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Pais denunciam refeições escolares de fraca qualidade

O presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares aponta as escolas que entregam a confeção a privados como as mais problemáticas.

Foto: D.R.
10 de outubro de 2017 às 16:12 Marta Carvalho
Fotografias de refeições escolares sem qualidade ou em pouca quantidade foram partilhadas por pais e encarregados de educação esta segunda-feira, com o objetivo de alertar para um problema que parece afetar grande parte das escolas do país. A denúncia, que partiu da Federação Regional de Lisboa das Associações de Pais depois de receber fotografias tiradas por estudantes de escolas em Oeiras, Amadora e Odivelas, é suportada por imagens de rissóis ainda congelados e porções de comida claramente insuficientes.
Isidoro Roque, presidente da FERLAP, afirmou à Lusa que "há escolas onde é possível contar os grãos de arroz que estão no prato. Na semana passada uma mãe contou que houve uma refeição apenas de arroz com feijão". Garante, no entanto, que os primeiros responsáveis desta situação são as escolas, que devem vigiar melhor a alimentação que é dada aos alunos.
O presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, Manuel Pereira, admitiu que podem existir falhas em várias escolas, principalmente naquelas que optam por serviços feitos por empresas privadas. "As refeições deveriam ser confecionadas nas escolas, que têm cantinas e cozinhas para o fazer. Quando isso acontece, não há queixas, mas atualmente muitas escolas têm entregado a confeção a privados."
Na escola que Manuel Pereira dirige, as refeições são feitas na cantina e ficam abaixo do valor mínimo definido pelo Ministério da Educação: "As refeições têm de ficar entre os 1,42 euros e os 1,70 euros e nós conseguimos fazê-las 20 cêntimos abaixo e oferecemos às crianças peixe fresco, não congelado." O presidente acrescenta ainda que, embora a preparação das refeições nas escolas seja mais trabalhosa, é conseguida uma qualidade que a comida das empresas privadas não tem.

 

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