Sexo: Tudo o que precisa saber (e começar a fazer) já!

Manual de instruções para quem quer ser uma bomba sexual. Sim, é possível, independentemente da idade e do estado civil. 

Brad Pitt e Angelina Jolie em Mr. e Mrs Smith (2005) Foto: Imdb
30 de dezembro de 2019 às 07:00 Carla Macedo

Eu sou boa na cama. Repita comigo: eu sou boa na cama. Repita até à exaustão ou, pelo menos, até acreditar mesmo naquilo que está a dizer. Ao fazer isto contribui para um bom desempenho sexual através de dois processos psicológicos. “Repetir muitas vezes uma palavra, uma ideia, uma fórmula, é transformá-la fatalmente numa crença.” A frase é de Gustave Le Bon, psicólogo social do início do século XX que aplicava a ideia original da repetição como mecanismo que facilita a memorização à organização das sociedades. Mas podemos perfeitamente aplicá-la às relações íntimas. Repare no que está escrito: “Repetir uma ideia (…) é transformá-la numa crença.” Quando acreditar mesmo no que diz vai sentir mais autoconfiança e vai acontecer-lhe o que já vários estudos comprovaram: vai aumentar o desempenho e a frequência das relações sexuais.

“Mas eu não sou boa na cama”, estão algumas leitoras a pensar. Pense bem em quem lhe disse isso. Que credenciais tinha? Em que contexto foi dito? Se alguém teve a deselegância de lhe dizer isto a frio é porque provavelmente também não era grande espingarda. Para o sexo ser bom contam os que estão envolvidos no momento. Como dizem os brasileiros, “quando um não quer dois não dançam” e se o quer dançar mesmo bem, vai acabar por ensinar o outro, não lhe parece?

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Acreditar que se é capaz é o primeiro passo para se conseguir chegar ao objetivo. Não é à toa que os desportistas de alta competição conjugam constantemente o verbo acreditar. Até nas bancadas dos estádios de futebol se grita “Acredita” quando o ponta de lança prepara o remate à baliza. Mas os futebolistas treinam muito para marcar golos. Também cada mulher, se quer ser boa na cama, tem de treinar.

Primeiro passo? O autoerotismo

Esqueça a masturbação se o que entende por esta palavra é aquela coisa primitiva do alívio das necessidades fisiológicas. A mera resposta a uma pulsão não faz de ninguém uma estrela nos lençóis. Quem já assistiu a uma ejaculação precoce como público de proximidade (é mesmo assim que uma pessoa se sente) sabe que não foi bom, nem para ele, nem para ninguém, verdade?

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Autoerotismo é, na definição básica, o termo psicanalítico que define o prazer sexual sem estímulo externo. Portanto, procure em si razões para o desejo, olhe para si com olhos de ver, espreite-se debaixo dos lençóis e no duche, simule movimentos, mesmo sem se tocar. Depois investigue o prazer, descubra os seus pontos sensíveis e preste sempre muita atenção. Faça amor consigo própria, como gostaria de fazer com o seu par, seja muito lenta, vá muito depressa, experimente. Retenha toda a informação possível, até chegar ao orgasmo, optando por fazer tudo isto ao espelho. Os ensinamentos que recolher vão ser-lhe úteis em breve.

A má condição física é muitas vezes a desculpa que as mulheres encontram para não serem mais desenvoltas na cama. Os consultórios online sobre sexualidade são constantemente bombardeados com perguntas sobre peito descaído, barriga flácida, celulite, lábios finos e a seguir a sentença “e é por isso que não me sinto à vontade na cama.” E é aqui que entra a informação do autoerotismo ao espelho.

