Jonathan Adler
É no cruzamento entre o rigor do design e as cores do otimismo que se desenha a filosofia de Jonathan Adler. A Máxima foi conhecer melhor o designer de interiores norte-americano que faz da felicidade uma forma.

Estudou semiótica, trabalhou em cinema, especializou-se em cerâmica, tendo apresentado a sua primeira coleção no Barney’s, em Nova Iorque. Só em 1994 é que Adler apostou tudo no design de interiores. As 25 lojas em nome próprio que tem um pouco por todo o mundo encarregam-se de provar que foi uma aposta ganha. As suas criações, pensadas para os quatro cantos da casa, desmultiplicam-se em cores, desenhos e padrões arrojados, a meio caminho entre o moderno e o pop, numa sempre poderosa combinação entre artesanato e luxo. Autor de quatro livros, entre eles o mais recente 100 Ways to Happy Chic Your Life (Sterling), o designer foi escolhido em 2004 para remodelar o icónico hotel The Parker Palm Springs, na Califórnia. No ano passado, juntou-se à luta contra a sida em África com a criação da Tomato Pop Candle para a Starbucks.
Qual é a peça-chave que o faz realmente feliz?
A mesa de pingue-pongue que tenho na minha sala de estar. Cubro-a com o papel de parede paisley e jogo todas as noites com o meu marido. Até o deixo ganhar, ocasionalmente.
É evidente que não tem medo da cor. Qual a cor que melhor o representa?
O turquesa e o laranja. Azul-turquesa é a cor do céu e do mar, o laranja que é a cor do sol. Cinzento é a cor neutra du jour, adoro a forma como o cinzento combina com o laranja e o turquesa.
O seu otimismo está sempre presente no seu design. Onde é que se inspira?
Tenho a sorte de viver em Nova Iorque, onde a inspiração está por todo o lado, mesmo à saída de casa. Mantenho a mente e os olhos abertos.
Qual foi a sua inspiração para a coleção de verão?
A mãe natureza. Desde o turquesa do mar ao laranja do sol, passando pelo verde fresco da relva. É da natureza que provém a paleta perfeita.
Qual foi a sua primeira grande compra?
Quando tinha 15 anos comprei um conjunto de cadeiras da Norman Cherner que, olhando agora para trás, eram praticamente de borla. O preço pareceu-me inacreditável. Ainda as tenho e continuam a inspirar-me.
Com quem é que gostaria de colaborar?
Gostava imenso de poder desenhar um carro, por dentro e por fora.
Qual a peça com que tem uma ligação emocional especial?
O meu lugar favorito é a minha casa na ilha de Shelter. O Simon e eu criámos a nossa casa de sonho. Está recheada de coisas que adoro. É para onde vamos quando queremos afastar-nos de tudo e passar algum tempo com as pessoas de quem mais gostamos.
Das peças criadas por si qual é a que tem em casa?
Todas! Só faço coisas de que realmente gosto.
Há, entre elas, uma que seja especial?
Um incrível busto do Michael Jackson que comprei numa feira de rua por vinte dólares. Parece-me algo que o próprio Jeff Koons iria invejar.
Tendo em conta que viaja muito, o que faz para relaxar?
Adoro praticar paddle quando estou na casa que tenho na ilha de Shelter. É a experiência mais relaxante de que me consigo lembrar.
Um destino de férias?
Tenho quase a certeza de que o paraíso é como a ilha de Capri. É lá que fica o meu hotel favorito, o La Scalinatella.
O que leva na mala?
O polo da Lacoste é um símbolo da alfaiataria desde os meus 13 anos e continua a ser tão bom como era na altura.
Quais são as músicas que tem no seu iPod?
Vou ser sincero, mesmo que seja embaraçoso: eu tenho o gosto musical de uma rapariga de 14 anos. Oiço Kesha, Katy Perry e Rihanna.
O que é que o faz rir?
O meu marido Simon. É espirituoso, é um prazer passar tempo com ele.
