“Talvez comece a escrever um diário aos 30.” Maria Francisa Gama responde ao Quizz da Máxima
Uma imagem de moda? E que livro gostaria de voltar a ler? Este questionário rápido serve também para sugerir novos livros aos leitores da Máxima.
Maria Francisca tenta não chorar. Justifica-se entre risos, às dezenas de leitores que sentam à sua frente, no pátio interior da Cinemateca Portuguesa onde decorre o lançamento do seu mais recente romance, Filha da Louca. A sua gravidez avançada poderá ser uma das razões pelas quais a maquilhagem dos seus olhos estará prestes a desaparecer numa lágrima, ou várias. Nas últimas semanas diz estar à flor de pele. A voz treme enquanto explica a crença que o seu marido tem pela sua escrita. Agradece à sua editora e à família. Os leitores observam-na em suspenso, com livros nas mãos. Mais tarde vão pedir-lhe uma dedicatória, Maria Francisca fala atentamente com quem para à sua frente, ouve o que têm para lhe dizer, parece conhecer quem a lê.
Nos corredores da Cinemateca, há posters de atrizes do passado, conhecemos as vidas atribuladas de algumas delas, incompreendidas pela sociedade, julgadas e, em muitos casos, apelidadas com estranhas alcunhas. “Depressivas”, “divas” ou “loucas”. Neste novo romance, Maria Francisca procura evocar esse olhar de julgamento que se foca muitas vezes em mulheres que fogem à regra. O questionário que lhe fazemos acontece depois das lágrimas contidas e dos autógrafos. Na livraria Linha de Sombra há ainda restos de emoção no olhar da escritora.






Maria Francisca Gama: "Ainda há muito preconceito em ser uma mulher escritora que gosta de se arranjar"
A Máxima acompanhou a autora Maria Francisca Gama no lançamento da sua mais recente obra, o livro "Filha da Louca", durante a 95ª edição da Feira do Livro de Lisboa.
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Anjos, Joana Marques e José Sócrates: A ré declara-se culpada de entretenimento com casos de tribunal
No último mês, o caso que opôs Joana Marques e Anjos e a Operação Marquês prenderam a nossa atenção com liveblogs ao minuto nos jornais nacionais. É essencial saber o que se passa nos tribunais, mas será problemático fazer disso entretenimento?