Por que não eleger as partes preferidas do seu corpo, aquelas de que gosta mesmo, e valorizá-las? Ao espelho experimente posturas sexuais e repare quais as que a favorecem mais – se tiver o peito flácido provavelmente não se deve pôr de gatas, se tiver demasiada barriga use um corpete ou um bustier para não se envergonhar. E não diga a ninguém que não tira a lingerie porque não gosta do seu corpo. Diga que o estilo burlesco está na moda ou que o bondage está relacionado com melhores padrões de saúde mental do que o sexo sem sal, segundo um estudo publicado recentemente no site LiveScience. Ok. Isto é capaz de ser conversa a mais, até porque se já estão na parte em que se despem, a oxitocina, a hormona do amor, agradece que não se apele ao lado racional, nem ao seu, nem ao do parceiro.

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O corpo é assim tão importante? 

Nada melhor do que fazer trabalho de campo para chegar a uma conclusão. No caso, o trabalho inclui pagar uns copos a quatro amigos especialistas em mulheres. Casados, solteiros e divorciados, esta amostra tem de tudo, e estes homens são amigos desde a infância, têm entre 34 e 43 anos, bom ar e vidas bem vividas. Numa cervejaria lisboeta, ambiente propício às confidências masculinas, encontrámo-nos ao final da tarde (na verdade, eu colei-me ao encontro regular que mantêm) e conversámos sobre sexo.

Quebrado o gelo, faço a pergunta: “O que é uma mulher boa na cama?” Entre risadas, oiço as típicas “mamas grandes” e “grande rabo”. Mas a conversa vai-se tornado mais séria à medida que a palhaçada esmorece (porque é que os homens parecem sempre rapazes quando falamos de sexo?) e o Nuno conta finalmente: “A melhor noite de sexo que tive foi com uma rapariga que não tinha nenhuma dessas qualidades. Eu estava de férias em Andorra e no bar havia montes de miúdas que eram uma estampa. Ela meteu conversa comigo, supersimpática, falámos horas. Depois fomos para o hotel, por sorte estávamos no mesmo hotel e, à entrada, ela disse-me que gostava de passar a noite no meu quarto. Não te vou dar detalhes, mas foi a melhor noite de sexo da minha vida.” Como é que ela era, Nuno? “Era gordinha. Era pequena e redonda e era uma bomba na cama!”

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A pergunta que se impõe é se uma bomba na cama faz acrobacias? Oiço quatro nãos de seguida. “Esta rapariga de Andorra era ágil, estava na maior, tinha o controlo, sabia o que queria”, explica-me o Nuno, “mas não era grande ginasta.” Outro dos amigos, o Luís, completa a frase: “As melhores são as confiantes, as que estão onde querem estar e fazem questão de mostrar que estão a gostar.” Isso pressupõe uuuus e oh oh ohs a toda a hora? “Às vezes uma respiração mais funda basta”, diz o João. “Eu tive uma namorada que tinha tremores com o prazer.” Uau! Ficamos todos a olhar para o Zeca surpreendidos. Como é que isso se consegue? “Não sei, mas que ela tremia, tremia.”

Há ou não há coisas que resultam sempre? Pergunto eu a pensar no sexo oral. “Sim, em princípio todos os homens gostam de um bom felatio. Mas, lá está, a miúda tem de fazer com vontade, senão não resulta. É como tudo”, diz-me o Luís. “Não há pior do que ter uma múmia na cama, uma daquelas mulheres paradas, a olhar para o teto à espera que eu acabe. Isso tira a pica toda.” Resumindo: não é importante fazer um mortal empranchado à retaguarda para excitar um homem nem o corpo é assim tão importante para iniciar um interesse sexual. Mas então e o estímulo visual? Não é por isso que os homens querem sempre a luz ligada, Nuno? “Nós gostamos de ver a ação, isso estimula muito, e a atriz até pode ter defeitos que, na hora H, não é importante. Vocês ligam muito mais ao vosso corpo do que nós.”

