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Onde está ‘O Impostor do Tinder’, o falso milionário que enganou dezenas de mulheres?

Terá roubado vários milhões a mulheres de vários países e continua a viver como se fosse milionário. Conheça a história de Simon Leviev, o protagonista do mais recente documentário criminal da Netflix.

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13 de fevereiro de 2022 às 17:22 Máxima

A premissa era simples, mas cuidadosamente executada. Fingindo ser um multimilionário sensível e apaixonado, Simon Leviev seduzia mulheres através do Tinder para depois lhes roubar vários milhares de euros. Apresentava-se como o "príncipe dos diamantes", herdeiro de uma fortuna de família, e tinha um perfil a condizer: imagens em jatos privados, relógios e roupa de luxo, viagens aos destinos mais exóticos e atitude de quem sempre viveu em abundância. 

A realidade não parecia muito diferente, achou Cecilie Fjellhøy, uma das vítimas de Leviev que conta a sua história no novo documentário da Netflix, O Impostor do Tinder, o primeiro a chegar ao topo dos mais vistos na plataforma. Fjellhøy, uma norueguesa de 29 anos à procura de uma história de amor, não hesitou em seguir o herdeiro numa viagem de negócios de última hora, horas depois de se encontrarem no Four Seasons de Londres para um café. Estávamos no início de 2018 e tudo parceria bater incrivelmente certo. 

O que se seguiu, no entanto, foram meses de enganos, angústia e vários milhares de euros roubados. Simon Leviev, era, afinal, Shimon Yehuda Hayut, nascido nos subúrbios de Israel e sem família milionária à vista. Tudo era encenado na vida de Leviev, do fiel guarda-costas às elaboradas declarações de amor enviadas pelo What’s App.  

Três meses depois de começar a namorar com Simon, Cecilie recebe uma série de imagens do namorado ensanguentado e um pedido de 25 mil dólares – os inimigos de Simon estavam a persegui-lo e por isso estava impedido de aceder às suas contas e cartões de crédito, todo o dinheiro seria devolvido pouco depois e como se poderia desconfiar dele, depois de fazer parte do seu extravagante estilo de vida? 

Episódios semelhantes são descritos ao longo do documentário por duas outras mulheres enganadas, a sueca Pernilla Sjoholm, e a holandesa Ayleen Charlotte. A primeira tornou-se amiga de Simon, acompanhando-o em festas e viagens de luxo, e a segunda foi sua namorada durante 18 meses. Enquanto Cecilie Fjellhøy procurava apartamentos em Londres para viverem juntos, Simon pagava jatos privados com o dinheiro de outras mulheres, oscilando entre o romântico e o agressivo consoante as suas necessidades.

Segue-se uma investigação do jornal norueguês VG e ficamos a saber que Simon já tinha sido condenado por crimes semelhantes na Finlândia em 2015. Com a ajuda destas três mulheres, volta a ser preso na Grécia e depois extraditado para Israel. Condenado a 15 meses de prisão por roubo e fraude, sai cinco meses depois por bom comportamento.

Hoje, vive em liberdade e continua a partilhar no Instagram imagens da sua vida aparentemente de luxo – a estreia do documentário pareça tê-lo levado a apagar a sua conta, mas pouco mais aconteceu. Embora tenha voltado ao Tinder, a rede social já informou que o baniu de lá. Sabe-se que criou um site onde vende workshops para ensinar a enriquecer. Tudo indica que namora com uma modelo israelita e ainda não foi julgado pela maioria dos seus crimes, muito menos fora de Israel. Cecile, Pernilla e Ayleen continuam a pagar as suas dívidas.  

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