Saiba Mais

C•Studio é a marca que representa a área de Conteúdos Patrocinados do universo Cofina.
Aqui as marcas podem contar as suas histórias e experiências.

Moda, nostalgia e irreverência: Julian Sidonio é o homem por trás da marca feminina do momento

O nome desta marca francesa é dedicado à avó de Julian, uma mulher elegante, feminina e forte.

03 de abril de 2023 Máxima

Fundada em 2008 e atualmente com mais de sete mil pontos de venda em todo o mundo, a Molly Bracken é, segundo Julian, dedicada às mulheres de hoje, com peças intempestivas revisitadas.

"É um estilo essencialmente feminino, definido por padrões e cores exclusivas. Este espírito boémio dos anos 70 marca as nossas coleções e é isso que os nossos clientes adoram", conta Julian Sidonio, codiretor da prestigiada marca francesa Molly Bracken, que já se tornou um verdadeiro sucesso no universo da moda internacional.

A história de Molly Bracken vai além das fronteiras e do tempo. A marca é francesa, mas a sua criação foi inspirada nas fotografias de uma jovem mulher tirada na Irlanda, nos longínquos anos 20. Molly, a mulher irlandesa da fotografia, elegante, feminina e forte, é nada mais nada menos do que a avó de Julian Sidonio.



Para os criadores da marca, Julian e a sua mulher Catherine – que também assume o papel de diretora artística –, o objetivo e visão das diferentes coleções é transmitir esta herança, história distinta e detentora de uma nostalgia quase mística.

"Com a Molly Bracken, queria criar uma marca que estivesse em sintonia com os tempos, oferecendo a todas as mulheres um estilo distinto a um preço controlado. É por isso que as nossas marcas incluem muitos modelos, com uma vasta gama de cores e tamanhos. As coleções destinam-se a todos os estilos femininos. Esta é a base do nosso modelo de negócio", reflete o codiretor, em entrevista exclusiva à Cofina, sobre as mensagens e valores que pretende transmitir às mulheres através da Molly Bracken, como homem por detrás de uma marca feminina mas também como pai.


Feminilidade única e poderosa


A Molly Bracken retém na sua essência uma feminilidade única e elegante, combinando harmoniosamente o estilo boémio e retro chic com uma feminilidade poderosa, através da elaboração de peças em renda, lantejoulas e outros tecidos mais delicados.

São os cortes e os detalhes aprimorados que elevam o vestuário e os acessórios, tornando cada coleção uma ode ao estilo francês, tipicamente sofisticado, e à originalidade do estilo anglo-saxónico, refletindo a ascendência irlandesa da marca.

Julian Sidonio, com quem estivemos à conversa, não só é um homem num mundo de mulheres como é o ponto de partida e a força impulsionadora do papel disruptivo da Molly Bracken além-fronteiras.



Como nasceu a Molly Bracken?


A Molly Bracken era a minha avó irlandesa. Uma figura feminina que simboliza a sua era pós-vitoriana. Depois da guerra, as mulheres, enquanto mulheres acima de tudo, tinham o seu destino nas suas próprias mãos com coragem e resiliência… este destino e esta era inspiraram-nos e são o ponto de partida da aventura da Molly Bracken.



Como define o estilo da "Mulher Molly Bracken"?


É um estilo essencialmente feminino, definido por padrões e cores exclusivas. As referências vintage são os nossos marcadores, um inteligente twist para obter uma combinação que mistura vários géneros. Este espírito boémio dos anos 70 marca as nossas coleções e é isso que os nossos clientes adoram.

Conheci a minha mulher, Catherine Sidonio, que é codiretora e diretora artística da marca, em Londres. Eu próprio sou anglo-saxónico de origem irlandesa. As nossas raízes e antecedentes em Inglaterra também têm sido uma fonte de influência nesta viagem criativa… a elegância francesa com toques anglo-saxónicos. Escolhi o shamrock para simbolizar a minha empresa e a nossa principal marca, a Molly Bracken, como uma referência à minha ascendência irlandesa.


Além da marca Molly Bracken, lançaram também a linha Mini Molly e a marca Lili Sidonio x Molly Bracken. Como surgiram estes dois projetos?


A nossa empresa é, antes de mais, uma aventura familiar: a minha mulher, as minhas filhas. Todos contribuem diariamente para o seu crescimento e diversificação. A minha mulher Catherine, quando se tornou mãe, quis rapidamente vestir as próprias filhas! Procurava um guarda-roupa que, na altura, não encontrava na oferta da moda... vestidos com espírito feminino, detalhes subtis e femininos como as lantejoulas, as rendas... Foi assim que nasceu a Mini Molly. Uma linha que evoluiu com as nossas filhas e que agora está distribuída por todo o mundo. O tamanho cresceu e a marca é agora também destinada a pré-adolescentes e adolescentes dos 8 aos 16 anos de idade!

