Livros de dezembro
Uma manta, um copo de vinho e um bom livro - cenário perfeito para o mês de dezembro. Para facilitar a escolha do livro que o vai acompanhar este mês, reunimos algumas das melhores sugestões.

The WallQuando questionado sobre os seus temas favoritos, Basquiat respondeu: "Realeza, heroísmo e as ruas." Figura incontornável da cena mais vanguardista da Nova Iorque dos anos 1980, Jean-Michel Basquiat acabou por se tornar uma referência artística, fazendo parte de um movimento cultural inspirador que gravitava em torno de expressões como o graffiti, o hip-hop, o pós-punk ou o cinema DIY. Nascido em Brooklyn, filho de uma porto-riquenha e de um haitiano, revelou desde cedo um talento especial que encontrou nas paredes de Manhattan o suporte perfeito: na década de 70 espalhava comentários cáusticos e fragmentos de poemas pela cidade que o viria a aclamar. Namorado de Madonna, parceiro de Vicent Gallo, amigo de Andy Warhol, foi capa do New York Times em 1985 e morreu de overdose três anos depois, com 27 anos e um espólio com mais de mil quadros, parte deles incluídos neste livro. Com autoria da historiadora de arte Eleanor Nairne, Brilliant Basquiat (Taschen) é uma monografia XXL que oferece uma vista privilegiada para a obra deste talento eternamente cativante.
Ao vivo e a coresPara sentir de perto a energia que emana da obra de Basquiat, nada como visitar a Fondation Louis Vuitton, em Paris, até 14 de Janeiro. A exposição Jean-Michel Basquiat reúne 120 trabalhos do artista nova-iorquino, incluindo obras nunca antes expostas na Europa e algumas peças criadas em colaboração com Andy Warhol.

Em boa companhiaElas são artistas plásticas, artesãs, arquitetas, hoteleiras, tattoo artists, gurus dos media e tanto, tanto mais. Na verdade, é precisamente isso: elas são tanto mais. In The Company of Woman, de Grace Booney (Artisan Books), apresenta as histórias e desenha os perfis de 100 mulheres inspiradoras e excecionais que perseguiram os seus sonhos fazendo dos seus percursos exemplos de perseverança, determinação e talento.
Berta Isla, de Javier Marías (Alfaguara)O casamento é um dos territórios explorados pelo autor espanhol que a ele agora regressa para traçar o mapa amoroso de Berta e Tomás, um casal que cedo decidiu partilhar o futuro. O que ela não sabia é que ele escondia um segredo antigo, que pesou para sempre na relação e se abateu sobre a vida em comum. Ele assombrado, ela incompleta, fizeram do seu amor um lugar de contradições, preenchido pela proximidade e pela ausência. Considerado Livro do Ano pelo jornal El País, este romance foi ainda distinguido com o Prémio Nacional da Crítica espanhola.
A Morte do Comendador, de Haruki Murakami (Casa das Letras)Há sempre música a tocar nos livros de Murakami. Agora, a arte junta-se à festa num novo romance que é, também, uma homenagem a O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald. O escritor japonês, referência incontornável da literatura contemporânea, conta aqui a história de um retratista abandonado pela mulher que troca Tóquio por uma casa na montanha, onde descobre um quadro (com o nome do livro) que desencadeia uma série de acontecimentos misteriosos e que o levarão a descobrir mais sobre a sua própria vida.

Luanda Lisboa Paraíso, de Djaimilia Pereira de Almeida (Companhia das Letras)A autora do muito elogiado livro de estreia Esse Cabelo (2015) regressa com um segundo romance em que conta a história de Cartola e Aquiles, pai e filho que trocam Luanda por uma Lisboa algo distante da cidade que tinham sonhado. Tudo muda quando uma amizade inesperada vem desequilibrar a balança da esperança e dos afetos: "Se o entendimento entre duas almas não muda o mundo, nenhuma ínfima parte do mundo é exatamente a mesma depois de duas almas se entenderem."
Estranhezas, de Maria Teresa Horta (D. Quixote)No Espelho, Paixão, Da Beleza, Alteridades, Tumulto, Ferocidades e À Beira do Abismo.
São sete os capítulos do novo livro de poesia de Maria Teresa Horta, atravessado pela sensibilidade da autora e envolvidos pela asa que se estende da capa, criada a partir de uma gravura de Albrecht Dürer, à contracapa, onde se pode ler um poema com o mesmo tema.

Geógrafo Miguel Bastos Araújo vence Prémio Pessoa
O investigador, especializado em alterações climáticas e no seu impacto na biodiversidade, venceu esta sexta-feira a 32.ª edição do prémio.
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