Wonder Woman
Raquel Prates é um dos rostos da ampla esfera que é a moda, mas não só. Fomos saber mais sobre uma das empresárias com mais projetos de cunho nacional.

Em 2013 abriu a Up Boutique, no Príncipe Real, e no ano seguinte inaugurou uma segunda loja com um conceito especial. Um espaço com cunho pessoal vincado, a 39a Concept Store é mais que uma loja não fosse Raquel apaixonada por arte: é uma galeria que reúne marcas portuguesas em jeito de exposição, tais como KAOÂ, Boom Bap e manjerica, mas não só: há marcas internacionais como a Quay Australia, Concepto e Su-shi. Outra das «casas» da empresária é o RaquelPrates.pt, um blogue onde fala sobre arte, lifestyle, moda, beleza, e onde ainda dedica um espaço a crónicas, e outro a passatempos.
Falámos com Prates para conhecer melhor todas as suas paixões. Como começou a sua «história de amor» com a moda?
Como começou a sua «história de amor» com a moda?
Muito mais do que o tema moda, de forma surgiu a ideia de criar o RaquelPrates.pt? Surgiu por duas razões que se completam. A primeira a minha necessidade de comunicar e a segunda o facto de haver procura por parte das pessoas que me querem bem. Achei que fazia todo o sentido partilhar com elas as "coisas" que têm importância no meu dia a dia, umas mais sérias que outras. Tento abordar temas que possam acrescentar algo no dia a dia de alguém. Desde um desfile a crónicas para reflexão.
O espírito empreendedor sempre foi algo presente na sua carreira e 39a Concept Store é um canto especial. Qual o critério na escolha das marcas presentes? Confesso que inteiramente pessoal e responde a vários requisitos. A qualidade e a estética em primeiro lugar, mas com uma atenção especial para a exclusividade e acessibilidade. A 39a é um espaço onde cabem muitas coisas, com todas tenho uma relação emocional. Com especial atenção aos emergentes nacionais. Acredito que podemos ser empreendedores com aquilo que nos toca o coração.
Confesso que inteiramente pessoal e responde a vários requisitos. A qualidade e a estética em primeiro lugar, mas com uma atenção especial para a exclusividade e acessibilidade. A 39a é um espaço onde cabem muitas coisas, com todas tenho uma relação emocional. Com especial atenção aos emergentes nacionais. Acredito que podemos ser empreendedores com aquilo que nos toca o coração.
Quais são as suas maiores referências desta indústria (a da moda) ao nível do design?São tantas. Esta pergunta é bastante pertinente, mas não tem uma resposta simples, porque qualquer que fosse a resposta seria sempre incompleta e até injusta. Por esta razão vou responder de uma forma abstracta, mas que é a única forma de respeitar todos os designers que tenho como referencia. As duas principais características que sempre me nortearam foram sem duvida a intemporalidade e a inovação. Dentro deste espectro tão alargado encaixa tudo o que eu gosto.
Que designer nacional tem como referência, e porquê?Vou ter que responder todos. Atenção que o faço não por necessidade de ser "politicamente" correcta, mas porque todos os que se dedicam, trabalham e se expõe, dentro deste mundo, são merecedores do meu respeito. Depois há muitos, felizmente, cujo trabalho tem também a minha admiração, mas não consigo mencionar um. Até dez seria uma injustiça para alguém. "Risos"
Um projeto português a seguir agora, e porquê?A 39A Concept Store!! (risos)
Qual a peça que nunca vestiria? Umas crocs.
Qual a peça que nunca vestiria?
Umas crocs.
Qual a peça que vestirá sempre?Blazer de corte masculino YSL e sobretudo Max Mara.
Quais as tendências preferidas de forma intemporal?As tendências são cada vez mais imediatas, a velocidade da moda é estonteante, com mais atenção à individualidade, mas curiosamente vão existir sempre visitas aos intemporais. Os "clássicos" conseguiram manter um posicionamento único. Tenho muitas referencias, mas o que me veio à mente neste momento é o smoking YSL. Depois inevitavelmente finais dos anos 60, inícios dos anos 70.

Qual objeto de desejo do momento? Uma das raras esculturas do artista Erró do movimento Figuração Narrativa.
Por Rita Silva Avelar
Fotografia: Pedro Ciríaco
