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Moda / Tendências

O Guarda-Roupa de Downton Abbey

Da primeira à última temporada, que estreia hoje em Portugal, a evolução de estilo de todas as personagens.

03 de novembro de 2015 às 07:00 Máxima

Dos tempos Eduardianos de Inglaterra ao período do Pós-Grande Guerra, foram muitas as mudanças a que assistimos em termos de guarda-roupa.

Para a personagem de Maggie Smith, a irónica Violet Crawley, Susannah Buxton, responsável pelo guarda-roupa da série, ter-se-á inspirado na rainha Mary.

Para criar algumas das peças de roupa, foram mesmo utilizados originais dos anos 20, que foram restaurados com pormenores e materiais vintage. Existiu sempre a preocupação de numa mesma cena não colocar personagens com tons de roupa que não combinassem ou que de alguma forma chocasse.

Durante a segunda temporada, focada no período da entrada de Inglaterra na I Grande Guerra, é notória a diferença no guarda-roupa das personagens principais. Para melhor transmitir o ambiente que se vivia num país em guerra em que os luxos deviam ser usados com muita moderação, o guarda-roupa esteve mais focado nas silhuetas do que nos materiais caros e os tons coloridos deram lugar aos mais sóbrios.

 

O guarda-roupa masculino da série também não é tão trabalhado como o feminino. Até por questões orçamentais, à excepção das roupas do Conde de Grantham (Hugh Bonneville) e de Mathew Crawley (Dan Stevens) todas as outras são alugadas e relativamente simples.

Em todas as temporadas, cada uma das personagens tinha de ter um guarda-roupa completo, com roupas para usar de manhã, à tarde e à noite, assim como de interiores e exteriores.

O guarda-roupa tem sido sempre pensado também de acordo com a personalidade de cada personagem. Por exemplo, as roupas foram dos detalhes mais pensados para distinguir as três irmãs: Lady Mary, Lady Edith e Lady Sybil. A primeira sempre foi muito mais sofisticada, um pouco a par da mãe, a Condessa de Grantham, que era americana e apreciava tudo o que de novidade aparecia no mundo da moda na época. Muitos dos vestidos da segunda temporada foram inspirados nas criações de Coco Chanel, nomeadamente o famoso little black dress.

Por sua vez, durante a 4ª temporada, o vestuário de Lady Mary sofreu uma reviravolta. Na vez dos maravilhosos vestidos cheios de brilho e alguma cor, a personagem passou a usar maioritariamente os tons acinzentados ou violeta, por se encontrar de luto. Muitos destes vestidos são inspirados em criadores como Madeleine Vionnet, Jeanne Lanvin, Gustave Beer e Paul Poiret.

‘Lady Mary tinha sempre as últimas aquisições do mundo da moda, as últimas coleções… Nesta última temporada ela veste muitos vestidos Chanel e eu adoro essa simplicidade e elegância nela. Na verdade, aprendi bastante sobre estilo com esta série. Passei a perceber o que é que me assenta bem. E também fiquei a conhecer muita coisa do mundo da Moda, desde o primeiro dia de gravações… Coco e Ralph Lauren criaram uma colecção completa para a primeira temporada. Portanto, com o passar dos anos tenho eu própria estado mais atenta ao que se passa no que à Moda diz respeito. Tem sido muito engraçado poder usar diferentes designers, diferentes estilos consoante as épocas. Tenho aprendido muito!’, revelou-nos Michelle Dockery em entrevista em Londres.

A personagem de Lady Edith terá sido a que mais evoluiu em termos de estilo. No início usava certos vestidos um pouco antiquados para a idade (quando estava apaixonada por um homem mais velho), e com o passar das temporadas, ela foi-se tornando uma mulher mais independente e cosmopolita (a partir do momento em que vai trabalhar para Londres).

Em conversa connosco, também a atriz Penelope Wilton nos falou do que mais a encantou no guarda-roupa da sua personagem: 'Isobelle sempre se vestiu de forma apropriada para a idade, ao longo de toda a série mas ela muda com o tempo, não fica estagnada numa época. Outra coisa fascinante que ela usa muito são os chapéus, magníficos chapéus. Naquela época não se saía à rua sem esse elemento, e durante o dia as mulheres nunca o tiravam, talvez porque debaixo dele o cabelo não estaria nas melhores condições. Já em locais interiores, onde os chapéus já não fossem usados, o cabelo aparecia sempre arranjado e com alguns ornamentos. Mas o próprio estilo dos chapéus mudou: de bastante pequenos ao início, para bastante grandes, voltando a ser moda os mais pequenos. As pessoas responsáveis pelo guarda-roupa da série iam muitas vezes a Paris em busca de determinadas lojas ou pequenas feiras que vendessem detalhes vintage ou sedas originais para depois usar'.

TEMPORADA 6, estreia 3 de novembro na Fox Life, pelas 22h20.

Por Ângela Mata

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