A minha filha mais velha, Justine, assumiu o desenvolvimento da nossa filial nos EUA-Canadá. A Lili Sidonio, a mais nova, desenvolveu a mesma vontade da mãe pelo design e criação e lançou a sua própria marca no inverno de 2016, aos 14 anos de idade. Primeiro como uma cápsula e depois como uma marca por direito próprio. Hoje, a Lili Sidonio é distribuída em milhares de pontos de venda a nível mundial, como, por exemplo, em 70 pontos de venda do El Corte Inglés ou nas Galerias Lafayette.



De quem foi a ideia de ter a Lili a desenhar e a dirigir essa linha?


Foi uma ideia conjunta e partilhada. Temos um espírito empreendedor e adoramos moda. Está nos nossos genes. A minha filha Lili Sidonio tinha uma visão de moda muito pessoal... os modelos que queria, os estilos que queria encarnar como jovem e hoje como mulher jovem. Códigos urbanos e artísticos com referências aos anos 80 e 90. Tal como a mãe, a Lili ama arte e dela extrai muitas referências, mas mais contemporâneas: pop art, abstrata ou arte cinética. Estudou na Central Saint Martins School e está agora no King's College, ambas em Londres, para alargar os seus conhecimentos e a sua visão do mundo. É definitivamente uma designer e uma mulher que decide o seu próprio destino.



Qual é a inspiração para as diferentes coleções? Têm um processo criativo específico ou inspiram-se nas tendências da moda que estão a acontecer nesse momento?


É uma mistura das duas. Trabalhamos no ADN da nossa marca: cor, feminilidade, padrões... que cruzamos com as tendências de que gostamos em cada estação. As nossas inspirações são frequentemente induzidas pelas nossas viagens, descobertas ou encontros. Temos muitos parceiros e multimarcas em todo o mundo, o que é também uma grande fonte de criação para o cliente final. Somos pragmáticos, mas também muito intuitivos quanto a novos desenvolvimentos no nosso setor. Tentamos ser constantemente inovadores e criativos.


Quais são os desafios particulares de uma empresa familiar?


A chave é uma boa distribuição de papéis, idealmente cada um na sua própria área de competência. Quando os perímetros estão bem definidos, todos podem florescer nestes projetos e ser o próprio gestor do projeto em questão. A consultoria é essencial na fase de implementação. Assim como persistir em cada projeto até estes serem concluídos e bem-sucedidos.


Como é que a Molly Bracken se destaca das outras marcas no mercado?


Temos sido capazes de cultivar as nossas especificidades e a nossa identidade. As marcas mais resilientes são aquelas que têm uma proposta de estilo próprio, que respondem a uma procura. Muitas marcas tornaram-se standard e oferecem as mesmas linhas, perdendo assim o seu significado e por vezes a sua alma, enfraquecendo a sua qualidade. Tentamos questionar-nos em cada coleção, os sucessos, os pontos de melhoria, procurando assim otimizar os materiais, os padrões e os cortes. A nossa sede no Sul de França é um verdadeiro laboratório de estilo com equipas especializadas em cada área. A inovação é um ponto essencial para nós. Para apoiar as nossas coleções, desenvolvemos um sistema ativo de comunicação e marketing, que gerimos diariamente.



Tiveram dificuldade em entrar no mundo da moda?


Eu nunca me faço este tipo de pergunta. Limito-me a seguir em frente. Antes da Molly Bracken tínhamos licenças de produção, fabrico e distribuição para marcas americanas e este passado na moda contribuiu para a construção da nossa experiência e da nossa rede. Juntamente com as nossas equipas, vivemos o nosso negócio com paixão. Viajo constantemente para conhecer os nossos parceiros, para liderar as minhas equipas internacionalmente, encontrar novos mercados e participar nas principais feiras comerciais do nosso setor. O trabalho é sempre a chave do sucesso.

O nosso orgulho está, acima de tudo, na nossa capacidade de nos desenvolvermos ao longo do tempo e de crescermos. A Molly Bracken faz 15 anos este ano. Uma marca com uma fundação firme e que permitiu criar novas marcas e cápsulas como o Le Bain, La Maison ou Le Sport. A estrela deste verão será a nossa Gabrielle, com uma coleção bohemian chic repleta de brilho. Muito aguardada pela imprensa!


Como marca criada em 2008, a Molly Bracken está hoje presente em mais de 7.600 pontos de venda em todo o mundo – nomeadamente na Europa, EUA, Canadá, Nova Zelândia, Japão, Austrália, América Latina e Emirados Árabes Unidos. Como expandiu a marca? Foi um passo difícil?


