Mundial de Futebol Feminino termina com pedidos de igualdade de género na modalidade
O uso de chuteiras pretas e a recusa de cantar o hino nacional foram alguns dos vários protestos desta 8ª edição do torneio que atribuiu a Megan Rapinoe, além do título de campeã, a voz do ativismo feminino no desporto.

O Mundial Feminino de Futebol em França teve, sem dúvida, a principal edição de todos os tempos. No campo, jogadoras experientes, recordes ultrapassados – a futebolista Marta marcou seu 17º golo e tornou-se a maior marcadora em torneios Mundiais – e principalmente o arranque da luta pela desigualdade de género e diferenças salariais. A porta-voz desta causa foi a capitã americana de 33 anos, sem papas na língua, até para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Megan Rapinoe, ativista LGBTQI e autora do processo contra a federação de futebol americana por desigualdade de género, usou sua visibilidade para questionar a discrepância de pagamentos entre homens e mulheres no futebol. Após a vitória da selecção estadunidense por 2x0 sobre a Holanda, a jogadora reagiu aos gritos da torcida que clamavam por "pagamentos iguais". "Creio que toda a gente está pronta para o próximo passo desta conversa. Terminamos a copa a certeza de que valemos a pena, devemos ter pagamento igual, o mercado é o mesmo", comentou Rapinoe em conferência após a final.

Além da taça do Mundial, a jogadora ficou também com o troféu de melhor jogadora e melhor marcadora, e provavelmente deverá ser recebida na Casa Branca pelo presidente que, diferentemente da polémica anterior onde sugeriu que Rapinoe ganhasse antes de recusar-se a ir à Washington, Trump deu os parabéns à equipa e disse estar bastante orgulhoso.
Congratulations to the U.S. Women’s Soccer Team on winning the World Cup! Great and exciting play. America is proud of you all!

Delfim de Merkel na Comissão Europeia e Lagarde no BCE
Há finalmente acordo para um um novo "pacote" de nomes para os lugares de topo das instituições europeias. O impasse foi ultrapassado com base num acordo do chamado motor da UE: o eixo Paris-Berlim. A antiga delfim de Merkel, Ursula von der Leyen, na Comissão Europeia, e a líder do FMI, Christine Lagarde, no BCE compõem a solução de compromisso.
A futebolista Marta só aceita patrocínios quando lhe pagarem o mesmo que a um homem
Eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo, Marta fez história ao marcar o 16º golo no seu quinto mundial, ao mesmo tempo que criticou a desigualdade de género no futebol.
As 10 atletas mais bem pagas de 2020
A revista Forbes avalia o salário, os prémios, os patrocínios e outros assuntos destas atletas, entre 1 junho de 2019 e 1 de junho de 2020. Nove em dez das 10 atletas femininas mais bem pagas do mundo (este ano) são tenistas, à exceção da 10ª, que é futebolista.
“Ela devia ganhar antes de falar” diz Trump sobre jogadora de futebol americana
Megan Rapinoe é ativista LGBTQI, não canta o hino nacional dos Estados Unidos em protesto, e diz que não irá à Casa Branca caso a equipa vença o Mundial Feminino devido ao Presidente.