Carina Caldeira: “Poder marcar uma cesariana dá-me calma e tranquilidade”
Grávida de cinco meses do seu segundo filho, e mãe de Constança, dois anos, a apresentadora portuense dá o seu testemunho sobre uma escolha no parto decidida à priori: a cesariana.

O parto é um dos momentos e procedimentos mais íntimos na vida de uma mulher e a liberdade de escolha não lhe deve ser negada. Isto para mim sempre foi muito claro. Afinal, trata-se do meu bem-estar, do bem-estar do meu bebé e, acima de tudo, do meu corpo.
É um tema controverso – como, aliás, quase tudo o que à maternidade diz respeito – e também estou consciente que, infelizmente, nem todas as mulheres têm a possibilidade de optar, à partida, por uma uma cesariana. Para mim, essa foi sempre a primeira opção.

Sempre sonhei ser mãe, mas sempre tive muito receio do parto natural, fico muito assustada com a possibilidade de ficar em trabalho de parto durante horas, com a possível dor, e com os procedimentos que poderão ser feitos.
Poder marcar uma cesariana – apesar de também ser um procedimento médico com riscos -, dá-me a calma e a tranquilidade que, na verdade, são o que todas as grávidas e mães precisam.



Foi assim com o parto da Constança, correu tudo muito bem, mas não perdi os meus receios e, assim, decidi fazer igual com o meu segundo filho.
Acho que, no final, o mais importante é confiarmos na equipa médica que nos acompanha num dos momentos mais importantes das nossas vidas e estabelecermos uma relação em que falamos abertamente do que sentimos e do que queremos. E, a meu ver, deve ser dada a possibilidade à mulher, de forma livre e esclarecida, de escolher.
Isto vale para o parto, para a gravidez e para todo o processo de maternidade. Nunca se falou tanto de empatia, mas, na verdade, nunca se ouviram tantas vozes críticas em relação a tudo, como hoje.
Queridas Grávidas, confiem em vocês, pensem em vocês, sejam livres e com muito glitter.
