A idade da razão
A propósito do aniversário da Máxima, a escritora franco-marroquina Leïla Slimani reflete sobre os seus próprios 35 anos, cheios de descobertas e conflitos interiores. Leia o texto completo na edição especial de aniversário da Máxima, já nas bancas.

Trinta e cinco anos. Por altura do aniversário da revista, lembrei-me do meu trigésimo quinto aniversário, em outubro de 2016. Tinha um filho de 6 anos, estava grávida da minha filha e o meu trabalho estava a tornar-se cada vez mais exigente. Tinha acabado de ganhar o Prémio Goncourt e estava prestes a começar uma digressão internacional para promover o meu romance, Canção Doce. Foi sem dúvida com essa idade que senti com mais força que já não era uma rapariga jovem, leve e cheia de ideais, mas uma mulher esmagada pela carga mental. Foi nessa idade que me apercebi de quão difícil era ter uma carreira e cuidar dos meus filhos ao mesmo tempo. E do quanto tivemos de lutar contra a culpa que pesa sobre nós, mulheres, muito mais do que sobre os homens.
Para ler na Máxima 35 anos, nas bancas.

Entrevista A Garota Não. "Acho pavorosa a cultura do cancelamento. E não chamo ativismo a muito do que vejo."
Há muito que a música portuguesa precisava de uma voz assim, que (nos) toca nos botões certos com verdade, profundidade e generosidade desarmantes. Cátia Mazzari Oliveira, A Garota Não, distingue-se porque nos convoca para uma Beleza e uma justiça que julgávamos perdidas algures nos ideais das grandes revoluções. Esta Garota somos todos nós.
Reportagem Violência no namoro. Comportamentos abusivos
Tem boca de lobo, pele de lobo e uivo de lobo? Então é lobo. Pode assumir diferentes roupagens, mas é sempre violência. Para reconhecer os comportamentos abusivos, e as formas de que a violência no namoro se reveste, recorremos à ajuda de Maria Carvalho Ferreira da APAV.
Pedro Adão e Silva: "Estamos muito longe de a presença feminina nas estruturas de poder ser natural"
Entrevistado por Maria Elisa Domingues para a edição especial de aniversário da Máxima, o ministro da Cultura evoca as mulheres da sua família que o marcaram. Para ler na Máxima, já nas bancas.
Quatro casais conhecidos, quatro histórias de amor
Fomos voyeurs, imortalizámos o amor alheio. Depois da pandemia, num mundo assumidamente individualista, que lugar têm as ambições pessoais numa relação amorosa? Gaspar Varela e Inês Pires Tavares, Manuel Luís Goucha e Rui Oliveira, Helena Coelho e Paulo Furtado e Inês Marques Lucas e Raquel Tillo contam-nos as suas histórias. Para ler na Máxima, nas bancas.
Maria Teresa Horta (1937-2025): "Eu sempre fui considerada uma pessoa de mau feitio em todo o lado, dos jornais à família"
Símbolo máximo da poesia erótica, do jornalismo e do feminismo português, pôs-se no meio da arena, em plena ditadura, e deu o peito às balas para que as mulheres tivessem todos os direitos que foram negados às gerações anteriores, e às anteriores. Aos 86 anos, continuava a ser uma inspiração e uma referência de justiça, inteligência e sensibilidade, como de candura, de teimosia e do “mau feitio” dos muito poucos que fazem o mundo avançar. Maria Teresa Horta morreu, deixando um legado inigualável na literatura, no ativismo e na defesa intransigente da liberdade.