À caça de criatividade
Há duplas que, de tão boas, funcionam em todas as áreas. Nikita e Afonso são o casal-criador da My Deer, marca que celebra a vida...com muita cor e um par de chifres.

Desconhecem o segredo do sucesso mas admitem que a fórmula do fracasso é querer agradar a todos. Nikita e Afonso b.o. assumem a ambiguidade que define as suas criações, logo sabem que despertam reações muito diferentes. Mas o importante é que ninguém lhes fica indiferente. A aventura da dupla My Deer começou há pouco mais de um ano, num atelier na Aldeia do Meco.
Onde comprarwww.mydeer.net e www.facebook.com/ImydeerI
De onde nasceu este fascínio pelas hastes dos veados e gamos?
O fascínio não é só pelas hastes, é também pelo ato de criar e pela manufatura. A incorporação das hastes nesse processo surgiu naturalmente por ser uma matéria-prima singular e rara que temos disponível devido aos veados que temos em casa. Sim, podiam ser vacas. Mas são veados.
Onde vão à “caça”?
Temos o privilégio de “caçar” em casa. Temos uma criação de veados, animais tratados com amor e dedicação. Não matamos nenhum animal: os cervídeos todos os anos largam as hastes após o acasalamento – chama-se desmogue –, pelo que nos basta procurar as hastes caídas. As peças que realizamos com crânio não são fruto de nenhum misterioso acontecimento macabro: os veados (e outros seres vivos) nascem, envelhecem e morrem. Aproveitamos ainda velhos troféus, que os antigos donos já não querem, e o seu destino seria o lixo. Nunca fomos ou iremos à caça de um animal para criar uma peça. Não está no nosso ADN, antes pelo contrário. Achamos que ao imortalizarmos esses animais através de peças de decoração, estamos a homenageá-los. É o nosso propósito, a nossa visão, respeitamos as outras.
Quem é o cliente My Deer?
Alguém que não tem medo de ser feliz e acha que um par de cornos pode ser uma coisa espetacular.
Partilhem algumas reações às vossas peças.
Temos de tudo. Imagine a reação de um crítico de arte ao ver um hamster a andar numa roda – temos essa! Imagine um cego que vê pela primeira vez – também já tivemos essa (achamos). A nossa preferida é quando nos pedem o NIB.
