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Beleza

Regresso à forma depois da praia

Opções deliciosas e saudáveis para fazer um detox depois dos estragos da praia!

28 de agosto de 2015 às 10:58 Máxima

Há cerca de seis anos, fiz uma dieta rigorosa para perder sete quilos. A nutricionista fez-me um plano com as refeições e as quantidades mais adequadas, as quais cumpri religiosamente. Mesmo quando o verão chegou e isso implicava levar a salada para a praia, com os temperos e os talheres atrás, enquanto a minha família comia o que lhe apetecia. As férias com os amigos foram igualmente complicadas: nas suas lancheiras iam sandes de panado, salgados, pacotes de batatas fritas, refrigerantes. Confesso que a partir daí nunca mais fiz dietas tão restritivas, mas passei a comer mais saudavelmente. Independentemente do regime alimentar que escolha fazer, a ideia que pretendemos passar é esta: para onde quer que vá, é possível fazer refeições equilibradas, práticas e saborosas nesta altura do ano. Este cuidado não se prende apenas com a importância de se manter em linha, mas também com a necessidade de se hidratar e apostar nas refeições mais leves devido ao calor. A melhor solução é, portanto, trazer pequenos lanches de casa. Quatro autores, com especialidades diferentes, mas todos eles focados no sabor e na saúde, deixam-nos os seus preciosos conselhos.

 

Margarida Magalhães, autora de Sanduíches Tradicionais Portuguesas, Editorial Presença, €9,81

Carne, peixe, vegetais, fruta e até sobras de comida – em Portugal, não há nada que não funcione bem com pão. Este livro reúne 34 receitas com as mais deliciosas combinações, desde a tradicional sardinha no pão com pimentos à original sanduíche de bacalhau à brás com batatas crocantes. Margarida Magalhães já trabalhou em algumas revistas, criou o projeto Blue Cooking e abriu agora um estúdio de vídeo e fotografia.

 

Diz-se muito que o pão engorda e que deveria ser retirado das dietas. O que pensa desta ideia? Não é tanto o pão que engorda, mas sim a altura do dia em que o consumimos, bem como o que colocamos dentro ou por cima dele. Acho que é tudo uma questão de equilíbrio.

As sanduíches são uma das refeições mais consumidas e preferidas pelos portugueses na praia. Porque acha que se faz esta escolha? As sanduíches são um hábito dos portugueses; no meu caso nem é tanto de praia, mas sim para fazer em casa. Na generalidade, acho que é um produto que rima bem com praia, tornando-se maioritariamente uma escolha acertada, sobretudo se não tivermos de utilizar o fogão ou o forno, pois no verão a última coisa que queremos com o calor é cozinhar.

Qual o melhor tipo de pão? O pão é mesmo o mais importante. E garanto que cada sanduíche tem o seu tipo de pão ideal. Algumas receitas precisam de pão torrado, outras de pão mais escuro, crocante ou com menos miolo. Já as receitas com mais molho necessitam de um pão consistente que consiga ensopar sem se partir.

O seu livro mostra-nos que podemos criar sanduíches bastante completas, sem nos ficarmos apenas pelo queijo ou o fiambre. O conceito é mostrar que por vezes temos tudo o que precisamos no frigorífico e que basta um pequeno apontamento como cebola caramelizada, legumes grelhados ou um molho diferente para confecionarmos uma deliciosa sanduíche.

Que cuidados devemos ter relativamente à sua conservação? Eu levo sempre as minhas sanduíches em papel de alumínio e dentro de uma lancheira fria. Acho que conserva mais a frescura e o lado crocante do pão.

Qual a receita de uma boa sanduíche para levar para a praia? A minha sanduíche de eleição para a praia seria a de queijo de Nisa, paio do lombo e agrião, uma ideia simples que surgiu de alguns ingredientes que tenho sempre no meu frigorífico.

