O melhor da estação em 9 lições
Breve compêndio do luxo. O formato mini cria um efeito máximo, o grande branco impressiona, as mulheres belas rebelam-se, o jogging volta a estar na ordem do dia... Para aprender num piscar de olhos.

1. O less ainda é more?
A regra confirma-se: quanto mais pequeno, maior é o efeito. A prová-la, o sucesso dos minirrelógios preciosos este ano, aqueles que parecem saídos diretamente da caixa de joias da avó. Minibaignoire, de Cartier, mini Heure H, de Hermès, MiniD, de Dior, ou ainda Altiplano, de Piaget, em versão XS, e Datejust Lady, de Rolex, com 24 milímetros... Todos com mostradores em miniatura e que, por isso mesmo, chamam a atenção.
2. Podemos finalmente votar em branco?
Autorização concedida. Perante a profusão de estampados ou as cores garridas, a questão consiste em adotar um look branco integral, da cabeça aos pés. Frágil, belo, precioso, o branco está omnipresente na marroquinaria e no pronto-a-vestir. Em tons de neve em Chanel, límpido em Céline, luminoso em Armani, maiúsculo em Comme des Garçons, cuja coleção faz mesmo parte de uma exposição na Cité de la Mode et du Design, nas margens do Sena, em Paris. O branco, a quinta-essência do chique.
3. Que material escolher?
O crocodilo. Obviamente trata-se de um clássico da marroquinaria de luxo, mas, nesta estação, o vestuário também usa o crocodilo nas peças em pele. Os desfiles de Alta-Costura do verão de 2012 deixaram antever a tendência. Em Dior, o casaco com drapeado assimétrico em crocodilo preto sobre uma saia a combinar e, em Givenchy, o casaco em organza apresentava umas costas aladas espetaculares, em 3D, com efeito de cauda. Entretanto, em Louis Vuitton, o casaco em pele de crocodilo branca ou amarela empoeirada (escovada, para um efeito mate e aveludado dos mais elegantes) impressiona.
4. Qual o detalhe que faz a diferença?
Para distinguir-se do comum dos mortais, não encontrámos melhor do que o pequeno suplemento de estilo que exalta um look. Este verão, atrevemo-nos com as mules de luxo (Prada, Fendi, Louis Vuitton) para brilharmos nos cocktails, com o chapéu à toureiro, em astracã (Moschino), para nos protegermos do sol, com a bicicleta com estampado de pantera (Dolce & Gabbana) para passearmos pela Île de Ré, na costa atlântica francesa, e com o colar Aigle, em strass (Lanvin), para as noites de céu estrelado. E para os homens? A pasta em couro, com a assinatura da Carven, é perfeita para uma ida às compras, com uma esferográfica Bic a escorregar do interior...
5. O fato de treino é permitido?
Sim, mas o da linha MaxMara Atelier para este outono/inverno (disponível desde o fim de julho na boutique da avenida Montaigne, em Paris). Porquê? Porque é em lã, seda e caxemira, cinzento matizado, camel ou antracite. Porque é simplesmente perfeito para treinar nas salas VIP da Air France. Sem dúvida que as jet-setters profissionais do jet-lag vão morrer de inveja.
6. A nova modéstia atinge os seus objetivos?
O certo é que a show girl está de volta. Veja-se Prada e o seu tema Cadillac brilhante; Versace e as suas peles com tachas; Gucci e as suas correntes douradas. Veja-se a Balmain, cuja coleção primavera/verão foi uma homenagem à Las Vegas dos anos 60 e 70; Zuhair Murad, cujo estilo sereia revestido a lantejoulas faz lembrar a Sharon Stone de Casino; Givenchy e os seus casacos prateados reluzentes, perfeitos para brilhar num jantar. Um bling-bling primaveril com muito estilo, uma espécie de Cisne Negro da ditadura do branco.
7. O luxo em versão mini está à altura?
Sim, com Roger Vivier, que acaba de lançar, este ano, a réplica das suas bailarinas em versão mini (do 27 ao 34). A que se junta a primeira coleção Lanvin Petite, criada por Alber Elbaz para senhoritas dos quatro aos dez anos, com trench-coats em tafetá de seda, mangas revestidas a pérolas, T-shirts bordadas e uma série de vestidos em organza suave, tule plissado ou em versão drapeada... Tão elegantes como os da mamã!
8. Podemos ser rebeldes e gostarmos do luxo?
Evidentemente! Uma vez mais, Karl Lagerfeld deu o mote em janeiro passado, ao fazer desfilar, em Chanel Alta-Costura, punks com os cabelos levantados. E fez também de Alice Dellal, a inglesa com um corte de cabelo trash e collants rasgados, a musa do novo saco Boy da casa dos dois C. Encontramos a mesma energia provocadora na marroquinaria de Loewe, onde uma das novas embaixadoras da nova linha de sacos Oro é Maria Forqué, jovem socialite madrilena de cabelo rapado de lado.
9. Podemos comprar Alta-Costura na Internet?
Sim. Em Modewalk.com, que surgiu recentemente em França. As marcas disponíveis? Maxime Simoens, Alexis Mabille, On Aura Tout Vu, Christophe Josse, Gustavo Lins, Alexandre Vauthier e ainda Franck Sorbier, Yiqing Yin, Bouchra Jarrar. O que fazer? Clicar na seta que permite visualizar as diferentes peças e, em seguida, escolher o modelo desejado. Inscrevermo-nos no clube, caso estejamos interessadas. Modewalk.com encarrega-se de pôr a potencial cliente em contacto com a casa de costura (nos Estados Unidos, o site envia também os respetivos criadores ao domicílio). São igualmente propostas criações à medida ou personalizadas, como um saco Raggaze Ornamentali com as iniciais personalizadas ou um vestido Lefranc Ferrant com as medidas da cliente...
