GUTA MOURA GUEDES
A diretora da ExperimentaDesign acredita na máxima “somos o que comemos”, por isso pensa na alimentação como uma forma de potenciar a saúde, mas também como uma fonte de prazer. “No dia-a-dia centro a minha alimentação em produtos naturais e bastante básicos, com muitos hidratos de carbono lentos e muitas vitaminas, mas abro todo o tipo de exceções sempre que me apetece. Adoro boa cozinha e cozinhas de diferentes etnias.”
Chá e tisanas, sementes, algas, rebentos e frutos secos são alguns dos ingredientes indispensáveis na sua cozinha. Mas porque os olhos também comem, revela-se sensível ao design: “Presto atenção à forma como as embalagens são desenhadas, se são úteis, se são inteligentes ou divertidas. Mas na hora de comprar privilegio a qualidade.”
Qual o seu maior “pecado” alimentar?
Chocolate. Sou apaixonada por chocolate e tenho de gerir bem as quantidades que como porque faço alergias e reações cutâneas facilmente.
Existem alimentos que considere proibidos?
Não, existem apenas combinações de elementos que tento não fazer. Mas evito fritos e privilegio alimentos crus sempre que possível. Não sou de comer doces e sobremesas, raramente bebo refrigerantes, alimentos muito processados ou muito artificiais, e não consumo junk food, com honrosas exceções de caráter experimental ou social.
O que não pode faltar no seu frigorífico?
Queijo e vegetais. Fora do frigorífico pão, azeite, vinho, frutos vermelhos e citrinos.
Tem alguma rotina no que respeita à prática de exercício físico? Qual?
Tento encaixar idas ao ginásio e ao ioga, mas sem rotina. E, com grande pena minha, vou poucas vezes. Mas tenho outro tipo de rotinas. Por exemplo, subir escadas sempre que possível, alinhar o corpo e trabalhar bem os músculos enquanto ando, quando guio ou quando estou ao computador, alternar estar sentada a escrever com passeios ou alguma movimentação física. Ou seja, estar consciente do corpo ao longo do dia e ir trabalhando no sentido de manter força e flexibilidade.
Tratamentos de estética: sim ou não? Costuma fazer alguns? Com que regularidade?
Massagens, às vezes, osteopatia ou mesoterapia. Tudo com um ritmo irregular, infelizmente.
Tem algum ritual de beleza/bem-estar?
Tento manter algum equilíbrio entre uma vida muito ocupada e com imenso stress e momentos de relax e de sintonia com a natureza, especialmente com o mar e com o campo. Gosto de experimentar cremes e utilizar óleos essenciais e fazer as minhas próprias misturas.
Que snacks vai comendo ao longo do dia de trabalho?
Não sou nada de comer um snack para tirar a fome. Estou facilmente sem comer durante horas e depois posso comer imenso de uma vez só. Algo estranho, reconheço, mas funciono assim. Comer para mim tem uma dimensão cultural e simbólica. Mas gosto tanto de pão que posso tomar dois pequenos-almoços por dia e dois lanches... desde que coma pão.
MARIA BARROS
Os dias da designer de interiores são sempre agitados. Normalmente faz as refeições em casa, optando por soluções saudáveis. “Quando almoço fora, gosto de comer sushi ou aproveito para pedir um peixe grelhado.” Mas como todas as regras têm uma exceção, naquele dia em particular, Maria furou a dieta. “Estive numa obra até às 14h30 e como tinha uma reunião logo a seguir passei pelo drive in do McDonald’s e pedi um wrap de hambúrguer e uma Coca-Cola Light e fui almoçar para o escritório. Adoro um McDonald’s de vez em quando! Não me sinto nada culpada!” A ausência de culpa é, aliás, um dos seus mandamentos. Isso e as massagens relaxantes que faz semanalmente.
Quais são os seus mandamentos no que toca à alimentação?
Somos o que comemos, por isso tento ter uma alimentação saudável. Mas só cheguei a essa conclusão há pouco tempo. Alimentei-me mal durante toda a vida. Seja como for, acho que os dias são mais divertidos se fizermos algumas asneiras.
Qual o seu maior “pecado” alimentar?
Sou gulosa, mas nunca acho que peco quando como um doce. Sem culpa sabe muito melhor! Durante muitos anos bebi muita Coca-Cola. Hoje, se estou em casa, bebo limonada ou sumo de goiaba, sumo de laranja… Deixei de ter sempre Coca-Cola no frigorífico.
Existem alimentos que considere proibidos?
Proibido mesmo só pimentos e cogumelos. Não faço bem as digestões. Quase não como ovos, não bebo leite de vaca e tento evitar o pão branco.
O que não pode faltar no seu frigorífico?
Muita coisa, porque é um frigorífico de família. Mas, para mim, não pode faltar limonada, leite e iogurtes de soja, alface, manjericão, tomates cherry, queijo flamengo, manteiga e mozzarela.
Tem alguma rotina no que respeita à prática de exercício físico? Qual?
Tento fazer ginástica duas vezes por semana e gosto de andar no paredão.
ANDREIA VALE
Mãe de duas crianças, a jornalista e repórter da SIC Notícias não é escrava da balança nem do espelho, mas faz os possíveis para manter os 55 quilos que tinha antes de engravidar pela primeira vez. Quando precisa de perder algum peso, torna-se mais rigorosa com a alimentação (evita os fritos, por exemplo) e reforça a prática de exercício físico: “Desde outubro que ganhei o vício das corridas. Corro, no mínimo, duas vezes por semana, às vezes três ou quatro, e faço sempre entre seis a 10 quilómetros por corrida. Não prescindo e estou na fase em que já sinto ‘ressaca’ se não vou correr.” Depois, basta-lhe uma dose de disciplina e os cuidados essenciais com o corpo. “Durante anos fui muito negligente nesse aspeto, mas a idade não perdoa. Hoje uso creme de dia para o rosto, creme para o corpo... o básico, mesmo.”
