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Os livros da minha vida: A escolha de Ana Cristina Silva

Desafiámos alguns escritores portugueses a partilhar as suas escolhas literárias de uma vida. Conheça as de Ana Cristina Silva.

29 de abril de 2020 às 07:00 Rita Lúcio Martins

Natural de Lisboa, Ana Cristina Silva é autora de 14 romances, alguns deles publicados no Brasil e na Alemanha: Mariana, Todas as Cartas (2002), A Mulher Transparente (2003), Bela (2005), À Meia-luz (2006), As Fogueiras da Inquisição (2008), A Dama Negra da Ilha dos Escravos (2009), Crónica do Rei-Poeta Al-Mu’Tamid (2010) e Cartas Vermelhas (2011, selecionado como Livro do Ano pelo jornal Expresso e finalista do Prémio Literário Fernando Namora), O Rei do Monte Brasil (2012, finalista do Prémio SPA/RTP e do Prémio Literário Fernando Namora, e vencedor do prémio Urbano Tavares Rodrigues) e A Segunda Morte de Anna Karénina (2013, finalista do Prémio Literário Fernando Namora). Em 2017, A Noite não É Eterna venceu o Prémio Fernando Namora. Em 2018 publicou o romance Salvação (Parsifal) e, já em 2019, o romance As longas noites de Caxias (Planeta). Rimbaud, o Viajante (Exclamação) é a sua mais recente obra. Doutorada em Psicologia da Educação, é professora universitária no ISPA-IU.

A coleção do NODI, de Enid Blyton

Aprendi a ler na cidade dos brinquedos, uma cidade onde até os maus eram apenas diabretes, entusiasmando-me a cada aventura do NODI e do seu amigo Orelhas Grandes.

Levantado do Chão, de José Saramago (Porto Editora)

O primeiro livro que li ainda na adolescência do nosso prémio Nobel. Uma forma de contar inédita, combinando magistralmente um registo de oralidade com o estilo barroco de Padre António Vieira. E uma história de resistência ao regime fascista que termina com a alvorada do 25 de Abril.

Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar (Ulisseia) 

As reflexões de um homem de poder na hora da morte, evidenciando a força e a violência das motivações do poder. Um romance magistral, com uma linguagem soberba que permite, através da voz de um homem, o Imperador Adriano, refletir sobre a sociedade e a natureza humana.

Amor nos Tempos de Cólera, de Gabriel Garcia Marquez (Dom Quixote)

Neste livro, é o amor o motor principal da história… Um amor de adolescência contrariado que se transforma no olhar de uma vida, um homem que vai colecionando mulheres e acumulando riquezas para, finalmente, numa fase avançada da vida, conquistar e viver esse grande amor. Um ritmo narrativo notável de um extraordinário contador de histórias em que o amor gera uma ficção contagiosa.  

As Velas Ardem Até ao Fim, de Sandor Marai (Dom Quixote)

Um homem apaixona-se pela mulher do seu melhor amigo e, numa situação de caça, esteve quase a assassiná-lo, ou talvez não. Os dois amigos encontram-se passado muitos anos, tendo o amor de ambos já morrido. Mais do que uma história de adultério, é a discussão da natureza das motivações e impulsos inconscientes (a inveja, amargura ou o ódio escondido), das mentiras que dizemos a nós próprios, da forma como distorcemos a realidade, que torna este romance verdadeiramente notável. 

A coleção do NODI, de Enid Blyton
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Levantado do Chão, de José Saramago (Porto Editora)
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Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar (Ulisseia)
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O Amor nos Tempos de Cólera, de Gabriel Garcia Marquez (Dom Quixote)
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As Velas Ardem Até ao Fim, de Sandor Marai (Dom Quixote)
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