O erro de beleza que milhares de mulheres cometem todos os verões

Por mais que o céu nos ofereça sol em abundância, há algo que deve ser exposto com critério e cuidado: a nossa pele.

11 de junho de 2025 às 10:05 Máxima

Num país onde o sol é quase a personagem principal do quotidiano — presente nas praias, nas esplanadas, nos fins de tarde e até na forma como definimos o "estilo de vida" —, continua a haver uma desconcertante falta de consciência sobre os perigos reais da exposição solar. O bronzeado ainda é visto como um troféu estético, um símbolo de saúde e vitalidade. Mas a ciência insiste em lembrar-nos de que a pele tem memória e que cada descuido pode deixar marcas silenciosas.

Foi com esta urgência de mudar narrativas e comportamentos que a Cantabria Labs, laboratório farmacêutico de referência internacional na área da dermatologia, apresentou em Madrid os resultados do "IX Observatório Heliocare: Hábitos ao Sol". Pela primeira vez, o estudo, apresentado pelo médico dermatologista de renome internacional Salvador González Rodríguez, alargou-se aos hábitos de exposição solar dos portugueses e italianos, juntando-se à análise já tradicional do comportamento dos espanhóis.

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O objetivo é claro: compreender melhor os hábitos de fotoproteção nos países do sul da Europa — onde o sol brilha com frequência e intensidade — e, com isso, reforçar o compromisso com a educação para a saúde, a prevenção do cancro cutâneo e o desenvolvimento de soluções eficazes e adaptadas às reais necessidades da população. As conclusões? Reveladoras, inquietantes e absolutamente essenciais para reescrever a forma como nos relacionamos com o sol.

Bronzeado: o mito persiste

O "IX Observatório Heliocare" baseia-se nas respostas de 1.511 pessoas, com uma média de idade de 43 anos — um retrato representativo dos hábitos e crenças em torno da exposição solar. A ideia de que o bronzeado é sinónimo de saúde e beleza continua a resistir ao tempo… e à informação científica. Em Portugal, quase metade dos inquiridos (49%) ainda vê o tom dourado da pele como um ideal estético ou um sinal de vitalidade. E apenas 27% reconhecem os riscos associados à exposição solar prolongada. A dualidade de perceções é alarmante, sobretudo quando contrastada com o dado que indica que 92% dos portugueses já associam o sol ao cancro da pele.

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Este paradoxo entre conhecimento e comportamento revela uma das maiores lacunas identificadas pela Cantabria Labs: a necessidade de reforçar o papel da educação e da sensibilização. Apesar disso, já há sinais de consciência emergente — 50% dos inquiridos associam a exposição solar ao envelhecimento da pele e 45% utilizam protetor solar com o objetivo de prevenir problemas como cancro, alergias e sensibilidades. E, neste ponto, a consulta com um dermatologista é fundamental. Ainda assim, 32% dos inquiridos nunca foi consultado por um especialista — um dado preocupante quando se sabe que 79% da população não sabe como fazer uma autoavaliação de sinais cutâneos.

Cantabria Labs e APCC unem forças na prevenção do melanoma

A propósito do Mês da Prevenção do Melanoma, que se celebra agora em maio, a Cantabria Labs, em parceria com a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC), alerta os portugueses para o risco de cancro da pele, em particular de melanoma – a forma mais grave deste tipo de tumor.

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Saiba mais aqui sobre as iniciativas da APCC.

Proteger sim, mas nem sempre de forma eficaz

Se por um lado há motivos para otimismo — 91% dos portugueses dizem usar proteção solar regularmente e 59% optam por fatores de proteção elevados (SPF50+) —, por outro, a aplicação do produto nem sempre é feita com o cuidado necessário. Mais de 70% apenas aplicam protetor solar em momentos específicos, como férias ou atividades ao ar livre, e 60% utilizam o mesmo protetor em todas as situações, sem ajustar à exposição ou ao contexto. Além disso, 68% usam o mesmo produto para toda a família, ignorando que diferentes tipos de pele e idades exigem cuidados distintos.

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A Cantabria Labs alerta também para a importância da reaplicação mais do que uma vez ao longo do dia — um hábito que apenas cerca de 40% dos inquiridos parecem ter interiorizado.

Quando a tecnologia também queima

Outro dado que desperta preocupação diz respeito à luz azul, emitida por ecrãs de telemóveis, computadores e tablets. Mais de metade dos portugueses (54%) desconhece o impacto que esta radiação pode ter na pele. Num mundo cada vez mais digital, esta é uma realidade que exige mais divulgação — e produtos adaptados a este tipo de exposição.

Escolhas (ainda) pouco informadas

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No momento de escolher um protetor solar, os critérios que mais pesam continuam a ser o SPF, o preço e o formato. Os mais jovens dão especial atenção ao preço e à apresentação, relegando para segundo plano a facilidade de aplicação. Apesar disso, há uma crescente confiança nas recomendações de profissionais de saúde: 74% afirmam seguir os conselhos de médicos ou farmacêuticos na hora de comprar um protetor solar.

As principais conclusões do "IX Observatório Heliocare: Hábitos ao Sol":• A maioria dos portugueses (92%) revela estar consciente da relação entre a exposição solar e o cancro da pele.• No entanto, apenas 45% utilizam protetor solar com o objetivo de prevenir problemas de pele como cancro, alergias e sensibilidades. 

As principais conclusões do "IX Observatório Heliocare: Hábitos ao Sol":

• A maioria dos portugueses (92%) revela estar consciente da relação entre a exposição solar e o cancro da pele.

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• No entanto, apenas 45% utilizam protetor solar com o objetivo de prevenir problemas de pele como cancro, alergias e sensibilidades.

E a fotoproteção oral? Ainda é um mistério para muitos

Um dos pontos mais surpreendentes do estudo é o desconhecimento generalizado sobre a fotoproteção oral. Apenas 8% dos portugueses inquiridos recorrem a cápsulas de proteção oral, embora 31% já tenham ouvido falar do conceito. E 69% nunca sequer escutaram o termo. Já no campo da vitamina D, 92% entendem a relação com a luz solar e 43% afirmam ter recorrido à suplementação — um dado que mostra maior literacia nesta área específica.

Saber é proteger: o papel da Cantabria Labs

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O Observatório Heliocare mostra que, apesar dos avanços, há ainda um longo caminho a percorrer. A Cantabria Labs, enquanto especialista em dermatologia, reafirma o seu compromisso com a responsabilidade social e a inovação. Estes estudos permitem-lhe não só compreender as reais necessidades da população, como também desenvolver soluções que respondam eficazmente aos desafios atuais da fotoproteção — sempre com o apoio da comunidade médica e científica.

Mais do que um alerta, este retrato serve como um convite a cuidar da pele de forma informada, consciente e contínua. Porque o sol pode ser um aliado de bem-estar — desde que não nos esqueçamos de que, na relação com ele, o conhecimento é o melhor filtro.

HELIOC-107-04-25

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