Anatomia do beijo

Em 1964, Betty Everett não queria cantar a nova música proposta pelo seu manager, It’s in his kiss. Era demasiado teenager, simples, básica... Acabou por gravá-la e a verdade é que foi mais um sucesso a juntar à lista de hits da cantora. Em 1990, a Shoop Shoop Song, como ficou para a história, voltava a atingir o top das billboards mundiais, desta vez numa interpretação de Cher. Ao contrário do que pensou Betty Everett, a canção é muito mais séria do que parece. O que diz? “Se quer saber se ele a ama mesmo tem de beijá-lo.” Porquê? Porque os sinais corporais que um homem envia (elenca a canção: olhar, abraçar, comportar-se) podem ser encenados, mas um beijo não, num beijo sente-se mesmo a vontade que o outro tem de nós.

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Sheril Kirshenbaum publicou, em 2011, o livro The Science of Kissing: What Our Lips Are Telling Us (A Ciência do Beijo: o que os nossos lábios nos dizem, ainda sem versão portuguesa), uma obra genial de divulgação científica, que explora o ato de beijar sob diferentes perspetivas. Contribuem para o livro conhecimentos de antropologia, biologia animal, história, endocrinologia, neurologia – há mesmo uma parte fascinante sobre a atividade cerebral que ocorre enquanto beijamos. Da leitura do livro ficamos a saber que o beijo é instintivo, tanto que há outros animais que se beijam, como os chimpanzés. Que a química é muito importante para o beijo mas que os melhores beijos vêm com o tempo, na verdade, com o treino a pares. Que o beijo despoleta a componente química do desejo de forma muito superior à da atração imediata. Que os lábios ocupam uma área enorme no cérebro, quando comparando com as restantes partes do corpo, o que significa que podem proporcionar muito mais prazer do que as outras áreas erógenas.

Ok. Torna-se evidente que o beijo é a melhor forma de chegar à excitação sexual incontrolável. Mas que beijo? Kirshenbaum diz que o simples roçar dos lábios pode ser tão bom como algumas experiências “abaixo da cintura”. Mas será que se consegue chegar a um pico de excitação semelhante ao da genitália com um roçar de lábios? Para a maioria das mulheres os beijos com demasiada língua são desagradáveis, mas ao fazê-lo os homens estão a depositar, através da saliva, a testosterona que aumenta a libido feminina. Se o homem está interessado em levantar a libido da mulher é porque, provavelmente, quer estar com ela mais vezes. Aproveite a oportunidade e doseie. Se sente que a língua dele é um ser alienígena na sua boca diga-lhe com jeitinho como quer ser beijada ou, ainda melhor, exemplifique.

Primeira regra do bom beijo: abra a boca! Mesmo que não lhe passe pela cabeça um beijo com língua (e não sabe o que perde), se descontrair os lábios e deixar que os do seu parceiro se encaixem nos seus vai experimentar sensações formidáveis. Se permitir que os lábios se adaptem uns aos outros, se se mover lentamente, vai descobrir que na parte interna dos lábios as sensações ainda são mais intensas. Respire fundo. Preparada? Chupe ligeiramente os lábios do seu companheiro. Eu sei que não gosta da língua dele na sua boca, mas experimente passar a sua, ao de leve, pelos lábios dele enquanto estão moldados uns aos outros. Vai ver que não é só você que se excita com um beijo destes.

Grande parte das técnicas do beijo está relacionada com a experimentação, com a vontade de descobrir novas zonas de prazer e, portanto, com a confiança. A exploração do beijo na boca dá normalmente azo à exploração pelo beijo das outras partes do corpo. Não há fórmulas infalíveis nem que durem para sempre, é preciso investir (mesmo no sentido mais etimológico) para receber os louros que no caso se chamam prazer, mas um bom beijo na boca é garantidamente uma atividade que aumenta exponencialmente o desejo. E o desejo é a peça-chave para ser-se boa na cama, seja na cama do marido, seja na cama do rapaz que acabámos de engatar no bar.

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SE É CASADA...

Em algumas zonas de Espanha, durante o primeiro ano de casamento, as mulheres colocam um feijão seco num pote por cada ato sexual. No final desse ano, deixam de juntar feijões e passam a retirá-los do pote cada vez que o marido as procura. A tradição diz que no fim de uma vida em comum ainda haverá feijões no pote, ou seja, avisa as mulheres que no primeiro ano de casamento terão uma vida sexual muito ocupada mas que toda essa animação há de esmorecer pouco depois.

