Caroline de Maigret contou-nos como a música moldou o seu estilo
Ícone da moda francesa e embaixadora da Chanel, a produtora musical é uma mulher inalteravelmente inspiradora que alia elegância e desenvoltura.

Calças de ganga de corte direito, camisola de homem oversize, cabelos ainda molhados, rosto ao natural e um sorriso tão grande como a promessa de um belo dia. Quando Caroline de Maigret chega ao estúdio Daylight, em Paris, ficamos impressionados pelo seu look chique informal, simultaneamente roqueiro e elegante. Ela domina como ninguém esta aliança entre o masculino e o feminino que seduz tanto como o seu famoso estilo descontraído, frequentemente desperdiçado noutras pessoas, mas não nesta, que foi top model antes de se tornar o símbolo d’A Parisiense, entre mil outras coisas. Uma marca distintiva que Mademoiselle de Maigret assume plenamente: escreveu um livro intitulado Como Ser Uma Parisiense Onde Quer Que Esteja (Bertrand editora) em parceria com três amigas e que se tornou um best-seller traduzido em 25 idiomas. Não foi por acaso que esta mulher independente, culta e eclética conquistou Karl Lagerfeld, que a nomeou embaixadora da Casa Chanel. Guru de estilo, encarnação de uma elegância falsamente desenvolta, Caroline venceu em Nova Iorque posando para grandes fotógrafos antes de criar a sua produtora de música, aguardando futuros talentos do rock’n’roll. Amante da Música, foi produtora de grandes bandas, como BB Brunes ou Naast, e assinou a banda original do filme Bus Palladium, de Christopher Thompson, com o seu companheiro, Yarol Poupaud. Juntos formam um elegante casal parisiense (partilham o mesmo guarda-roupa…) que adora viajar pelo mundo. Epopeias exóticas que partilham através da sua conta de Instagram com imagens das sessões fotográficas e dos bastidores dos desfiles. Segue-se o relato do nosso encontro com esta musamade in France.
A Moda

"É um momento pessoal e íntimo ao qual nos entregamos, uma pequena alegria do dia a dia. O meu gosto pela Moda foi-me transmitido pelo meu companheiro que é músico. Foi através da música que descobri que podemos desenvolver a nossa personalidade através da roupa."
O meu ícone
"Keith Richards. Adoro a despreocupação, a sensualidade e o espírito rock’n’roll que emanam do seu estilo. É uma fonte de inspiração para mim porque há sempre qualquer coisa extra que dá um toque especial ao seu look. E, com o tempo, também aprendi a descobrir ‘aquele’ pormenor que nos torna mais interessantes. Pode ser um toque de cor, riscas, um acessório… É sempre uma peça forte em torno da qual construo o meu visual para me reencontrar e sempre para me divertir."

Uniforme de combate
"Tenho tendência para vestir um blazer comprido quando quero sentir-me forte porque acho que é uma peça de roupa elegante e poderosa. Os ombros melhoram-nos a postura, obrigando-nos a manter-nos direitos. Sem esquecer as mãos nos bolsos que transmitem estabilidade e uma atitude despreocupada."
Os meus básicos

"Uma camisa branca de homem ligeiramente mais aberta do que o normal: é a minha melhor amiga e sempre que visto uma elogiam-me a pele. Mas também preciso de um casaco de cabedal – levo um em todas as viagens –, umas calças de ganga de homem (prefiro umas bem grossas) e um casaquinho preto."
A determinação
"Em casa, eu e as minhas irmãs fomos criadas como o nosso irmão, com a mesma liberdade. E como éramos totalmente ‘marias-rapazes’, eu vi-me verdadeiramente ao espelho, pela primeira vez, quando me tornei modelo. Foi então que percebi que tinha o nariz grande e o peito pequeno e sugeriram-me, insistentemente, que me submetesse a uma operação plástica para mudar a minha imagem se eu quisesse trabalhar. Naquele tempo, estudava na Sorbonne e trabalhava como modelo para ser financeiramente independente e achei que era um verdadeiro absurdo pedirem-me para mudar a minha imagem para poder fazer fotografias."

O meu estilo
"Ele passou por todos os géneros musicais que eu já ouvi. O meu look já foi grunge – a minha mãe acha, de resto, que eu nunca saí dessa fase. Depois, tornei-me gótica e tinha um véu preto transparente que usava sempre. De seguida, comecei a usar ténis grandes quando gostava de punk e de hip-hop. Hoje em dia, o Yarol diz-me que o meu estilo é rock’n’roll, os meus amigos consideram-me uma parisiense chique e eu acho-me cada vez mais andrógina. Quanto ao meu filho, de 11 anos, ele acha-me cool… É a consagração para uma mãe!"
Exclusivo Madame Figaro. Tradução: Erica Cunha e Alves

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