O icónico relógio J12, de Chanel, aproxima-se do seu 20.º aniversário. As celebrações incluem suaves alterações ao modelo e uma campanha recheada de estrelas, de Keira Knightley, Naomi Campbell e Claudia Schiffer.
18 de dezembro de 2019 às 07:00 Carolina Carvalho
Na Casa Chanel, os ícones e os códigos de identidade da marca são como um abecedário constantemente reinventado e conjugado para escrever cada nova coleção e cada capítulo da história da marca. No entanto, é curioso constatar que um dos ícones que tanto sucesso fez nos últimos 20 anos não tenha sido criado por Mademoiselle Gabrielle Chanel, nem tão-pouco por Karl Lagerfeld, mas sim por Jacques Helleu (Paris, 1938 - 2007), que começou a trabalhar na Maison Chanel aos 18 anos e que durante mais de quatro décadas foi o diretor artístico da marca e o responsável por memoráveis campanhas publicitárias. Foi ele quem, em busca de um relógio totalmente preto para si próprio, se lançou no desafio de criar uma peça à medida do seu desejo.
A inspiração surgiu de dois mundos que admirava, os automóveis de corrida e as regatas de barcos, e o look total em preto foi conseguido com cerâmica, um material que se tornou tendência na relojoaria com o lançamento desta criação. O resultado foi um relógio desportivo e de design intemporal, o J12, que chegou ao mercado no ano 2000 como proposta feminina e que esteve esgotado durante meses. Em 2003, foi criada e versão em branco.
Volvidos 20 anos, a Chanel celebra o seu relógio mais icónico com um look renovado. Arnaud Chastaingt, diretor do estúdio de criação de relógios da Chanel, redesenhou o J12 sem lhe tirar a identidade. O criador, que antes de chegar à Chanel, em 2013, esteve 10 anos a desenhar relógios na Cartier, afirma que fez um trabalho de cirurgião, otimizando os pontos fortes e apagando os fracos. Para aumentar o mostrador, as 30 ranhuras que o envolviam passam agora a ser 40. A espessura da caixa foi aumentada enquanto a largura da coroa foi diminuída, mas o perfil foi arredondado para que as alterações não ressaltem. O novo calibre 12.1 foi especialmente desenvolvido pela manufatura suíça Kenissi Manufacture e é um cronómetro certificado pela COSC (Contrôle Officiel Suisse des Chronomètres). O mecanismo pode ser apreciado na parte de trás do relógio. Os números foram redesenhados e a expressão Swiss Made foi acrescentada no mostrador. A bracelete foi subtilmente mudada com mais elos, que acentuam a ilusão de ótica de uma espessura muito fina.
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Claudia Schiffer. “Um segundo decisivo na minha vida terá sido quando um agente de modelos veio ter comigo e me perguntou se eu queria ser modelo e eu quase disse que não. Graças a Deus eu disse que sim. Foi numa discoteca em Düsseldorf em 1987. Há muito tempo atrás.”
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Keira Knightley. “Agora mesmo, estou decididamente a viver o momento.”
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Naomi Campbell. “Todas as ações com que me comprometi são segundos decisivos.”
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Anna Mouglalis. “O tempo é ritmo, é música. Cada segundo.”
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Carole Bouquet. “Estava grávida do meu segundo filho e perguntava-me sempre como poderia amar este tanto como amo o primeiro. No segundo em que ele nasceu eu tive a resposta.”
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Liu Wen. “No outono de 2005, no segundo em que tive o meu bilhete de comboio só de ida de minha casa em Yongzhou para Pequim. E comecei a minha carreira de modelo.”
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Ali MacGraw. “O segundo em que um agente viu o anúncio Chanel Nº 5 [com esta atriz como modelo] numa parafarmácia. Depois disso ele perguntou se eu gostaria de entrar em filmes. Para o que eu não tinha qualquer qualificação. Creio que o resto é história.”
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Lily-Rose Depp. “A minha vida mudou no segundo em que o meu irmão mais novo nasceu.”
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Vanessa Paradis. “Um segundo decisivo é quando te apaixonas.”
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Relógio J12 preto, Chanel.
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Relógio J12 preto, Chanel (vista interior).
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Relógio J12 branco, Chanel.
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Relógio J12 branco, Chanel (vista interior).
O diretor artístico da Chanel partiu. O criador que desafiou as leis da vida desapareceu aos 85 anos, em Paris. Retrato possível de um homem que sabia demasiado – e de quem, só aparentemente, sabíamos alguma coisa. Recordamos o artigo publicado na Máxima um ano depois da sua morte.