Wood, um cowork onde há yoga, massagens e happy hour
O que é que acontece quando encontra, num só edifício, muitas das necessidades do quotidiano que vão além do trabalho? Primeiro, horas do dia que aumentam e stress que diminui drasticamente. Depois, cabeleireiro a escassos metros da secretária ou yoga no andar de baixo. Descubra o Wood, o novo coworking lisboeta que tem quase tudo, só não tem comparação.

Chegar à porta 32 da Rua Mouzinho da Silveira, em Lisboa, olhar para cima, contemplar o enorme edifício situado a dois passos da Avenida da Liberdade e entender: está claro, este cowork não é, definitivamente, só um cowork. Estou perante oito pisos que se dividem por 2000 metros quadrados onde o trabalho não é tudo – sendo, contudo, o ponto de partida para quase tudo. Naquela tarde resolvi trocar o conforto de minha casa (sou freelancer), por uma das dezenas de salas disponíveis no Wood. A capacidade deste espaço é para 220 membros (só escritórios, são 45). Trabalhar a partir de casa é maravilhoso, mas trabalhar num local destes é ainda melhor.
Por aqui, há lugar para tudo, menos para as típicas distrações de quem trabalha em casa. Fazer máquinas de roupa do nada, por exemplo, é um dos típicos afazeres de um bom procrastinador – acuse-se, caro leitor que tem escritório no domicílio. No Wood, trabalho é trabalho e conhaque é conhaque. Que é como quem diz, quem quiser estar ali para trabalhar, o canto ideal não falta. Além dos 45 escritórios, há uma zona lounge com mesas em open space para regime flexível (30 pessoas), uma zona open space para regime de mesa fixa (34 pessoas), cinco salas de reunião privadas, 12 meeting boxes e sete phone booths. Quando toda esta descrição se começa mesmo a parecer com o habitual escritório, é então que entram todas as novidades e benesses.

O objetivo inicial deste cowork? Reunir, num só espaço, não só todas as condições de conforto, privacidade e dinamismo essenciais para se potenciar a produtividade, mas também proporcionar uma panóplia de possibilidades extra de lazer que permitem interromper o dia sem sair do mesmo sítio (que é o que nem sempre aconteceria num vulgar escritório). Por exemplo: sabe aquelas idas flash ao cabeleireiro durante a sua hora de almoço cuja correria a deixa, ironicamente, mais descabelada do quando partiu? Ou aquela ida ao ginásio ao final do dia que lhe vai saber pela vida, mas, no momento em que finalmente chega às máquinas, já está tão exausto que só quer é que aquilo termine? É precisamente isso o que não se passa no Wood, pois tudo acontece por lá. Cabeleireiro? Naturalmente (e, ainda por cima, vegan). Aulas de yoga regulares? Check. Tomar um duche a meio do dia só porque sim? Óbvio. Fazer uma massagem para descomprimir daquela reunião chatíssima? É possível. Aquela consulta de osteopatia que está para marcar há meses, mas para a qual "nunca tem tempo"? Tenha-a ali. E a ida à praça que também não passa da lista de "to do’s"? Já não precisa, no Wood pode receber diretamente a encomenda de cabazes de frutas e legumes fornecidos por um produtor local do Mercado do Rato. Cerejas no topo do bolo também as há: oferta de pequeno-almoço todas as segundas-feiras para começar a semana melhor e happy hours às quintas-feiras para ir abrindo as hostes do fim de semana.
A ideia de criar este espaço partiu de três sócios e amigos de longa data que trabalhavam no mesmo edifício, ainda que em escritórios diferentes. De forma a tornarem os seus quotidianos mais cómodos criaram uma pequena comunidade com os outros inquilinos do edifício, organizando atividades conjuntas, tais como aulas de yoga, workshops de meditação ou de mindfullness, entre outras facilidades. Não tardaram a perceber que todas estas pequenas comodidades tinham um impacto direto na qualidade das suas vidas, bem como na capacidade de gestão entre o tempo de trabalho e o de lazer. Daí até à ideia de abrirem o Wood foi um ápice. O edifício foi projetado pelo atelier Anahory Almeida e teve como premissa garantir o máximo de conforto dentro de um ambiente multidisciplinar.
No que respeita à decoração, as cores e os materiais que dão vida ao interior do Wood variam entre os tons beges, a madeira propriamente dita – ou Wood não fosse o nome deste cowork – e algumas tonalidades de azul e de verde – tons pacíficos e tranquilizantes, acima de tudo. Passar uma tarde a trabalhar naquele espaço adiantou-me alguns textos e poupou-me a resmas de distracções que por norma encontro em casa. Pelas 18 horas já tinha o meu trabalho mais do que adiantado e poderia ainda fazer uma aula de yoga no estúdio do andar de baixo. Não a fiz pois já tinha tido uma prática nessa manhã. Contudo, palavra de yogini, terminar o dia com uma aula de yoga revela-se para lá de celestial. Ainda mais quando para a fazer não é necessário enfrentar automobilistas furibundos, cansados e stressados – cenário este que tão bem caracteriza a hora de ponta na capital. É que o que se passa no Wood fica mesmo no Wood. Não na rua de cima, não na rua de baixo. Está tudo ali, à distância de uns passos.

Rua Mouzinho da Silveira, 32, Lisboa
E ainda...
Em Lisboa
The Hare and The Turtoise
Avenida Álvares Cabral, 63B
Work Avenida
Av. da Liberdade, 262, R/C Esq
ResVés
Rua Saraiva de Carvalho, 1 C
No Porto
Cru Cowork
Rua do Rosário, 211
https://cru-cowork.com
Selina Navis Cowork
Rua José Falcão, 199
Contacto: 22 093 6589
Typographia Cowork
Campo Mártires da Pátria, 144-A
Contacto: 919 668 227
