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Beleza

Do desporto ao orgasmo

Está familiarizada com o termo coregasmo? Não? Então está na altura de saber como pode o exercício físico fazer maravilhas pela sua vida sexual.

Do desporto ao orgasmo
Do desporto ao orgasmo
11 de setembro de 2013 às 06:00 Máxima

A maioria de nós já deve ter visto o vídeo da música Call on Me, de Eric Prydz, e achámos que era... talvez um pouco exagerado. As imagens mostram um grupo de mulheres vestidas (ou será despidas?) ao estilo anos 80 a fazer uma aula de aeróbica de forma provocante e sexualmente sugestiva, parecendo retirar prazer dos exercícios. Mas a verdade é que a ideia não é assim tão descabida. O sexo/prazer e o desporto parecem ter muito mais em comum do que aquilo que se possa pensar. Se sai sempre do ginásio com dores no corpo e não está a ver como, continue a ler.

Já eram conhecidos os pontos em comum entre o exercício físico e a prática sexual: o batimento cardíaco aumenta, o coração acelera, transpiramos, perdemos calorias e segregamos endorfinas, hormonas que proporcionam uma dose extra de energia, bem-estar e prazer. Em suma, ambos nos fazem sentir melhor, física e mentalmente. Mas a ligação entre as duas atividades não se fica por aqui. O exercício físico pode excitar sexualmente quem o pratica e até mesmo provocar orgasmos. É esta a conclusão de um estudo recente desenvolvido pela Universidade de Indiana, nos Estados Unidos da América (ver caixa). E se fazer abdominais pode ser uma tortura para muitos, para a maioria das mulheres que participaram na investigação não o é certamente, como comprovam os cerca de 50% que disseram ter atingido o orgasmo desta forma. Mas como é que, na prática, o coregasmo (orgasmo desportivo) é desencadeado? Rui Correia, instrutor de Pilates, explica que este tipo de exercício “requer uma ativação muscular da zona pélvica por ação da pressão intra-abdominal que conduz a uma maior sensibilidade na região adjacente à vagina e ao ânus. Dependendo da duração do exercício e consequente estímulo desses músculos, poder-se-ão experimentar sensações semelhantes ao orgasmo”.

Existem, de facto, vários exercícios e modalidades que podem induzir a um maior prazer sexual, mas o mais importante é perceber como funcionam os músculos que estão envolvidos nesse processo. “As aulas de Pilates serão, provavelmente, as únicas onde essa região é falada e trabalhada através de exercícios muito específicos”, defende Rui Correia. Uma informação a reter, principalmente se tivermos em conta que o controlo sobre os músculos vaginais tem um papel direto na sensação de prazer durante a relação sexual, entre outros benefícios (ver caixa). Sónia Filipe, instrutora de várias modalidades, tais como hidroginástica e alongamentos, partilha da mesma opinião: “Toda a zona dos órgãos sexuais está envolvida por músculos do pavimento pélvico que são e devem ser tonificados e fortalecidos ao longo da vida. Os exercícios de Kegel [ver caixa] e a ginástica hipopressiva são boas opções.” Mas a satisfação e a performance sexuais podem ser incrementadas com todo e qualquer tipo de atividade física, e os resultados ficam à vista: “Aprendemos a ter uma melhor consciência corporal, a duração do ato sexual prolonga-se mais devido a uma maior resistência e capacidade cardiovascular e a libido aumenta, assim como a autoestima”, enumera Sónia Filipe.


É certo que a excitação sexual não se alcança através de um único caminho e não devemos esquecer que o órgão que mais prazer nos pode proporcionar é o cérebro, mas se calhar já conseguimos ir muito mais motivadas para o ginásio, não?

Os números do estudo

  • Foram inquiridas 370 mulheres entre os 18 e os 63 anos
  • 124 relataram ter Orgasmos Induzidos pelo Exercício (OIE) e 246 disseram ter tido algum tipo de Prazer Sexual Induzido pelo Exercício (PSIE)
  • A maioria estava casada ou numa relação e cerca de 69% dizia-se heterossexual
  • 40 por cento das mulheres diz que passou pelas situações de OIE e PSIE mais de 10 vezes
  • A maioria das mulheres do grupo OIE relatou ter sentido algum grau de consciência quando se exercitava em locais públicos, enquanto 20% disse não ter conseguido controlar a experiência
  • A maioria das mulheres do grupo OIE disse que, no momento da experiência, não estava a fantasiar ou a pensar em alguém por quem se sentisse sexualmente atraída
  • 51,4% diz ter tido OIE a fazer abdominais; 26,5% a levantar pesos; 20% a fazer yoga; 15,8% a andar de bicicleta; 13,2% a correr; e 9,6% a andar/caminhar

Exercite os músculos do amor!

Fortalecer os músculos do períneo é fundamental para uma vida sexual plena. Os exercícios são muito simples e a boa notícia é que pode fazê-lo quando e onde quiser que ninguém dará por nada!

A localização

  • Tente suster o fluxo de urina (com a bexiga vazia), sem contrair as pernas ou as nádegas.
  • Também pode imaginar que tem uma ervilha colocada perto do ânus. Tente agarrá-la, apertando e contraindo as fibras musculares em torno do ânus e da vagina.

Os exercícios

  • Contraia o músculo, contando primeiro até 5, depois até 20 e, num nível mais avançado, repetidas vezes o mais rapidamente possível durante 15 segundos.
  • Relaxe. Repita 5 vezes.

Os benefícios

  • Previne e pode mesmo curar a incontinência urinária causada pelo esforço (ao espirrar, tossir, rir).
  • Facilita todo o processo de gravidez e do parto, bem como o período que se lhes segue.
  • Promove e aumenta a satisfação e a performance sexuais.
  • Evita o prolapso (descaimento) dos órgãos sustentados pelo tecido pélvico.

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