Check-in Música: Setembro

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Check-in Música: Setembro
11 de setembro de 2014 às 06:00 Máxima

TIAGO BETTENCOURT EM DISCURSO DIRETO

No âmbito de mais uma iniciativa dos Grandes Concertos de Verão, Tiago Bettencourt vai marcar presença a 4 de setembro no espaço Lounge D do Casino Estoril, onde apresentará o mais recente álbum, Do Princípio.

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Ouvindo o novo trabalho, é fácil reconhecer a sua sonoridade. No entanto, chamou-lhe Do Princípio. Trata-se, de algum modo, de um começar de novo?

Do Princípio é uma expressão de renovação no sentido em que nos faz respirar fundo e olhar, de novo, para a frente. Para mim, pode ter a ver com o facto de ser o primeiro álbum de originais depois de uma paragem de quatro anos com um best of pelo meio chamado Acústico. Para o ouvinte, é um apelo para que ouçam este álbum com serenidade e atenção.

 

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Conta com as colaborações de Mário Laginha, Jaques Morelenbaum ou Kid Gomez. Como é que chegou até estes nomes e o que trazem eles ao disco?

Gosto muito de trabalhar com outros artistas. O Mário Laginha foi uma escolha óbvia quando estávamos a ensaiar a canção Sol de Março e eu percebi que precisava de um piano com muita personalidade que me levasse a música até ao fim. O Jaques Morelenbaum já foi em estúdio e o meu agente, João Pedro Ruela, propôs falar com ele para orquestrar a música Do Princípio. O tema foi para o Brasil e voltou incrivelmente bem orquestrado. O Fred Ferreira é meu amigo há muitos anos e já trabalhámos muitas vezes juntos. Ele ainda não tinha participado num álbum meu e por isso usei-o como magnífico baterista rock que ele é. O Kid Gomez é o novo elemento da banda e ajudou muito na parte mais eletrónica deste álbum. 

 

O tema Aquilo que eu não fiz já rodou muito nas rádios e indicia uma conotação crítica, mais política. Os músicos têm de assumir esse papel?

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Acho que não. Um artista não “tem” de fazer nada, a não ser que tenha um plano pré-definido para “ser qualquer coisa”. Eu escrevo sobre Portugal como escrevo sobre amor ou sobre o mundo. É-me natural escrever sobre aquilo que me inquieta e cada vez me inquieta mais a falta de amor que sinto pelo meu país. Não falo de políticos ou partidos. Acho que, se não tivermos memória curta, todos sabemos quem são os responsáveis por esta aventura, e para mim essas responsabilidades não caem sobre partidos mas sobre pessoas: pessoas desonestas, pessoas sem caráter, pessoas que não amaram o seu próprio país. É disso que falam as minhas músicas mais interventivas.

 

O que podemos esperar do espetáculo no Casino do Estoril?

Gosto muito de voltar ao Casino Estoril. Fui lá a muitos concertos de verão durante a minha adolescência e fico muito feliz por hoje ser também eu a pisar aquele palco. No concerto, vamos tocar algumas músicas deste novo álbum, mas sem descuidar obviamente algumas das músicas mais marcantes da minha carreira.

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Como é a sua playlist atual?

O último álbum do Beck – Morning Phase – foi muito importante durante a gravação deste trabalho. Ontem vim a ouvir os Future Islands numa viagem. Tento sempre estar atento a novas bandas e artistas que me interessem e me inspirem. No entanto, volto sempre aos artistas como Bob Dylan, Tom Waits, David Bowie, Amália Rodrigues e Camané, entre muitos outros.

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2 de 6 / Típicos das sociedades mestiças dos trópicos e do hemisfério sul, são eles os grandes responsáveis pelo backgroud musical de Karyna Gomes ? e é a própria a dizê-lo. O orgulho nas raízes é evidente, ou não fossem as suas composições influenciadas pelas origens e vivência em três continentes ? África, América e Europa. Nascida na Guiné-Bissau, cresceu a ouvir música tradicional, música urbana local e ritmos de todo o mundo. O receituário perfeito para transformar Karyna numa das mais talentosas artistas guineenses da atualidade. A cantora foi uma das integrantes do grupo Super Mama Djombo e já partilhou o palco com artistas como Tito Paris, Bonga e Boss AC, entre outros. Em breve lança o seu primeiro disco a solo e o título não podia ser mais simbólico ? Mindjer, que significa mulher em crioulo, pretende homenagear as mulheres de todo o mundo pela sua força, determinação e coragem. Amor Livre é o single de avanço do álbum, escolhido para chamar a atenção dos que não valorizam os sentimentos alheios.
3 de 6 / Depois do sucesso do ano passado, o Festival Caixa Alfama volta a homenagear o Fado, regressando para a sua segunda edição. O evento, organizado pela Caixa Geral de Depósitos e pela Música no Coração, decorrerá durante as noites de 19 e 20 de setembro em 10 espaços distintos. O objetivo não mudou ? chegar a todos os públicos, desde os fãs incondicionais e profundos conhecedores de Fado aos que estão a descobrir agora esta arte maior, bem como dar vida às ruas, miradouros e outros lugares emblemáticos do Bairro de Alfama. Tudo isto com a prestação de 40 dos melhores e mais reconhecidos fadistas do nosso país, tais como Carminho, Cuca Roseta, Gisela João ou Katia Guerreiro. Saiba mais em www.caixaalfama.pt.
4 de 6 / Reúne as únicas gravações conhecidas do chamado ?terceiro grande quinteto? de Davis em vários concertos pela Europa, como no Festival Mundial de Jazz de Antibes, em França, no Folkets Hus, em Estocolmo, ou na Filarmónica de Berlim.
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5 de 6 / Depois de quatro anos de silêncio, a banda (que se encontra numa digressão pela América do Norte) regressa com o seu 13.º álbum. São 11 novos temas que nos trazem a sonoridade do rock clássico dos anos 60.
6 de 6 / Desperado, dos Eagles, Sorry Seems to be the Hardest Word, de Elton John, ou California Dreamin, dos The Mamas & The Papas, são algumas das canções que Krall recria neste novo disco com especial enfoque nas décadas de 60, 70 e 80, que sempre a inspiraram.
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