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Beleza / Wellness

Afinal, o café faz bem ou mal à saúde?

O café é benéfico para o organismo, segundo conclui uma equipa de investigadores americanos. Mas tudo depende do tipo e da quantidade do mesmo.

Foto: @talesbyjen
20 de fevereiro de 2020 às 07:00 Rita Silva Avelar

É uma das bebidas mais populares do mundo, e a maioria das pessoas não passa sem ela. Um ritual matinal imprescindível para uns, um importante e agradável momento de pausa para outros, ou ainda um poderoso inimigo de uma boa noite de sono. Do mais tradicional como o expresso ou o café americano, ao mais elaborado, como o frappucino (café gelado) o café é, segundo os dados da Organização Internacional do Café (ICO) consumido em abundância em países como Finlândia, Noruega, Islândia, Dinamarca, Holanda, Suécia, Suíça, Bélgica, Luxemburgo e Canadá (top 10 decrescente, segundo o relatório de 2017).

Se, por um lado, a quantidade certa de café pode melhorar visivelmente o nosso humor e dar-nos um boost energético para enfrentar o dia, o consumo exagerado do mesmo pode provocar ansiedade, insónias ou nervosismo, além de acelerar o batimento cardíaco. Como refere uma investigadora do Instituto Nacional de Cancro americano, Erikka Loftfield, ao The New York Times, "há uma evidência bastante consistente de que o café está associado a um risco menor de mortalidade." Durante anos, o café foi associado como sendo possivelmente cancerígeno. Um relatório sobre consumo de café e saúde, publicado em 2017 pelo British Medical Journal (The BMJ) diz que a maior parte das vezes, o café está associado a benefícios e não a perigos. Após avaliarem mais de 200 relatórios sobre o tema, estes investigadores descobriram que os consumidores de café tinham menos propensão a doenças cardiovasculares (…) e que o consumo desta bebida pode reduzir o aparecimento de condições como Diabetes tipo 2, doença de Parkinson, doenças de fígado como cirrose, cancro do fígado e doença hepática crónica. Isto, caso a pessoa consuma cerca de cinco canecas de café (até 400 miligramas por dia). 

Os benefícios do café estão associados aos polifenóis, microcomponentes derivados de plantas que têm propriedades antioxidantes. Mas há excepções ainda por estudar. No caso das grávidas, não se recomenda que bebam café, pois a segurança do consumo desta bebida ainda está por averiguar no estado de gestação. Além disso, o consumo excessivo de café também não é positivo. Um café expresso, por exemplo, tem uma concentração maior dos componentes associados ao café (como ácido clorogénico), porque possui menor quantidade de água. Além disso, o expresso tem a maior concentração de cafeína (cerca de 70 miligramas) e por isso deve ser consumido em menor quantidade. Em excesso, o café pode causar tremores, ansiedade, insónia, tonturas, aumento dos batimentos cardíacos, entre outras condições. Mas porque é que uns dormem profundamente mesmo bebendo vários cafés ao dia, e outros não pregam olho caso bebam apenas um? Algumas pessoas têm polimorfismo, uma condição genética que faz com que o café abrande o metabolismo, logo, o consumo do mesmo não os "desperta" de imediato, levando-os a consumir mais 2 ou 3 cafés (enquanto o organismo ainda está, na realidade, a assimilar a presença de cafeína do primeiro). Nestes casos, recomenda-se limitar o consumo de café (ainda mais).

O consumo de café está, também, ligado a uma adição. Os sintomas (na ausência de) são dores de cabeça, fadiga, irritabilidade, dificuldade na concentração e estados depressivos. A cafeína é considerada uma droga psicoactiva. Em média, sabe-se que é preciso entre quatro a seis horas para metabolizar metade da cafeína. O segredo? Como em quase tudo, moderação e bom senso.

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