Primavera/verão 2018: Valentim Quaresma apresenta-nos o gladiador moderno
A nova coleção de Valentim Quaresma esteve repleta de símbolos de luta e força, entre eles os calções plissados com detalhes metalizados que nos trazem à memória as armaduras e os uniformes dos gladiadores romanos. As luvas de boxe, os casacos de inspiração japonesa e as peças de joalharia que cobriram alguns dos rostos foram outros elementos que completaram a estética destemida para a próxima estação.
Nicolas Ghesquière trouxe à passerelle referências históricas do século XVIII, mas reinterpretou-as, cruzando-as com influências do sportswear. O resultado? Casacos estruturados com brocados metalizados conjugados com calções desportivos em seda e ténis. A coleção da Louis Vuitton recria a harmonia perfeita entre dois conceitos opostos.
A água, como fonte de vida (e também de inspiração) levou Karl Lagerfeld a desenhar uma coleção à prova de chuva, com botas, bolsas e outras peças em plástico. Seis quedas de água e árvores circundantes transformaram o desfile da Chanel numa verdadeira maravilha natural.
Um casting de mulheres e homens de todas as idades desfilou uma primavera carregada de flores e materiais leves. como o chiffon e o algodão. As silhuetas assimétricas foram uma das muitas paragens na viagem de Kolovrat pelo mundo, com destaque para os pasdões africanos e os cortes vindos diretamente do oriente para o Pavilhão Carlos Lopes, no primeiro dia da 49ª edição da ModaLisboa.
Como é que a indústria de moda e as maiores forças criativas portuguesas antecipam a primavera de 2018? Dos talentos em ascensão aos já consolidados Ricardo Preto, Valentim Quaresma e Lidija Kolovrat, estas são as primeiras pistas para a próxima estação.
As viagens voltaram a inspirar o segundo dia de desfiles da 49ª edição da ModaLisboa com o coletivo de designers a voltar a transformar o seu desfile numa apresentação interativa, aberta para os jardins do Pavilhão Carlos Lopes e para o mundo que também a criou.
Se há arte capaz de influenciar a moda é aquela que brinca com as formas e Aleksandar Protic encontrou nas esculturas de Barbara Hepworth um ponto de partida. O resultado é um estudo da silhueta sem tempo, nem tendências, em cores como o bronze, o mostarda e o branco.
A partir da história de Reijn, o navio japonês encalhado na praia da Madalena em 1988, o designer construiu uma fantasia de formas, cores e objetos do dia a dia transformados em acessórios.