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Moda

Béhen. Nostalgia e saudade em cada ponto de linha

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01 de agosto de 2024 às 10:25 Tiago Manaia

A moda é uma expressão de identidade e memória, um espelho que reflete tanto o presente como o passado. A marca portuguesa Béhen, criada por Joana Duarte, exemplifica esta ideia de maneira sublime. Recentemente, a marca chamou a atenção ao imprimir imagens de Jorge Barros, um fotógrafo de 79 anos, em camisolas de linho. A Béhen é mais do que uma marca de moda; é uma celebração da cultura e das tradições portuguesas. Numa Lisboa marcada pela gentrificação, onde os lisboetas são afastados do centro devido ao aumento das rendas, a Béhen surge como um lembrete de um passado cheio de saudade.

As suas imagens de Barros captam festas tradicionais, rostos marcados pelo sol e a simplicidade de um povo humilde. Estas fotografias evocam o espírito de obras como "Lisboa, Cidade Triste e Alegre" de 1959, onde a cidade era retratada como profundamente humana.

A Béhen distingue-se pela combinação de materiais modernos com técnicas tradicionais. Joana Duarte transforma hoodies, típicos do streetwear, em peças de linho que carregam a nostalgia de um Portugal antigo. Uma das coleções mais memoráveis apresentou fotografias de senhoras que olham para o mar pela primeira vez, uma imagem poderosa que capta a essência da saudade. Durante a apresentação desta coleção na Moda Lisboa em 2023, a banda sonora incluía excertos de conversas entre Joana e a sua avó, realçando a importância das memórias familiares na sua criação. As suas inspirações também vêm das conversas com bordadeiras com quem colabora, criando uma ponte entre o passado e o presente.

A Béhen, através das suas criações, leva-nos numa viagem pelo tempo, evocando saudade e nostalgia de um Portugal tradicional, enquanto abraça a modernidade e a inovação. As peças de Joana Duarte são mais do que meras peças de roupas, são histórias bordadas que falam de um passado cheio de vida e de um futuro cheio de potencial. Na Béhen, a moda é uma celebração da memória e da identidade, um lembrete constante que, mesmo num mundo em constante mudança, há sempre espaço para a saudade e para a nostalgia.

Pode ver mais sobre o sexto episódio da Máxima, aqui.

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