Alicia Vikander fala de Lisboa, dos filhos e da relação com Fassbender
Em duas entrevistas recentes, a atriz sueca partilha pela primeira vez alguns aspectos da sua vida. Fala sobre Lisboa, do marido Michael Fassbender e dos seus dois filhos, do novo filme "Firebrand" e dos seus futuros projetos.

A Rapariga Dinamarquesa (2015), Ex Machina (2014), Tomb Raider: O Começo (2018) ou O Agente da U.N.C.L.E. (2015). Estes são apenas alguns dos papéis que Alicia Vikander interpretou, desde a sua estreia nos grandes ecrãs em Pure (2009), com o qual ganhou o Prémio Guldbagge (prémio de cinema entregue anualmente pelo Instituto Sueco do Cinema) para Melhor Atriz. Em 2012, foi reconhecida por interpretar a princesa Ekaterina "Kitty" Alexandrovna Shcherbatskaya na adaptação cinematográfica de Joe Wright de Anna Karenina (2012) e podemos afirmar que a partir daí os papéis não pararam de chegar. Terá sido sorte ou o trabalho árduo de uma atriz capaz de se camuflar em qualquer género cinematográfico, independentemente da sua personagem? Pouco se sabe da sua vida, escolhendo permanecer escondida dos holofotes, por isso mesmo, quando a atriz sueca abre a janela - por mais pequena que seja - não conseguimos resistir à tentação de absorver tudo o que nos conta. Em entrevista ao The Observer, toca em vários pontos da sua vida. Fala da sua permanência em Lisboa, local onde decidiu assentar, em 2017, com o marido, o ator teuto-irlandês Michael Fassbender.
Alicia comenta ainda o facto de muitos acharem que leva a sua vida em segredo, como foi o caso do parto do segundo filho, que até há pouco tempo esteve fora das atenções mediáticas, mas que na realidade é uma pessoa privada. A atriz tem dois filhos - o primeiro nasceu em 2021 e o segundo em 2024, embora os seus nomes não sejam conhecidos. Revelou ainda um pouco sobre a sua vida com Fassbender referindo que muitas das vezes esta profissão pode ser avassaladora , mas que é importante "ter um parceiro e um marido que o conhece [a profissão] mais do que ninguém - é bom ter alguém que nos compreende e a situação em que nos encontramos e que a partilha."

A verdade é que os anos passam e Vikander continua a trabalhar, discreta, nos bastidores dos seus projetos. Nos últimos meses tem vestido os trajes de Catherine Parr, a última mulher de Henrique VIII, para a nova longa-metragem de Karim Aïnouz, Firebrand (2023). Contracena ao lado de Jude Law - interpreta o rei inglês, que escolheu, para esta película, ser um ator de método. Durante uma entrevista recente à People, no Festival de Cinema de Tribeca, Law entrou em pormenores sobre a sua decisão de usar um perfume com o cheiro inquietante de sangue e fezes. O ator explicou que ficou "a saber que o Henry tinha este fedor por causa das suas pernas podres e pensei que seria uma adição interessante para aqueles à minha volta que tinham de o proteger e fazer todos os seus desejos [ao mesmo tempo] que também tinham de conter este vómito." E o que tem Vikander a dizer sobre isto, sendo que interpretavam um casal? "Era insuportável, como se fosse um peixe podre. Era uma lembrança muito presente do que deve ter sido entrar na mesma sala que Henrique VIII durante esse tempo."
Aïnouz escolheu abordar esta história de uma nova forma quando decidiu que o foco não seria muito a história desse período de tempo e todas as suas dificuldades, mas sim a do casamento de Henrique VII e Catheirne Parr. A realidade é que se tratava de um homem abusivo numa posição de poder e foi nisso mesmo que se focou. Numa entrevista à Elle UK, Alicia Vikander fala mais a fundo sobre o que sentiu ao interpretar aquela personagem, "Ter Henrique como marido, que, por capricho, mata quem quer, incluindo as suas mulheres, é um trauma emocional tão grande. Apercebemo-nos de como os tempos foram difíceis e da realidade das experiências das mulheres. Por isso, é importante lembrarmo-nos de ver para além dos figurinos e dos cenários, que é algo em que eu e a Jude trabalhámos muito." Avança: "queríamos contar uma história sobre um casamento. É extremamente abusivo e trágico, e ela odeia-o profundamente, mas não o consegue deixar."
A atriz sueca continua, ressaltando um ponto importante e muitas vezes esquecido sobre Parr:"Tive um momento em que me senti envergonhado quando li o guião pela primeira vez. Não sabia nada sobre esta mulher. Ela foi a primeira mulher a ser publicada na história britânica. Como é que eu nunca tinha ouvido falar dela? Perguntei aos meus amigos britânicos e também ninguém conhecia esse facto. É um momento muito importante na história das mulheres! Por isso, voltei a ler os livros dela, o que foi muito interessante porque foi uma forma incrível de contactar pessoalmente com alguém que viveu há 500 anos."

Depois de um tempo de escassez de Vikander, é entusiasmante saber que a atriz voltou aos grandes ecrãs. Agora com Firebrand (2023) e mais tarde será no aguardado thriller coreano Hope, realizado por Na Hong-jin, na qual aparecerá com Fassbender.

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