Quais são os seus mandamentos no que toca à alimentação?
Sou pouco dada a regras, até porque tenho a sorte de não ter alergias e de poder comer o que me apetece. Nos últimos anos e depois de duas gravidezes, esforcei-me por fazer mais exercício físico e hoje posso dizer que “corro para poder comer o que me apetece”!
Qual o seu maior “pecado” alimentar?
Tudo o que tenha chocolate.
O que não pode faltar no seu frigorífico?
Água, leite, iogurtes e manteiga. Mas é a despensa que ataco quando tenho fome... Aí não podem faltar cereais, chocolate e cappuccino.
Qual é o snack ideal?
Fruta. E agora ando viciada em nougat.
ANA RITA CLARA
A boa forma da apresentadora do programa Mais Mulher, da SIC Mulher, é uma evidência. Mas não é um milagre. Ana Rita faz por merecer o corpo que tem. Como? Praticando exercício físico duas a três vezes por semana, com a supervisão de um personal trainer. Cumprido o treino, ainda frequenta aulas extras, que gosta de variar. Por isso, quando precisa de perder peso, ou volume, não entra em pânico. Corre para o ginásio. “Não sou refém da balança, nem gosto dessa ideia. Vou controlando o peso de uma forma natural.”
Água, legumes, leite e iogurtes magros de morango são alguns dos básicos no frigorífico da apresentadora, que não dispensa o consumo de um litro e meio de água por dia. “O truque também está em acrescentar chás, tisanas e águas com sabor”, adianta. Mas porque nem tudo são facilidades, os horários às vezes complicam-lhe a vida e abrem o apetite para caprichos: “Por vezes, os hidratos de carbono ao jantar sabem mesmo bem, mas considero-os um pecado.”
Quais são os seus mandamentos no que toca à alimentação?
Procuro manter alguns cuidados ao longo do dia como beber muita água, reduzir as quantidades nas refeições principais, reforçar o menu com saladas e legumes cozidos, preferir o azeite a qualquer tipo de gordura e procurar eliminar açúcares em excesso, como em refrigerantes.
Existem alimentos que considere proibidos?
Coloco as batatas fritas e o fast food no topo da lista! Apesar de, por vezes, gostar de os saborear…
Tratamentos de estética: sim ou não?
Sim, faço e gosto imenso. Não só para relaxamento do corpo mas também para obter os resultados estéticos que pretendo. Massagens e drenagens são sempre bem-vindas.
CRISTINA BRANCO
Se a noite é de espetáculo, o dia é de regras. Nas datas em que sobe ao palco para apresentar as músicas de Não Há Só Tangos em Paris, o álbum sucessor de Kronos, Cristina não come depois das 17 horas, bebe muita água e “potes de chá de gengibre”. Em dias de concerto, evita ainda o consumo de mel, leite e iogurtes, e opta por ingredientes como o limão e o gengibre, que evidenciam os seus dotes. A voz é mesmo o seu principal cartão de visita, mas a fadista também não descura a imagem. Os resultados dos treinos diários de hidrobike (uma variação de hidroginástica que utiliza bicicleta) estão à vista. Pontualmente, Cristina recorre ainda a tratamentos de estética que afirma serem importantes para manter o corpo são, “ajudando-o a atravessar o tempo”.
Quais são os seus mandamentos no que toca à alimentação?
A sopa é incontornável, bem como a fruta, especialmente os frutos vermelhos (de época).
Qual o seu maior “pecado” alimentar?
O pão.
Existem alimentos que considere proibidos?
Tudo o que esteja frito e gordura animal.
O que não pode faltar no seu frigorífico?
Abacate e iogurte.
Qual seria a refeição ideal depois de um espetáculo memorável?
Ostras e um copo de vinho branco.
NAIDE GOMES
A medalha de prata no Europeu de Pista Coberta em Paris é apenas o mais recente feito de Naide Gomes, especialista no salto em comprimento. Como atleta de alta competição, treina todos os dias, duas vezes. “O nível de exigência do meu treino é muito elevado”, confessa-nos. Todos os meses, visita o seu nutricionista, que a ajuda a desenhar o melhor plano alimentar para a época do ano em questão. “A minha alimentação altera-se em função da fase de treino em que me encontro. Em época competitiva, é mais controlada. Já na fase de treino intensivo é mais normal, mas sempre rigorosa.” Os suplementos alimentares também fazem parte da sua rotina, mas apenas os que lhe são aconselhados: “São essencialmente suplementos para recuperação pós-treino. Por exemplo, proteína, creatina ou aminoácidos.”
Quais são os seus mandamentos no que toca à alimentação?
Como um pouco de tudo, obviamente com moderação. Não como fritos, não bebo sumos, exceto sumo de laranja natural.
Qual o seu maior “pecado” alimentar?
Pipocas, sou doida por pipocas. Mas só as como quando vou ao cinema.
O que não pode faltar no seu frigorífico?
Iogurtes de banana.
Há espaço para a espontaneidade, na sua alimentação?
Sim, costumo dizer que só se vive uma vez, por isso temos de aproveitar as coisas boas da vida. Mas não sou de comer muito e tenho uma vantagem: não gosto muito de fritos, nem de doces.
Qual seria a refeição perfeita para comemorar uma prova vitoriosa?
Cachupa feita pela minha mãe.