Quem vive uma relação estável há anos sabe que nuestros hermanos têm razão. É comum ouvir mulheres e homens lembrarem-se com saudades dos tempos em que, começando a viver juntos, não se descolavam um do outro. Depois chegam os filhos e a verdade é que as crianças são mesmo uma barreira à melhor performance sexual dos pais. Casas pequenas e mal construídas e hábitos familiares que não privilegiam a privacidade dos pais fazem-nos ter medo de respirar demasiado alto, de nos fecharmos no quarto durante a manhã e de fazer cabriolas na casa de banho não vá o miúdo entrar por ali dentro, apesar de termos posto o filme de animação de que ele mais gosta. Há até quem depois de ter sido apanhado pelos filhos seja incapaz de tocar no parceiro na presença dos pequenos. O próprio namorar, o próprio curtir com o marido no sofá pode tornar-se esquisito. Não dá para dar beijos daqueles com espectadores infantis.

A fisiologia da maternidade também faz com que mulheres com grande autoconfiança na cama a vejam reduzida. Na maioria das vezes demora muito tempo até regressar ao volume antigo. A boa notícia é que para os pais o nosso corpo pós-parto é motivo de adoração, sobretudo a seguir ao nascimento do primeiro filho. Foi este corpo que lhes deu descendência, que os faz desejar-nos mais e mais. É fisiologia também. Por isso, se não anda a cair de sono e conseguiu tomar banho hoje, faça sexo com o seu marido! A probabilidade de ele a querer agradar ainda mais é enorme.

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Os casais fazem mesmo sexo? Um estudo feito pelo Ministério da Saúde do Brasil, em 2003, revelou que o número de relações sexuais por semana de solteiros e de casados é muito semelhante. Segundo a pesquisa, 33% dos comprometidos pratica sexo entre uma e três vezes por semana contra 37,7% dos solteiros. Acha que é porque os brasileiros são um povo quente?

Por cá, estatísticas destas não estão disponíveis mas a Sociedade Portuguesa de Andrologia publicou recentemente um estudo animador. O Inquérito Global sobre Disfunção Erétil revela que estamos num dos melhores países do mundo para ter muitas relações sexuais. O estudo refere que 68% dos portugueses fazem sexo pelo menos duas vezes por semana e 23% fazem três vezes por semana, a percentagem mais elevada no estudo internacional! Afinal, há razões para sentir orgulho nacional. O estudo menciona ainda que o dia preferido para o sexo é o sábado e que no verão o número de relações sexuais aumenta ainda mais.

Sexo: Mais e melhor, já Há muito a fazer para aumentar a qualidade e a quantidade das relações. Realizar as fantasias de ambos, jogar jogos sexuais do género “hoje faço tudo o que tu quiseres e amanhã trocamos”, mostrar-lhe o seu desejo em situações inusitadas, roçar-se nele por acidente, tocar-lhe, falar do início picante da vossa relação pode fazer mais pelo sexo do casal do que os filmes eróticos a ver a dois ou os encontros de swing. Dance em casa e aproveite as novas tecnologias para lhe enviar mensagens (com imagens!) bem sugestivas. Porque é que não usa o Skype para simular uma linha erótica?

Ninguém se separa por causa do sexo O jornal The Sunday Telegraph realizou um inquérito via Internet sobre a importância do sexo no casamento e depois de 1800 entrevistas apurou que, para os britânicos, o sexo vem em quinto lugar na lista de coisas importantes para ter um bom casamento. Mas se o sexo nos faz sentir bem, se melhora tantas das nossas funções vitais e os nossos mecanismos psicológicos, como é que o podemos deixar para um plano tão reduzido? Enfim, nós somos portugueses, estamos no pódio dos povos que praticam mais sexo. Que tal contribuir agora para o ranking do povo que pratica o melhor sexo do mundo?

