Sean "Diddy" Combs enfrenta a possibilidade de prisão perpétua
O rapper e produtor de música foi detido no início da semana, em Nova Iorque, e enfrenta uma infindável lista de crimes que lhe podem conceder uma vida na prisão. O juiz recusou decretar fiança e prisão domiciliária com receio de que intimide as vítimas e testemunhas.

Sean Combs, o famoso rapper e produtor musical também conhecido como Diddy, foi formalmente acusado de tráfico sexual, associação ilícita, promoção de prostituição, trabalho forçado, tráfico de drogas, fogo posto, rapto, suborno e obstrução à justiça. O caso que desencadeou a investigação e consequente detenção do produtor começou em novembro do ano passado, quando a ex-namorada Cassandra Ventura, cantora de nome artístico Cassie, o acusou de violação e abuso físico, inspirando mais vítimas a contarem a sua história, o que levou a que o rapper fosse formalmente acusado.


Em maio deste ano, a CNN divulgou um vídeo de 2016 em que se via Cassandra a ser agredida por Diddy, seu então namorado, que a arrastou de volta para o quarto de onde estava a tentar fugir. Quando um funcionário do hotel tentou intervir, foi subornado e silenciado. Estas imagens agravaram a visão negativa que a opinião pública começava a ter do cantor.
Em março, as casas de Combs, em Los Angeles e Miami, foram alvo de busca e, além de terem sido encontrados narcóticos, vídeos de caris sexual, três AR-15 (armas semiautomáticas) sem número de série, os investigadores depararam-se com mil garrafas de óleo de bebé e lubrificante que despertaram a curiosidade dos media. Durante a busca, dois filhos do rapper foram também detidos e acusados de tráfico sexual.


As acusações em causa estão associados a festas do rapper a que chamavam Freak Offs. De acordo com o processo aberto na terça-feira, Freak Offs eram ajuntamentos onde Diddy, alegadamente, exerceu o seu poder para atrair e manipular mulheres para que elas tivessem relações sexuais com trabalhadores do sexo masculinos, transportando-os além estados e internacionalmente, originando a acusação de tráfico sexual.

Durante estas práticas, o anfitrião terá distribuído drogas para que os participantes ficassem mais complacentes. A acusação alega, ainda, que Diddy silenciava as vítimas através de "violência física, promessas de oportunidades profissionais, garantindo e ameaçando retirar apoio financeiro". Há ainda provas comprometedoras que apontam para chantagem com vídeos dos abusos – filmados contra a vontade das vítimas –, e bem como coação e intimidação, fazendo saber às vítimas que tinha conhecimento do seu paradeiro, moradas e processos médicos.

Alguns Freak Offs duravam vários dias e no fim, tanto o rapper como as vítimas recebiam fluídos intravenosos para uma recuperação mais rápida.
A investigação alega que Combs desenvolveu uma rede criminosa de empregados e recursos que o ajudavam a conter os escândalos e crimes do olhar público, tomando também parte nos abusos sexuais.


A equipa de acusação diz ter entrevistado mais de 50 vítimas e testemunhas e prevê que o número suba. Na passada quarta-feira, dia 18, o juiz recusou o apelo da defesa para que fosse decretada fiança e prisão domiciliária, argumentando ter provas claras de perturbação das testemunhas. Se Sean Combs for considerado culpado em todas as acusações enfrenta 15 anos de prisão, com a possibilidade de prisão perpétua.
O cantor de êxitos como I'll be Missing You e I Need a Girl, vencedor de três grammys e produtor de nomes como Usher, Lil’ Kim, TLC ou Mariah Carey, ficou conhecido, a partir dos anos 90, como o "Gatsby" dos dias modernos ao organizar as festas mais exclusivas de celebridades, com convidados de Paris Hilton a Martha Stewart, passando por Tracee Ellis Ross, Kim Kardashian e Jay Z.

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