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Lojas de luxo em Paris temem os 'coletes amarelos'

A presença do movimento Gilets Jaunes nas zonas mais luxuosas de Paris obrigou lojas como as da Balmain, Yves Saint Laurent e Dior a fecharem portas e a tapar as montras.

Foto: Getty Images
21 de dezembro de 2018 às 12:11 Sara Nascimento

De forma geral, as manifestações em França concentram-se sobretudo na zona leste da capital, contudo, nos últimos cinco fins de semana, os "Coletes Amarelos" dirigiram-se especialmente à zona onde o luxo se encontra em letras grandes à entrada dos edifícios.

Talvez se deva ao facto desta zona ser também a morada do presidente francês, Emmanuel Macron, e por isso, as lojas de luxo viram-se obrigadas a protegerem-se de possívels manifestações na cidade. Para além de fechadas ao público numa altura altamente lucrativa – o Natal – as grandes marcas francesas ou estrangeiras, mas com lojas em Paris, tiveram que tomar medidas de proteção, entre elas, entaipar as fachadas e entradas

Com um aspeto quase apocalíptico, boutiques como as da Céline, Gucci, Balenciaga, Balmain, Kenzo, Ralph Lauren e Yves Saint Laurent (entre outras) apresentam as suas montras de Natal como nunca antes: tapadas com cartão. Uma vez que muitos protestantes olham para as marcas em questão como símbolos de desigualdade e elitismo, estas tiveram de zelar pela segurança e fechar portas.

Marcas como Dior ou Burberry recusaram fazer comentários sobre como a situação poderá afetar as vendas. "Ninguém quer fazer compras na Louis Vuitton dos Campos Elísios quando existem carros a arder no meio da rua", disse Mario Ortelli, sócio da Ortelli&Company à revista Vice francesa.

Segundo a Federação de Retalho Francesa, lojas de variados setores terão perdido à volta de €1 milhão de euros desde que os protestos começaram.

Numa altura em que a indústria de luxo se encontra tradicionalmente cheia com residentes e turistas a fazer as suas compras de Natal, o negócio irá certamente ressentir o peso dos protestos na sua economia.

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