101 anos de Nelson Mandela

1. O seu verdadeiro nome é Rolihlahla. O nome de nascimento de Nelson Mandela é Rolihlahla, o qual na sua tribo, a Xhosa, significa problemas. Segundo a CNN, o nome Nelson foi-lhe atribuído pela sua professora primária no primeiro dia de aulas. Não se sabe o porquê daquele nome, mas nos anos de 1920 era comum dar nomes ingleses aos africanos por serem mais fáceis de pronunciar.

2. Mandela participou numa longa-metragem. O antigo presidente da África do Sul participou na obra de Spike Lee, em 1992, intitulada Malcom X. Mandela interpreta o papel de um professor que, no término do filme, é responsável por recitar o famoso discurso de Malcom X. Contudo, sendo o sul-africano um pacifista não leu a frase "by any means", que incita à violência. Logo, não terminou o discurso, pelo que Lee optou por terminar o filme com a gravação do próprio Malcom.

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3. Existe um papagaio com o seu nome. Desde a Cidade do Cabo à Califórnia, são infindáveis as ruas com o nome de Nelson Mandela. O ativista já foi alvo das mais bizarras homenagens. Em 2012, um papagaio pré-histórico foi batizado pelos cientistas com o nome científico Australopicus nelsonmandelai. Em 1973, o Departamento de Física da Universidade de Leeds deu o nome de "partícula Mandela" a uma partícula nuclear.

4. Mandela casou com uma antiga primeira-dama. O líder sul-africano foi casado três vezes durante a sua vida. Com 80 anos casa com Graça Machel, viúva do antigo presidente moçambicano, Samora Machel. Isto faz com que Graça Machel tenha sido primeira-dama de dois países.

5. Era um mestre do disfarce. Na luta contra o apartheid, Nelson Mandela utilizou diversos disfarces para escapar às autoridades, incluindo o de chauffeur. Graças a esta faceta, o antigo presidente foi apelidado pela imprensa como sendo "the Black Pimpernel", o que significa "o Pimpinela Negro", numa alusão ao personagem de ficção Pimpinela Escarlate, mestre no disfarce e nas fugas. Na sua biografia Long Walk to Freedom, Nelson afirma: "Tornei-me uma criatura da noite. Escondia-me durante o dia e fazia o meu trabalho mal começava a noite."

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6. O seu número de preso era o 46664. Era com este número que assinava as cartas que escreveu na prisão.

7. Mandela e o boxe. Além da política, Nelson Mandela tinha uma paixão: o boxe. Na sua biografia confessa o fascínio: "Não pelo ato violento que é, mas pela ciência por detrás dos movimentos, quer de defesa quer de ataque."

8. Sabe qual o prato favorito do líder africano? A resposta não é fácil: tripas.

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9. Pioneiro. Mandela estudou Direito na Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo. Em 1952, abriu a primeira empresa de advocacia com advogados negros.

10. O seu nome esteve na lista de terroristas a vigiar dos Estados Unidos. E foi retirado da mesma apenas em 2008, quando tinha 89 anos.

11. A sua inspiração surgiu de um poema. Enquanto esteve na prisão, Mandela terá lido Invictus, de William Ernest Henley, para os seus companheiros presos. Uma obra acerca de nunca desistir daquilo em que acreditamos inspirou Mandela nas suas palavras: "Sou o mestre do meu próprio destino. O capitão da minha alma." Frase citada por Morgan Freeman aquando da sua interpretação como Nelson Mandela.

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12. Foi o primeiro membro da família a estudar. O pai morreu quando Mandela tinha nove anos, enquanto servia como conselheiro dos chefes tribais. O antigo presidente da África do Sul foi assim adotado em criança pelo chefe Jongintaba Dalindyebo, o regente Thembu.

13. A sua vida foi salva graças a um discurso. Durante um julgamento, Mandela fez um discurso que foi publicado mundialmente intitulado Estou preparado para morrer. Ironicamente, a vontade de ser executado foi precisamente o que o salvou da pena de morte, ficando condenado a prisão perpétua.

14. A arte de passar bilhetes secretos. Enquanto esteve preso na famosa Robben Island, Mandela e os seus companheiros comunicavam através de bilhetes estrategicamente passados. Postos debaixo das pilhas de loiça suja, colados nos tampos das sanitas e nas caixas de fósforos, eram esses os esconderijos prediletos dos prisioneiros.

15. Mandela teve oportunidade de sair da prisão, mas os seus princípios falaram mais alto.Em 1985, o presidente sul-africano P.W. Botha ofereceu a liberdade a Nelson Mandela em troca da renúncia à luta armada. A sua recusa foi acompanhada destas palavras: "Que liberdade me estão a oferecer se a união do povo continua proibida? Apenas os homens livres podem negociar. Um homem preso não pode entrar em contratos."

16. A sua libertação tornou a luta contra o apartheid mais forte que nunca. Libertado a 11 de fevereiro de 1990, Mandela pediu aos partidários que aumentassem a pressão sobre o governo da minoria branca da África do Sul e apelou à comunidade internacional que mantivesse as suas sanções.

17. Foi responsável por melhorar a vida de milhões de pessoas. Segundo a biografia oficial de Nelson Mandela, escrita por Anthony Sampson, durante a sua governação "três milhões de pessoas tiveram acesso a linha telefónica, assim como a água potável. Um milhão e meio de crianças entraram no sistema educacional sul-africano e foram construídas 500 clínicas e hospitais. Três milhões de pessoas tiveram direito a habitação, graças às 750 mil casas construídas, e outros três milhões foram providos com eletricidade".

18. Falou abertamente do que considera ter sido um dos seus grandes erros. Quando abandonou a presidência da África do Sul, Mandela dedicou-se de corpo e alma à luta contra a SIDA. Uma das razões para que isto acontecesse prende-se com o facto de este considerar que não fez o suficiente contra esta crise aquando do seu cargo político. Em 2002, formou uma ONG com o nome 46664 (o seu número de presidiário) e esta tinha como missão informar a população para a necessidade de prevenção do vírus HIV. Três anos mais tarde, Nelson Mandela revelou que o filho Makgatho tinha morrido vítima de uma doença provocada pelo vírus, quando tinha 54 anos.

19. Estima-se que tenha ganhado mais prémios do que qualquer pessoa na História.Contam-se 250 prémios e condecorações atribuídos a Nelson Mandela durante a sua vida. Nesse total está incluído o Prémio Nobel da Paz, em 1993, e os doutoramentos honoris causa em mais de 50 universidades pelo mundo. Além disto, Mandela foi a primeira pessoa a tornar-se cidadão canadiano honorário em vida, no ano de 2001, e o último premiado do Prémio Lenine, atribuído pela União Soviética.

20. Existe um dia internacional em sua homenagem. Em 2009, as Nações Unidas declararam o Dia Internacional de Nelson Mandela, que se celebra a 18 de julho, data do seu aniversário. Esta data foi assinalada para homenagear o seu legado e promover o bem social, seguindo o exemplo deste homem extraordinário.

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