 

Teresa Barata, autora de Tratar de Mim – Guia de Boas Práticas para Viver Melhor, Planeta, €13,50

Porque somos o que comemos, a alimentação deve ser adequada às necessidades de cada indivíduo. Este livro vai ajudá-la a conhecer-se melhor, a encontrar a dieta perfeita, a desintoxicar corpo e mente, a ganhar mais energia e a saber mais sobre nutrição, hábitos alimentares e sono. Teresa Barata fundou a Liquid, empresa pioneira em Portugal na venda de sumos e smoothies, e, em 2013, terminou o curso de Health Coach.

 

É possível fazer refeições saudáveis na praia ou torna-se inevitável cometer os típicos excessos associados ao local? Sim, é possível fazer refeições saudáveis mesmo na praia. Se estivermos bem nutridos, acaba por ser mais fácil resistir às bolas de Berlim e aos gelados.É tudo uma questão de nos organizarmos e termos à mão os ingredientes que precisamos para levar um piquenique saudável e delicioso.

É precursora dos sumos e smoothies detox em Portugal. Esta é uma boa opção para levar para a praia? É uma ótima opção! Refrescam, hidratam e saciam bastante sem pesar no estômago.

Quais os ingredientes que combinam melhor com o calor e quais os que não devem mesmo fazer parte do nosso sumo de praia? O ideal é levar um sumo ou smoothie leve e rico em betacaroteno e vitamina C para ajudar a ficar com uma pele e um bronzeado mais bonito, com ingredientes como por exemplo a cenoura, a manga, a laranja, a beterraba e os espinafres. É de evitar levar smoothies com leite ou iogurte por serem mais difíceis de digerir e se estragarem mais facilmente com o calor.

Que cuidados devemos ter relativamente à sua preparação e conservação na praia? Deve preparar o sumo ou smoothie de manhã antes de sair para a praia e conservá-lo numa lancheira com acumuladores térmicos de forma a mantê-lo sempre fresco.

Qual a sua receita de eleição? O meu preferido é o sumo Immune Secret com beterraba, cenoura, maçã e pepino.

Que mais podemos juntar às refeições saudáveis de praia? Deixo aqui algumas ideias: fruta desidratada, frutos secos, wraps com recheios diversos, fruta, legumes como cenoura e aipo, pão integral com pera abacate e queijo creme.

Quais as suas recomendações relativamente ao plano de refeições, horários, etc.? Se vai passar várias horas na praia, o mais importante é levar bastantes líquidos para se manter hidratada. Deve evitar alimentos pesados, de digestão difícil e ir comendo ao longo do dia sempre que sentir fome.

 

Ágata Roquette, autora de Juntos Conseguimos!, Manuscrito, €14,90

É o quarto livro lançado pela nutricionista mais famosa do país e que transformou a vida de milhares de portugueses com a sua dieta de sucesso. Este livro reúne um conjunto de testemunhos, mas também conselhos práticos para manter a motivação ao longo de todo o processo, bem como alguns truques para a fase de manutenção.

 

A alimentação na praia é uma preocupação recorrente dos seus pacientes? Sim, nesta altura do ano uma das coisas que mais faço é [planear] as lancheiras que devem levar para a praia. Digo-lhes que têm três opções: perder peso nas férias, manter o peso ou estar com o espírito de engordar. Férias são férias e cada um sabe com que espírito é que quer estar; dou-lhes esse direito. Claro que a maioria tenta comprometer-se com a segunda opção.

Como deverão ser as refeições de praia?Há dois tipos de paciente: aqueles a quem a praia abre o apetite e os que ficam sem fome. Em qualquer dos casos aconselho a levarem sempre uma lancheira. Deverão fazer uma refeição que corresponda a um almoço (com proteína, hidrato de carbono, vegetais e gordura), que tanto pode ser uma salada de feijão-frade com atum como uma sanduíche com frango grelhado, alface, tomate, cebola e cenoura crua. Depois convém levar dois lanchinhos onde se encontrem duas peças de fruta para comer com um iogurte ou uma porção de queijo e ainda umas cenouras cruas/tomates cherry e uma caixa pequena com frutos secos. Para quem não resiste às batatas, é engraçado levar fruta desidratada que acalma a vontade de algo crocante. Quem fizer muitas horas de praia pode levar um ovo cozido para não comer outro pão.

