Depois de um mês intenso em transformações na nossa vida, iremos para um lugar que tem tudo para ser de recolhimento, cansaço, exaustão e confusão. Neptuno é este grande oceano de onde a vida emerge e Marte é o ato de nascer, o impulso original, que sai da totalidade para o singular. Quando os dois estão em conjunção nos céus, há indícios de falta de direção e de tudo ser demasiado. A realidade, os sentimentos, surgem como sendo muito intensos e difíceis de enfrentar. Muitos representam momentos de profunda emoção, comoção e compaixão, notando-se também uma maior tendência para sentimentos como a desilusão. Nas relações, achamos que os nossos gestos e impulsos são entendidos exatamente como os sentimos, para depois percebermos que muitas vezes, apesar da boa intenção, a reação dos outros se revela desproporcional.
No seu lado mais nefasto, esta mudança nos céus tem tudo para trazer ações escondidas ou desonestas. Muitas vezes opta-se por comportamentos agressivos, preferindo ir suportando algo sem reagir e depois acabar por responder de forma indireta e pouco clara. Pode também acordar o nosso lado mártir, e estar em situações em que nos tornamos vítimas de pessoas ou circunstâncias.
No seu lado mais positivo, acorda a espiritualidade e a capacidade de nos inspirarmos para uma ação forte no mundo, motivada pela nossa fé ou pela nossa inspiração artística. Se nos alinharmos com a nossa essência podemos tornar claro o que nestes últimos dois anos não fizemos e queríamos ter feito ou aonde a nossa ação ficou aquém do que gostaríamos. Quando Marte entrar em Carneiro, a 30 de abril, iniciaremos um novo ciclo, nasceremos de novo, assumindo a nossa identidade e corrigindo o que ficou por fazer. É por isso uma boa altura para olhar de novo para aquele plano de Ano Novo e fazer-lhe umas adendas.