“Tive de o fazer por mim.” Gwendoline Christie explica porque nomeou a si própria ao Emmy
A atriz de 'A Guerra dos Tronos' inscreveu-se por conta própria para a premiação e acabou por receber uma nomeação.
Foto: HBO09 de agosto de 2019 às 18:44 Aline Fernandez
Há quem acredita no poder de tomar ações com as suas próprias mãos. Era assim Brienne de Tarth, personagem de Gwendoline Christie na aclamada série A Guerra dos Tronos, e também é assim a própria atriz, de 40 anos. Foi Gwendoline que se candidatou sozinha aos prémios Emmy de 2019, e acabou por receber a nomeação, reveladas em julho deste ano.
As indicações geralmente são apresentadas pelo canal que distribui a série, no caso seria a HBO. "É algo que eu acho difícil de fazer, como todo mundo, mas eu gostaria de estar no comando do meu próprio destino", confessou Christie ao Los Angeles Times esta semana, sobre a atitude corajosa. A atriz disse ainda que pesquisou que não era proibido fazer por conta própria e arriscou. "Tive de o fazer por mim. E tive de o fazer como um testamento à personagem e ao que eu sinto que ela representa", contou à mesma publicação.
Não foi sempre que Gwendoline esteve envolvida com atuação. Aos 18 anos, passou um ano na prestigiada universidade de Artes Central Saint Martins, em Londres, onde conheceu Louise Wilson, professora de design de moda que inspirou ninguém menos que John Galliano, Alexander McQueen e Stella McCartney – e, com era de se esperar, ao estar envolvida neste meio, tem como parceiro, desde 2013, o designer britânico Giles Deacon.
Christie desistiu da moda e passou a frequentar a escola de teatro Drama Centre London, a qual classificou como "muito difícil" em reportagem ao britânico The Times. Ao mesmo jornal, contou que filmou a longa-metragem In Fabric durante os intervalos de A Guerra dos Tronos, contudo confessou que foi Star Wars a maior alegria da sua carreira como atriz, que a levou a um "estado de admiração infantil". Gwendoline fazia a stormtrooper capitã Phasma. Houve quem pensasse que a personagem poderia envergonhar a atriz por mal ver-se seu rosto e corpo – Gwendoline usa um capacete a maior parte do tempo –, mas não para ela. "Para mim, foi sobre uma mulher não ser definida pelo seu corpo ou rosto num filme Star Wars. O conceito foi poderoso, e ressoou, por ela não ser sexualizada pelo ponto de vista patriarcal. Não era sobre o seu corpo ou forma dos seus seios, era apenas sobre ser uma vilã", contou ao The Times, inspirando-nos.