Quais os alimentos mais adequados e aqueles que não combinam bem com o calor? Quem, como eu, leva uma Campingaz com quatro barras de gelo e tem toldo o dia inteiro, pode levar quase todo o tipo de alimentos. Quem não gostar ou não puder fazê-lo, deve evitar levar produtos perecíveis ? ovos, maionese, iogurtes, queijo, fiambre ?, o que deixará muito menos alternativas.

Qual a melhor opção para nos hidratarmos? Refrigerantes, não convém. Água, muita água. Se se optar por sumos de fruta, já não deverá comer as outras peças que recomendei – a fruta, tal como qualquer outro alimento, deve ser consumida com moderação devido à sua quantidade de açúcares. Para quem não gosta apenas de água, pode preparar um chá no dia antes, colocá-lo no frigorífico e ir bebendo no dia seguinte.

Se não tivermos preparado nada de casa, o que aconselharia a fazer de forma a não estragar a dieta? Em caso de dúvida, a melhor opção é sempre um pão com um recheio minimamente saudável, sem serem pastas cheias de maionese, e talvez um sumo de fruta (para quem não levou fruta para a praia).

 

Francisco Varatojo, autor de Os Alimentos Também Curam, A Esfera dos Livros, €17,50

Levando-nos numa viagem pelo nosso corpo, redescobrindo os órgãos que dele fazem parte e as suas funções, este livro explica-nos como prevenir e enfrentar problemas de saúde através da macrobiótica. Há ainda uma secção com mais de 50 receitas e 40 remédios caseiros. Francisco Varatojo é diretor do Instituto Macrobiótico Português, sendo procurado regularmente pelos principais centros europeus para seminários e consultas.

 

É possível manter uma alimentação saudável na praia ou os excessos acabam sempre por prevalecer? É relativamente normal fazer um pouco mais de excessos quando estamos de férias, mas perfeitamente possível seguir uma alimentação saudável na praia. Depende essencialmente da nossa motivação e disciplina.

De que forma a macrobiótica pode ajudar na alimentação de praia? É fácil confecionar alimentos simples e fáceis de transportar que ajudam a refrescar e não nos fazem sentir pesados. Sandes de boa qualidade, sushis, saladas e gelatinas são alimentos que funcionam muito bem.

Quais os melhores alimentos para hidratar e dar energia na praia? De uma forma geral, os alimentos animais aquecem-nos e os alimentos de origem vegetal tornam-nos mais frescos. Alimentos mais cozinhados aquecem, menos cozinhados ou crus criam uma temperatura mais baixa. O açúcar primeiro aquece para depois criar frio, mas também cansaço. Os melhores alimentos para a praia são cereais integrais cozinhados de forma mais ligeira (para nos fornecerem hidratos de carbono complexos), vegetais e frutos.

E aqueles que devem mesmo ser evitados neste local? Em especial, produtos animais (particularmente carne), produtos lácteos e fast food.

Neste sentido, que cuidados devem os pais ter na praia com os seus filhos? Certificarem-se que as crianças não passam o tempo todo a comer gelados, bolas de Berlim e outros alimentos do género. Os pais devem trazer alimentos saudáveis, preparados de forma saborosa, para que as crianças não se sintam muito atraídas por alimentos mais extremos.

Sanduíches Tradicionais Portuguesas, de Margarida Magalhães, Editorial Presença, €9,81
1 de 4 / Sanduíches Tradicionais Portuguesas, de Margarida Magalhães, Editorial Presença, €9,81
Tratar de Mim – Guia de Boas Práticas para Viver Melhor, de Teresa Barata, Planeta, €13,50
2 de 4 / Tratar de Mim – Guia de Boas Práticas para Viver Melhor, de Teresa Barata, Planeta, €13,50
Juntos Conseguimos!, de Ágata Roquette, Manuscrito, €14,90
3 de 4 / Juntos Conseguimos!, de Ágata Roquette, Manuscrito, €14,90
Os Alimentos Também Curam, de Francisco Varatojo, A Esfera dos Livros, €17,50
4 de 4 / Os Alimentos Também Curam, de Francisco Varatojo, A Esfera dos Livros, €17,50
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