Joana Verona - Brilho próprio
No Brasil, onde nasceu, consideraram-na uma das mais belas novas atrizes europeias. Será, certamente, uma das mais talentosas também. 2012 foi um ano de aprendizagem e reconhecimento internacional. Agora é tempo de regressar aos palcos.

Do último ano para cá deixou de haver razões para não reconhecer de imediato o nome de Joana de Verona. Apesar da temporada passada em Paris, onde se dedicou aos estudos de Realização de Documentário e realizou a curta-metragem Chantal (uma das que esteve em concurso no IndieLisboa), a atriz manteve-se ativa em várias frentes.
Foi a Luísa na série E Depois do Adeus (no ar nas noites de domingo, RTP1) e a Brites de As Linhas de Wellington, filme realizado por Valeria Sarmento, a viúva de Raoul Ruiz, que se viu obrigada a terminar o projeto que o marido não pôde finalizar. Fez parte do elenco de Mistérios de Lisboa, protagonizou a curta-metragem Rafa, de João Salavisa (distinguida com o Urso de Ouro no Festival de Cinema de Berlim), e trabalhou com Marco Martins em Como Desenhar um Círculo Perfeito, realizador e encenador que a desafiou agora a juntar-se a um grupo de ilustres.
Ao lado de Bruno Nogueira, Gonçalo Waddington, Nuno Lopes e Beatriz Batarda, Joana subiu ao palco do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, com a peça Rosencrantz e Guildenstern Estão Mortos, de Tom Stoppard. “Sou a Ofélia, de Shakespeare”, conta à Máxima, frente ao espelho. Entre uma prova de roupa e o início da maquilhagem, confirmou o bom momento mas dispensou qualquer entusiasmo mais arrebatado. A profissão está-lhe no sangue mas a fama nem por isso e talvez por essa razão troque a ênfase por uma naturalidade desarmante. A mesma a que recorre quando fala do seu nome que, diga-se, pouco terá de normal: “Quando nasci, o meu irmão apontou para o mapa e acertou em Verona. Sim, é um nome muito teatral.”