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SE É SOLTEIRA...

De volta ao mercado amoroso ou ainda à espera do primeiro relacionamento sério? Embora as semelhanças entre o estado civil divorciado e solteiro pareçam muitas no papel, no coração e no corpo as diferenças são gigantescas. As estatísticas até jogam a favor dos separados – o estudo do The Sunday Telegraph revela que 68% dos divorciados britânicos tem relações íntimas mais de seis vezes por mês ganhando aos solteiros por uma diferença de 30 pontos percentuais e ganhando também aos casados.

O que são números comparando com os casos reais? Nicole Kidman dava em 2001 uma entrevista a Oprah para promover o filme Moulin Rouge, quando a apresentadora americana lançou as perguntas sobre a vida pessoal e o recente divórcio de Tom Cruise. A linguagem corporal da atriz modificou-se. Notoriamente nervosa, explicou: “Penso que o divórcio custa muito a toda a gente. É um pesadelo.” Nesse ano ainda, falava à Marie Claire inglesa para dizer: “Não sei se vou outra vez encontrar o amor.” Era de partir o coração e era, ao mesmo tempo, assustador ver uma mulher tão bonita e talentosa a passar por tudo aquilo. Se pode acontecer à cara da Chanel, pode acontecer a qualquer uma de nós… E, no entanto, veja como está Kidman agora: casada com o cantor Keith Urban (mais novo que Tom Cruise, by the way) que se derrete por ela em todas as aparições públicas e está linda de morrer aos 46 anos – é só espreitar a última campanha publicitária da Jimmy Choo.

Não é que todas queiramos voltar à vida de comprometida mas, durante a tristeza provocada pela separação, o sexo pode funcionar como paliativo. Lembra-se quando dissemos que sentir mais autoconfiança aumenta o desempenho sexual? O contrário também acontece, ou seja, fazer sexo desenvolve a autoestima e há uma explicação química para isto – é mais uma vez a oxitocina, a hormona do amor. Aliás, o metabolismo do corpo é sábio, já que a maioria das mulheres emagrece com a tristeza do divórcio, fica mais atraente, ganha autoestima e percebe pelos olhares dos homens que ainda está em forma.

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Nada como uma viagem ao Brasil ou a Cabo Verde para ultrapassar estes dilemas. Eis dois destinos (é capaz de haver mais) onde não há mulheres feias. Por mais matrafonas que nos possamos sentir, chegamos lá e passamos a ser umas deusas, todos os homens nos querem, é só escolher. Encare estes homens musculados e bem-dispostos como personal trainers do sexo, que lhe reensinarão o seu corpo, os pontos sensíveis, as posturas há tanto tempo esquecidas. Já não se lembrava da elasticidade que tem, pois não? Se não tem dinheiro para viajar, vá ao B-leza ou a outra discoteca onde se dance cheeck-to-cheeck e aposte em encontrar um par que lhe ensine o funaná por uma noite.

Sair com homens ou com rapazes? Escolha a segunda opção porque há muito mais oferta! Se a tendência das mulheres jovens é gostar de homens maduros, os rapazes andam a sair finalmente da casca para gostar de mulheres mais velhas. Sim, há inúmeras referências cinematográficas ao tema, mas quando Demi Moore começou a ser vista com Ashton Kutcher houve muito sururu em torno dos 15 anos de diferença. É preciso dedicar longas horas ao corpo e ao sexo, sozinha e bem acompanhada, e convém também ter um bom começo, um começo que não passa apenas pelo dia e a hora em que se perdeu a virgindade.

Linguagem corporal do homem interessado em si

1. Inclina o tronco para se aproximar o mais possível. Está a ver aquele colega do escritório que sempre que vão almoçar se dobra sobre a mesa para falar consigo?

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2. Não perde uma oportunidade para lhe tocar. Sabe aquele amigo do seu primo que lhe toca nas mãos, nos braços ou na cara, sempre que estão todos juntos?

