A menina dança
Madonna regressa a Portugal para mais um concerto que promete... É já este mês!

Nessa noite, o futebol ficará de fora do Estádio Cidade de Coimbra. Mas, quando cair o escuro sobre 24 de junho, o relvado e as bancadas hão de registar uma atividade física frenética, igualmente repartida por todos os recantos do recinto, transformado numa imensa discoteca. A liderar essa cerimónia de cadência, a comandar essa heterogénea legião de seguidores de um ritual de ritmo puro, está uma mulher musculada e franzina, transformada em diva com a ajuda dos ecrãs gigantes e das idas ao ginásio. Madonna Louise Ciccone, 53 anos, virá mostrar um disco, MDNA, que apontou às pistas de dança e cumpriu, saltitante, obsessivo, inquieto. Não é o primeiro do género – basta pensar em Like A Prayer, Erotica, Confessions On A Dance Floor. Mas é aquele que confirma que, utilizando os padrões pop, Madonna já chegou à eternidade: no próximo ano fecham-se três décadas de uma carreira que derrubou escândalos, ganhou forças com os dramas pessoais da cantora, humilhou todas as candidatas ao trono, mesmo quando a concorrência parecia forte e jovem. É um espetáculo para levar par ou ir em grupo, até porque a dança solitária tem muito menos graça. Deixem por conta dela, remoçada e provocadora, que o prazo de validade ainda está lá longe, a perder de vista.
