Um hábito que teve o seu início no Antigo Egito e que dura até aos dias de hoje, um pouco por todo o mundo.
Ano após ano, chegado o mês de dezembro, famílias inteiras dedicam-se a uma tradição que já conta com séculos – decorar a árvore de Natal. Mas, afinal de contas, de onde vem esse hábito que tanto encanta milhares e milhares de pessoas, um pouco por todo o mundo?
Tanto os egípcios como os romanos viram no brilho dos pinheiros uma forma de dar calor e esperança às pessoas durante o inverno. Celebrava-se o solstício de inverno (o dia mais curto e a noite mais longa do ano, que normalmente calhava a 21 ou 22 de dezembro) com ramos de pinheiros. Em alguns países, acreditavam mesmo que os pinheiros representavam a vida eterna e que tinham, inclusivamente, a capacidade de afastar os maus espíritos e as doenças, daí que muitos colocassem ramos da árvore espalhadas pela casa, geralmente por cima das portas.
Há quem diga que a primeira árvore de Natal foi montada em Londres, em 1444, perto do local onde hoje em dia é o Mercado de Leadenhall. De qualquer forma, esse terá sido um acto único, já que as árvores de Natal só se tornaram populares na Grã-Bretanha a partir do século XIX.
Muitos acreditam que terá sido Martinho Lutero, o reformador protestante, quem iniciou a tradição de iluminar as árvores. Isto porque, uma vez, juntou velas acesas a uma árvore como forma de recriar a maravilhosa visão de um céu estrelado visto por entre as árvores da floresta. Esse era o cenário que via a caminho de casa e quis recriar esse momento para mostrar à família.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a primeira árvore de Natal terá surgido em 1820, trazida pelos colonos alemães para a Pensilvânia. Em Inglaterra, foi em 1846 que a rainha Victoria posou com o príncipe Albert (alemão) e com os filhos de ambos em torno de uma árvore de Natal, para o jornal Illustrated London News. Tendo em conta que Victoria era uma rainha bastante acarinhada e popular, foi precisamente a partir dali que a tendência da árvore de Natal ganhou forma, quer na Grã-Bretanha quer nos Estados Unidos.
Em 1882, Edward H. Johnson, vice-presidente da Edison’s Electric Light, decorou uma árvore com 80 luzinhas vermelhas, brancas e azuis e exibiu-a na sua janela em Nova Iorque. Na altura, um jornal de Detroit nomeou-o o ‘Pai da Árvore de Natal elétrica’. Ainda assim, em 1895, muitos norte-americanos eram céticos quanto à utilização de luzes elétricas em árvores de Natal. À exceção do Presidente Grover Cleveland, que terá introduzido a primeira árvore de Natal eletricamente iluminada na Casa Branca.
Só em 1903 as luzes elétricas para árvores de Natal começaram a ser comercializadas pela General Electric (EUA), para que a população pudesse usá-las em casa. Em 1931, foi montada a primeira árvore de Natal no Rockefeller Center, apesar de muito mais pequena do que as atuais.
Hoje, as árvores de Natal – tanto as reais como as artificiais – são a peça-chave de qualquer Natal em todo o mundo.
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