3. Fica nervoso e corado. Já reparou que o vizinho do 4.º andar se atrapalha com as compras, fica vermelho e, ainda assim, lhe cede a passagem para o elevador?

4. Distrai-se a olhar para si. Há um rapaz no concerto que repara em si o tempo suficiente para se sentir observada e quando nota que o vê sorri?

E AINDA...

Sexo, casamento e férias

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Que tal tomar partido de estar rodeada de gente para organizar um programinha a dois? Escolha a sua estratégia:

  1. Se está num hotel, leve os miúdos para o kids club e faça uma massagem a dois seguida de um regresso ao quarto com os corpos bem hidratados.
  2. Se está num apartamento, contrate uma baby sitter e fuja para um quarto de hotel.
  3. Se alugou uma villa, faça turnos com os amigos para poder sair à noite com o seu mais que tudo e vá até à praia que a areia não pica.
  4. Se foi visitar os pais à aldeia, peça-lhes que se encarreguem das crianças durante umas horas porque estão mesmo a precisar de dormir. Passe a manhã aos beijos, abraços, carícias, amassos, em câmara lenta.

Karezza, sexo sem penetração

Um uma prática que evita a penetração e o orgasmo, trocando-os por uma investigação do corpo centímetro por centímetro. A ideia é prolongar o desejo e aumentar a excitação do casal tirando das sensações pré-orgásmicas o máximo partido. Os praticantes da Karezza dizem que estas sessões de sexo sem o habitual clímax aumentam a ligação emocional entre o casal e potenciam relações sexuais mais intensas por mais tempo.

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Livros que aumentam o desejo

Bondage, de Nobuyoshi Araki, sobre a prática erótica de atar gueixas com cordas. 3 volumes com encadernação japonesa, em caixa de madeira. Taschen, €750

Manual de Instruções para sobreviver aos 40 e continuar sexy, de Rita Barata Silvério, mais conhecida como Rititi na blogosfera. Cego, surdo e mudo, €4,90

Como Pensar Mais Sobre Sexo, de Alain de Botton, o filósofo para as questões do quotidiano. The School of life, €14,90

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In Sexus Veritas, de Pedro Chagas Freitas, um romance em dois volumes onde as personagens se definem pelo sexo que fazem. Chiado Editora, €28

O que os homens querem

Os psicoterapeutas Nuno Mendes Duarte e Luís Gonçalves, da Oficina de Psicologia, explicam-nos o que pensam os homens:

Na perspetiva masculina, o que é uma bomba sexual?

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Existem diversos tipos de mulheres que podem atrair a atenção masculina mas, fundamentalmente, qualquer mulher, se desenvolver uma atitude congruente com as suas necessidades e desejos. Os homens sentir-se-ão mais excitados pela desinibição e cumplicidade na intimidade.

A beleza feminina entra nas contas da atração sexual?

Um homem poderá sentir-se profundamente atraído por fatores menos óbvios como sentido de humor, autoconfiança, sensualidade projetada e capacidade de ir ao encontro do desejo masculino.

Três coisas de cama com que todos os homens sonham e se quando se concretizam resultam mesmo…

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Uma das coisas importantes na exploração das fantasias masculinas é a compreensão de que elas nunca poderão ser limitadas a um espaço físico ou psicológico único. Não se definem por práticas categorizáveis porque, na realidade, é essa mesma categorização e antecipação de cenários pré-construídos que impede a espontaneidade, capacidade de gratificação que decorre do momento da concretização da fantasia.

No plano sexual, o que é que os homens querem mesmo?

Para existir uma componente rica de sexualidade, o que os homens querem mesmo é prazer e para isso é preciso muito mais do que um plano meramente sexual. Sendo igualmente válido todo este raciocínio para as mulheres. Sem fantasia, sem atração, sem desejo, podemos ter sexo. Mas nunca sexualidade. Os homens querem o mesmo que as mulheres: uma sexualidade satisfatória e plena.

www.oficinadepsicologia.com

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