
Laços de família
O reportório mágico de Elis Regina é revisitado pela voz sempre doce da sua filha. Maria Rita traz a Portugal um espetáculo em forma de homenagem, carregado de recordações.
O álbum só será editado em dezembro, mas é já em junho, nos dias 28 e 29, que Maria Rita sobe aos palcos do Pavilhão Rosa Mota, no Porto, e do Pavilhão Atlântico, em Lisboa, para recordar e homenagear a sua mãe, Elis Regina. Águas de Março, Fascinação ou Madalena são apenas três dos 28 temas que formam o alinhamento do CD e também do espetáculo, ainda mais especial por se tratar da primeira vez que uma artista interpreta toda a obra daquela que é considerada por muitos como a maior cantora brasileira de todos os tempos. Elis Regina começou a cantar na década de 60, cruzando géneros como a Música Popular Brasileira, a Bossa Nova, o Samba ou o Jazz. Morreu em 1982, com apenas 36 anos.
ENTREVISTA
A comemorar os 10 anos de carreira, Darko confessa-se numa fase confortável e plena de realização: “Sempre soube o caminho que queria seguir e orgulho-me da forma convicta com que abracei essa certeza desde os 13 anos. Só posso agradecer o privilégio que é fazer o que amo desde que me lembro de ser gente.” Um novo videoclip, protagonizado por Raquel Prates, assinala o aniversário, mas também uma nova fase, particularmente feliz.
Lançou recentemente uma edição especial de Borderline Personality Disorder. Trata-se de uma segunda vida do disco?
Digamos que agora a vida de um disco é cada vez maior. Desde o momento em que gravamos até à altura em que os temas são entregues às pessoas e entram na vida delas vai um percurso cuja duração não podemos precisar. O tema Para nunca mais (acordar) está há cerca de um ano a rodar nas rádios nacionais, por exemplo, e continua a ser um dos 20 temas mais tocados.
Esta nova edição conta com dois novos temas.
Sim, foram feitos após o lançamento da primeira edição. Felizmente nunca paro de compor e vamos sempre desenvolvendo novas ideias por mero amor à camisola ou porque somos convidados a fazê-lo por pessoas exteriores ao projeto, no âmbito de alguma circunstância especial.
Fale-nos de Darko. É uma personagem com a qual se procurou reinventar e eventualmente demarcar de projetos passados?
A demarcação era necessária embora acredite que aconteça naturalmente. Creio que Darko não é uma personagem mas um reflexo de uma fase mais madura e honesta para com a minha arte. Neste momento, posso assumir a responsabilidade total pelo que crio e naturalmente dar a cara por algo em que acredito. Acredito até que o Zé Manel seja o alter-ego de Darko e nunca o contrário, porque apenas a música me representa de forma tão espontânea.
Until The Morning Comes, tema para o qual fez agora um novo videoclip, conta com a participação de Raquel Prates. Como é que se deu esta colaboração?
Foi através de um convite direto que lhe fiz. Confesso que jamais imaginei que aceitasse com a simplicidade e encanto com que o fez. Descobri um ser humano maravilhoso com quem criei diversas afinidades e penso que esse é o fator que procuramos em todos os que incluímos na nossa equipa, embora nunca o possamos prever. A mesma identificação aconteceu com o André Badalo, o realizador. Foi um encontro muito feliz.
A ideia, mais do que um videoclip, é quase a de fazer uma curta-metragem. O seu trabalho tem sempre um lado autobiográfico?
O meu trabalho só tem um lado e é certamente autobiográfico. Gosto de ser realista para com a minha escrita e só consigo fazê-lo através dos meus amores e desamores.
www.facebook.com/welcometodarkoonline; www.darko.com.pt
Alicia Keys
Girl on fire
Dois Pavilhões Atlânticos esgotados depois, Alicia Keys regressa para repetir a façanha. A 28 de junho, a cantora e compositora nova-iorquina, vencedora de 14 Grammys, vem a Portugal apresentar Girl On Fire, o seu mais recente trabalho, cujo primeiro single permanece no top 10 do iTunes em vários países. Recentemente, Keys deu a cara por Empowered, uma campanha de sensibilização feminina para os perigos do HIV.
Caixa de Sons
1. Random Acess Memories, Daft Punk. Get Lucky já se desenha como um dos grandes êxitos deste verão mas há mais para ouvir no álbum que marca o regresso dos Daft Punk. 2. Love in the Future, John Legend. Produzido por Kanye West e Dave Tozer, este é o quarto álbum de originais do cantor. 3. The Devil Dinossaurs Here, Alice in Chains. Novo trabalho de uma das bandas para sempre associadas ao movimento grunge. 4. Overgrown, James Blake. Dois anos após o lançamento do primeiro álbum, considerado “um acontecimento”, o cantor regressa com um disco carregado de ambientes ambíguos. 5. Raiz, Cuca Roseta. Fado do Contra é o tema de lançamento deste novo trabalho da fadista portuguesa. 6. French Lounge. Nouvelle Vague, St Germain ou Dimitri From Paris são alguns dos nomes representados neste disco que reúne o melhor da nova música lounge francesa.
