, sedutor, irónico, adorado pelas mulheres e com uma confiança pouco comum para a idade. A campanha do novo Pure XS, de Paco Rabanne, é tudo o que esperávamos de uma marca que nos tem proporcionado algumas das histórias mais interessantes e divertidas da indústria da perfumaria. E Francisco Henriques foi o eleito para interpretá-la. Este português de cabelo encaracolado e lábios carnudos está a dar que falar no mundo da moda. Em Paris, revelou-nos como trocou o sonho de ser futebolista profissional pela carreira de modelo e deixou claro que vamos vê-lo com muita frequência nos próximos tempos.
Como é que surgiu esta oportunidade de ser o rosto de Pure XS?
Eu estava em Nova Iorque quando contactaram a minha agência para eu participar num casting, em Paris. Isso aconteceu quando eu estava de férias com os meus pais, em São Tomé, e no Natal desse ano soube que seria o rosto de Pure XS. Foi um grande presente de Natal. Fiz a campanha fotográfica em Janeiro, rodei o anúncio televisivo em Praga e mantive tudo em segredo durante uns meses, até ao lançamento do perfume.
Há alguma parte que tenha sido particularmente difícil de filmar num anúncio sensual e divertido como este?
A parte mais difícil foi o final, quando tive de tirar as calças e puseram-me uma tanga [risos]. Mas também foi a parte mais engraçada.
O que considera melhor e pior neste sucesso, quase instantâneo, da sua carreira de modelo?
O melhor é que comecei a ter uma vida independente e aprendi a falar Inglês. O mais difícil é não ter rotina, as diferenças de horários e o jet lag derivados das viagens. Andar de um lado para o outro é muito cansativo e praticar exercício físico torna-se mais difícil.
O que considera atraente numa mulher?
Uma personalidade forte e confiança… Que seja bonita e sensual. O cheiro também é muito importante. Gosto de uma mulher que use um perfume que deixe marca.
Do que sente mais falta quando não está em Portugal?
De estar com a minha família, com os meus amigos e de ir à praia. Sou da Costa da Caparica e, por isso, a praia faz-me falta. E sinto muita falta da comida [portuguesa], principalmente dos cozinhados da minha avó.
Onde é que estaria se não tivesse surgido a oportunidade de seguir a carreira de modelo?
Eu joguei futebol durante cerca de dez anos e o meu objetivo era ser jogador profissional. Diziam que tinha jeito para o jogo e, por isso, não foi muito fácil fazer esta transição do futebol para a moda porque tive de fazer uma escolha. Além de ter deixado o futebol, tive de manter os estudos em stand by.
Onde é que se vê daqui a dez anos?
Acho que ainda tenho muito para dar no mundo da moda porque sou novo, mas sempre estive relacionado com o desporto e gostava de ter um projeto relacionado com essa área. Ainda não sei bem o quê, mas tenho tempo para pensar nisso.