Na mais recente edição da primeira Gala Michelin dedicada a Portugal, que aconteceu esta terça-feira, 27 de fevereiro, em Albufeira, a jovem chef portuguesa Rita Magro foi a única mulher que se destacou entre os talentosos colegas homens da gastronomia nacional. A chef de 27 anos foi distinguida com o prémio Jovem Chef, em reconhecimento ao seu excepcional talento e habilidades culinárias no Blind, restaurante do Torel Porto. No entanto é de notar que enquanto a culinária portuguesa floresce e a gastronomia do país continua a atrair atenção internacional, a escassez de mulheres chefs reconhecidas revela desafios persistentes de igualdade de género na indústria culinária em Portugal. Pelo menos do ponto de vista do Guia Michelin.
Quem é, então, Rita Magro? Com um breve percurso, a chef formou-se em Gestão e Produção de Cozinha na Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, tendo passado pelos restaurantes Euskalduna Studio by Vasco Coelho Santos, Ocean, do Vila Vita Parc Resort e Spa, pelo Salpoente, em Aveiro, e o Antiqvvm no Porto (que acaba de ser reconhecido com uma estrela), antes de se juntar à equipa do Blind, com Vitor Matos. Teve ainda uma experiência no Hilton Porto Gaia em 2021, antes de se juntar novamente ao Blind, onde é subchef. O restaurante, situado no coração do Porto, inspira-se na famosa obra de José Saramago "Ensaio Sobre a Cegueira", e por isso este espaço gira à volta de três conceitos: sentir, tocar e provocar.
Entre os prestigiosos restaurantes e talentosos chefs reconhecidos pelo guia Michelin, a presença feminina ainda é uma minoria. Para que a indústria gastronômica portuguesa floresça verdadeiramente, é crucial criar um ambiente que valorize e promova a diversidade em todas as suas formas. Entre as mais conhecidas chefs portuguesas está Ana Moura, Marlene Vieira ou Justa Nobre.