Sempre quis que a nossa empresa tivesse uma influência internacional. Como anglo-saxónico, queria estabelecer as nossas coleções não só em França, como também em toda a Europa, em lojas multimarcas, mas também com grandes retalhistas como o El Corte Inglés em Espanha, Bloomingdale's, Von Maur, Nordstrom, Anthropologie nos EUA, Hudson Bay no Canadá, ou as Galerias Lafayette em França. Estes gigantes retalhistas têm sido uma tremenda alavanca de crescimento e visibilidade para a Molly Bracken, Lili Sidonio e todas as nossas atividades no geral.


Como encontrou o mercado português?


As nossas coleções funcionam muito bem no Sul da Europa, onde temos parceiros de longa data. Portugal foi um dos primeiros mercados, assim como Espanha e Itália. As nossas coleções – femininas e coloridas, com materiais fluídos e suaves – são espontaneamente apreciadas nestas regiões onde o sol é omnipresente. Portugal é um país particularmente estético, onde a moda interessa. Novos talentos são descobertos todos os anos!



A pandemia teve impacto no negócio? O comércio retalhista ainda está "vivo e bem"?


A pandemia mudou a situação. Os consumidores mudaram para o mercado online, mas agora estão novamente a virar-se para o retalho. Hoje, é necessário multiplicar os canais de venda, reorganizar a distribuição e adaptar o marketing para atingir múltiplos alvos. Deste lado, somos distribuídos através dos nossos parceiros multimarcas e grandes superfícies, o que nos permite estar amplamente representados sem passar necessariamente para as lojas em nome próprio.

O espaço físico de vendas continua a ser importante na experiência do cliente. O conceito, o contacto com o produto, os cortes, os materiais e o merchandising são fundamentais para perceber as coleções. É importante saber como adicionar, alavancar e multiplicar as oportunidades internacionais de modo a chegarmos eficazmente ao cliente final.


Atualmente, no mundo da moda, está a ser dada muita atenção à sustentabilidade no processo de produção. Como marca plenamente ecorresponsável, que passos deu a Molly Bracken no sentido de criar uma forma mais sustentável para as novas coleções?


Temos vindo a ser mais responsáveis nos últimos anos, uma vez que terminamos com toda a produção animal no design das nossas coleções. Acompanhamos regularmente os avanços tecnológicos em termos de materiais e tecidos. Visitamos os nossos locais de produção e racionalizamos a nossa logística, porque ser responsável significa olhar para toda a empresa e para a sua cadeia de produção. Estes são temas que também influenciam a criação das nossas coleções, desenvolvemos bonitos poliésteres em materiais reciclados, mas também materiais como a Tencel e a viscose.

A nossa marca Gabrielle integra todas as inovações, a norma BCI (Best Cotton Initiative) para o algodão, o GRS (Global Recycled Standard) para têxteis reciclados e a etiqueta GOTS (Global Organic Textile Standard) que assegura a rastreabilidade dos têxteis.


Quando é que a nova coleção Gabrielle estará disponível para o público? O que podemos esperar?


A Gabrielle estará disponível no nosso website na primavera de 2023. A marca oferece um guarda-roupa melhorado que confere um orgulho ao chic, sempre com um espírito boémio. A coleção integra materiais reciclados ou ecorresponsáveis. Esta linha e este estilo completam a nossa oferta com muito glamour!



É justo dizer que 2022 foi um ano marcante para a marca com o lançamento da linha Swimwear & Beachwear by Molly Bracken. Que projetos têm para 2023?


Continuamos a expandir e a enriquecer as nossas cápsulas, particularmente as de Swimwear & Beachwear, que têm sido um verdadeiro sucesso comercial desde o verão de 2022. Usamos os nossos padrões nestas linhas, criando oportunidades de merchandising que tanto têm de lúdicas, como de elegantes.

As nossas cápsulas são produzidas como verdadeiras coleções e com os mesmos padrões elevados. Para a Gabrielle, este será também o início de uma nova aventura que nos permitirá enriquecer a nossa oferta ao continuarmos a desenvolvê-la estilisticamente.

A Mini Molly, originalmente criada para meninas, irá evoluir para o mercado das pré-adolescentes e adolescentes. Continuamos a nossa distribuição muito para além das fronteiras europeias com a recente assinatura de novas parcerias nos EUA e Canadá e a distribuição das nossas coleções nos 80 casinos da famosa cadeia Caesar Palace e MGM.


Quais são os seus objetivos para a marca a longo prazo? Qual é o plano de expansão?


O mundo está em constante mudança. Temos de nos adaptar, desafiar, renovar, manter o rumo e ao mesmo tempo respeitar os pilares da Molly Bracken. Queremos ver todas as nossas marcas crescer e estar presentes onde a moda conta. Há ainda muitas áreas a conquistar, belos projetos a executar. Para mim, o céu é o limite.