Em maio a ARCOlisboa regressa à cordoaria nacional e pelo Reino Unido celebram-se 200 anos do nascimento da rainha Victoria. Há ainda oportunidade para celebrar a pintura abstrata e a Lua como musa inspiradora. Veja as nossas sugestões.
06 de maio de 2019 às 07:00 Carolina Carvalho
A arte vai à feira
A ARCOlisboa regressa à Cordoaria Nacional para a sua 4.ª edição, entre os dias 16 e 19 de maio. A Feira Internacional de Arte Contemporânea vai contar com uma secção principal, em que uma seleção de galerias reflete a aposta na arte portuguesa e as suas ligações internacionais, uma secção Opening, dedicada a galerias inauguradas há menos de sete anos, um espaço para projetos artísticos e ainda uma área dedicada à edição de livros de artista. Esta edição recebe mais de 60 expositores, apresenta conferências e debates e traz ainda, como novidade, o projeto África em Foco, que se traduz numa seleção de galerias dedicadas à produção artística de África. Entre os dias 16 e 19 a entrada geral é de €15, com entradas de €5 para estudantes entre os dias 17 e 19.
Em maio cumprem-se os 200 anos do nascimento da rainha Victoria de Inglaterra (1819-1901) e a data motiva uma série de celebrações.
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O Victoria & Albert Museum (batizado com o nome da própria rainha e do seu príncipe consorte, que também nasceu em 1819, a 26 de agosto) reserva uma série de eventos para diferentes públicos, sendo a primeira instituição a abrir as celebrações do bicentenário. Inicialmente conhecido como o Museu de South Kensington, foi inaugurado pelo casal real em 1857 e passou a ter a sua atual designação em 1899. Em destaque está a exibição de uma pequena coroa em diamantes e safiras desenhada pelo próprio príncipe para a rainha e adquirida pelo museu em 2017. A 13 de maio inaugura a exposição Victoria and Albert’s Museum: A Bicentennial Display, estando já em exibição Prince Albert: Science & The Arts.
No Palácio de Kensington, local onde a rainha nasceu, abrem a 24 de maio (o dia do nascimento da rainha) as exposições Victoria: A Royal Childhood, que convida a uma visita pelas salas do palácio onde a rainha passou a infância com a mãe, e Victoria: Woman and Crown, focada no lado privado da rainha, bem como no seu legado e últimos anos de reinado.
No Palácio de Buckingham, a exposição Queen Victoria’s Palace (de 20 de julho a 29 de setembro) conta como este espaço passou de uma residência privada a residência real de trabalho, uma vez que foi esta monarca a primeira a viver e governar a partir deste palácio.
O Homem pisou a Lua, pela primeira vez, a 20 de julho de 1969. O Grand Palais, em Paris, abre a 3 de abril a exposição Moon, que celebra este momento da História da Humanidade e convida os visitantes a embarcar numa (quase) expedição à Lua. Dividida em cinco partes, esta mostra é como uma viagem no tempo que reúne uma seleção de obras de Arte, desde a Antiguidade até à atualidade, originárias de diferentes partes do mundo, e objetos, como uma réplica de um telescópio de Galileu. No ano em que se comemoram os 50 anos do momento protagonizado por Neil Armstrong e Buzz Aldrin, o fascínio pela Lua celebra-se e renova-se, neste caso até 22 julho.
Em Nova Iorque, a pintura é protagonista. Epic Abstraction: Pollock abriu em dezembro de 2018 no Museu Metropolitano e ainda não tem data de fecho. Mais de 50 obras de arte (da pintura à escultura) que contam seis décadas de história da arte abstrata (de 1940 até à atualidade) através de um diálogo entre obras de colossos americanos (como o próprio Pollock) e obras de artistas de outras origens, como a Hungria ou o Japão. No Whitney Museum celebra-se a cor. As décadas de 1960 e de 1970 foram de experimentação na arte e, na pintura, o uso da cor foi explorado em estilos e mensagens. Em Spilling Over: Painting Color in the 1960’s (a partir de 29 de março) destaca-se o seu poder enquanto problema formal e enquanto statement político.