A cozinha da Felicidade

O mundo todo na cozinha portuguesa

26 de março de 2016 às 07:00 Máxima

"A minha cozinha é o resultado da universalidade portuguesa simbolicamente representada no mar, elemento primordial da memória construtora dos meus afectos, sentimentos e emoções, " confessa a Chef Felicidade.

"Foi lá, junto ao mar, na Arrifana, que o mundo todo se sentou comigo à mesa, para juntos, vermos a minha avó cozinhar, partilhando gestos, movimentos de alma, cheiros e sabores, com que eu, hoje, sacralizo a eternidade do rito, repetindo, diariamente, as cores e os sabores da cozinha da minha avó, num tempo, agora, em que Lisboa é a cidade cais, e Portugal, uma imensa plataforma multicultural.

PUB

A minha cozinha é o resultado da universalidade portuguesa como é a Literatura ou a Música contemporâneas por onde viajo, e a viagem é esta revisitação com que procuro o mundo inteiro em nós, para depois compor e escrever receitas inscritas na saudade com que dou as boas vindas a quem deseja experimentar o mundo dentro de mim, na minha cozinha, escrita de passado, no presente, como o conjunto de todas as expressões humanas criativas.

Assim é a Gastronomia, um palco silencioso de cantares humanos, de sabores terrenos e, de experiencias, cheias de céu, azul, cor que inunda a Terra, lugar de vida e partilha, através do qual trato os elementos, os misturo, equilibro e dou vida sem desperdiçar a mais leve partícula.

A minha cozinha é o resultado da universalidade portuguesa porque foi, é e será nas raízes que construo e edifico as casas onde recebo o mundo e o mundo me recebe. E nessa cozinha, de uma infância rodeada de mar e de sabores, lá estão a minha avó e a minha mãe, também elas, cozinheiras, as três rodeadas de produtos frescos locais, às vezes, olhando o mar, sempre atentas à proa do barco que trazia o peixe e o marisco, palavras essenciais ao menu.

Dos quatro anos aos dezoito, confundi a vida com a cozinha e, a cozinha, com a vida.

PUB

A gramática da minha cozinha foi, no essencial, escrita naqueles anos e, apesar de ter vindo para Lisboa, concluir os meus estudos académicos (licenciei-me em Direito, tornei-me advogada e pós graduei-me em Direitos de Autor) trouxe a cozinha comigo, deixando que a vida, de novo, olvidasse a cozinha e, depois, a cozinha concertasse a vida. 

Quando as tascas e as tabernas pareciam ter desaparecido do património histórico de Lisboa, dei o meu contributo nos Restaurantes A Taberna Ideal e na Petiscaria Ideal, com as minhas receitas, para que o conceito da partilha à mesa, dos petiscos, e a cozinha portuguesa, regressassem ao cardápio gastronómico da cidade.

Depois, veio o Restaurante a Pharmacia e, mais recentemente, a Cozinha da Felicidade.

A ideia que me anima e, a paixão que me move, são sempre as mesmas: recuperar na minha cozinha a tradição secular da gastronomia portuguesa e dos seus produtos."

Para quem quiser saber a rota da Cozinha da Felicidade, saibam que se devem dirigir ao Mercado da Ribeira!

PUB

Para quem quiser saber a rota da Cozinha da Felicidade, saibam que se devem dirigir ao Mercado da Ribeira!

 

1 de 64
PUB
2 de 64
3 de 64
4 de 64
PUB
5 de 64
6 de 64
7 de 64
PUB
8 de 64
9 de 64
10 de 64
PUB
11 de 64
12 de 64
13 de 64
PUB
14 de 64
15 de 64
16 de 64
PUB
17 de 64
18 de 64
19 de 64
PUB
20 de 64
21 de 64
22 de 64
PUB
23 de 64
24 de 64
25 de 64
PUB
26 de 64
27 de 64
28 de 64
PUB
29 de 64
30 de 64
31 de 64
PUB
32 de 64
33 de 64
34 de 64
PUB
35 de 64
36 de 64
37 de 64
PUB
38 de 64
39 de 64
40 de 64
PUB
41 de 64
42 de 64
43 de 64
PUB
44 de 64
45 de 64
46 de 64
PUB
47 de 64
48 de 64
49 de 64
PUB
50 de 64
51 de 64
52 de 64
PUB
53 de 64
54 de 64
55 de 64
PUB
56 de 64
57 de 64
58 de 64
PUB
59 de 64
60 de 64
61 de 64
PUB
62 de 64
63 de 64
64 de 64
PUB
PUB
PUB